Mês: dezembro 2013

O espírito do natal

 

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 Cartum: Davison Lampert

Olha que lindo! Hoje já é dia 24 de dezembro, o espírito do natal bate à porta… Não vamos deixar entrar, não, eu, hein!

Para mim, é uma libertação não comemorar essa data. Os shoppings estão lotados, um estresse absurdo…eu não tenho saído, mas meu marido foi ao supermercado e comentou que todo mundo parecia agitado e irritado. Não tinha ninguém feliz, em paz, e toda aquela frescurite em que o comércio quer que a gente acredite. Porque o “espírito do natal” não traz paz, não. 

Brigas em família, bebedeiras, acidentes, crimes passionais, suicídios, desgraças de todos os tipos se multiplicam nessa época do ano, muito além do que é considerado “normal”. As pessoas ficam mais emotivas, mas também mais passionais e esquisitas. Dá para esperar qualquer coisa. Mágoas, dívidas, confusões, pessoas se entregando a simpatias nonsense. A única coisa realmente boa desse período de festas é encontrar comidas que a gente não vê em outras épocas do ano. Cereja de verdade, por exemplo. Eu detesto cereja em calda, mas o Davison comprou dia desses um saquinho de cereja in natura e é completamente outra coisa. Veja só, é sempre possível conseguir um ângulo positivo em absolutamente tudo. 🙂

Comentando a coisa toda de natal e blá blá blá:

 

Estou em outra “vibe”, então é estranho ver as pessoas ligadas no “modo tradição mecânica”. Tenho que citar Deus aqui, amiguinhos, afinal de contas, dizem que é aniversário do filho dEle: “Este povo se aproxima de mim e com a sua boca e com os seus lábios Me honra, mas o seu coração está longe de Mim, e o seu temor para comigo consiste só em mandamentos de homens, que maquinalmente aprendeu”  (Isaías 29.13). O espírito que faz com que o povo aja assim é o mesmo espírito do natal. Parece que tomei a pílula vermelha de uns anos para cá e saí da Matrix.

Então, enquanto todo mundo está correndo, histérico, para comemorar o aniversário do menino papai noel, nós estamos  tranquilos em casa. Eu, trabalhando, como se fosse dia normal (e é, quem disse que não?), o Davison planejando as comidas normais que vamos comer (a pessoa é chique, tem marido chef), tranquilos, sem precisar mergulhar na areia movediça de dívidas de fim de ano.  

Ah, e não preciso montar uma árvore brega na sala (vai por mim, você só acha decoração de natal bonita porque tem memória afetiva dessas coisas natalinas…imagine colocar aqueles penduricalhos em qualquer época do ano e vai se dar conta de que é um troço esquisito) …ou melhor, me livro de ficar triste por não poder montar uma árvore de natal em casa porque, convenhamos, o Tiggy e a Ricota jamais permitiriam que bolinhas coloridas ficassem penduradas em uma árvore de plástico no meio da sala impunemente…

 

 

 

PS: Se você comora o natal, não se sinta ofendido. Essa é a minha opinião, você ainda tem o mundo inteiro para concordar com você. Eu sou minoria. 🙂 Mas aconselho fortemente a todos que assistam ao vídeo da Marelis Brum (clique aqui para ver) explicando por que ela não comemora o natal. Faço minhas as suas palavras, Marelis, falou tudo o que eu queria falar. Vídeo divertido e claríssimo. Dá para entender um pouco melhor meu posicionamento.

PS2:  Lembro da ceia de natal em uma igreja em que eu fui certa vez…tinha um leitão assado em cima da mesa com uma maçã na boca, que me tirou completamente a fome… O ápice da falta de noção é a pessoa assar um porco inteiro para – supostamente – comemorar o aniversário de um judeu…

O verdadeiro Espírito do Natal

Cura

A diferença entre o celebrar o nascimento de Jesus e comemorar o Natal

Davison Lampert

Belas decorações, uma ceia farta e distribuições de presentes entre familiares e amigos. Quem não pensa nessas coisas quando se fala em Natal? Em grande parte do mundo, essa é a visão que existe sobre o dia em que, por tradição, celebram o nascimento de Jesus. Na teoria, seria o aniversário dEle, mas isso só é lembrado na hora de montar o presépio, quando sentem pena do recém-nascido na manjedoura.

Ao observar a correria das pessoas nas semanas que antecedem a essa data, se espremendo em lojas superlotadas, comprometidas em garantir os presentes e os itens da ceia de Natal para suas famílias, vemos que o foco é a festa. Para a maior parte delas, o Natal não passa de uma grande festança que, combinada com o réveillon, define o final de um ano e o início de outro. Um marco no calendário, repleto de exigências e tarefas a serem cumpridas.

Mas…qual é mesmo o papel do suposto aniversariante nessa história? Ou melhor, há um papel para Ele nisso tudo?

Em um mundo onde existem pessoas que acham que Joana d’Arc era a mulher de Noé e que as epístolas eram as esposas dos apóstolos, é fácil entender por que algo que deveria ser compreendido espiritualmente é observado de um ponto de vista meramente comercial e consumista. A visão de um velhinho de barba branca vestido de vermelho que distribui presentes pelo mundo guiando um trenó puxado por renas mágicas voadoras é, com certeza, muito mais fascinante para as crianças do que celebrar o nascimento de alguém que viveu há 2.000 anos – e decididamente muito mais lucrativo para o comércio.

Para disfarçar a ausência de sentido da festa, falam de um “espírito do Natal”, um ideal de paz, caridade e amor, que deveria unir os seres humanos nessa data (avise isso aos que, bêbados, brigam durante a ceia). Mas o que não compreendem (ou se recusam a compreender) é que não há verdadeira paz, caridade e amor quando tais coisas não provêm de Deus. Ao retirarem Jesus de suas comemorações, reduzem o significado de Sua vinda ao mundo a emoções passageiras que não fazem diferença na vida de ninguém.

O significado esquecido do nascimento de Cristo

Em nenhuma parte dos evangelhos está registrado que Jesus comemorou seu aniversário. Na verdade, durante os três anos de Seu ministério na Terra, dia e noite Ele anunciou a Palavra de Deus ao mundo e buscou pessoas que celebrassem o Seu sacrifício e ressureição, pois através deles é que a humanidade foi resgatada. A única celebração que Ele instituiu não foi de Seu nascimento, mas de Sua morte. A Santa Ceia.

Como Jesus comemoraria Seu aniversário hoje em dia? Certamente fazendo o que sempre fez, indo ao encontro dos necessitados, daqueles que estão dispostos a recebê-Lo. Ele passaria Seus aniversários nos presídios, nos hospitais, com os sem-teto e com todos os marginalizados e desprezados pela sociedade.  Não para fazer caridade, mas para levar a eles a Palavra viva, revolucionária, capaz de transformar a situação em que vivem. Trazer saúde, paz, a vida abundante que Ele tem para dar, e que não cabe no saco vermelho do “papai noel”.

Jesus comemoraria Seus aniversários fazendo a vontade de Seu Pai, mas o faria todos os dias, e não somente em uma determinada época do ano. E é isso que Ele espera daqueles que se consideram Seus servos, quando diz: “Porque eu vos dei o exemplo, para que, como eu vos fiz, façais vós também” (João 13.15).

Não são necessárias festas, decorações, presentes e grandes ceias para comemorar o nascimento de Cristo. É preciso somente obediência para atender a este mandamento: “que vos ameis uns aos outros, como eu vos amei” (João 15.12). Quando leva o Evangelho ao oprimido, quando liberta os que estavam aprisionados pelo sofrimento, tal como Jesus fez, então você está verdadeiramente comemorando, não apenas o Seu nascimento, mas a Sua vida.

Não espere encontrar uma árvore de natal ou luzinhas piscantes anunciando “Feliz Natal” em uma Universal. No entanto, nesta quarta-feira, dia 25 de dezembro, aqueles que realmente se interessam pelo Espírito de Jesus terão a oportunidade de se aproximar dEle. Às 18 horas, na Universal mais perto de casa, todos poderão trazer a família e convidar alguém que precise conhecer o Senhor Jesus. Não aquele bebê indefeso na manjedoura (que só nasceu lá porque os hotéis estavam lotados), mas o Rei dos Reis, que transforma vidas. Você está convidado a fazer parte dessa festa diferente. Vamos celebrar nosso Senhor Jesus e compartilhar o presente que recebemos dEle. Não deixe que o aniversariante fique do lado de fora novamente.

“Eis que estou à porta e bato. Se alguém ouvir a Minha voz e abrir a porta, entrarei e cearei com ele, e ele comigo.” (Apocalipse 3.20)

 

 

*Artigo originalmente publicado na Folha Universal desta semana.

PS: Algo bem útil quando a gente coloca o genérico “na Universal mais perto de você”: Clique aqui  e veja os endereços da Universal em todo o país.