Em seus stories do Instagram, o Bp. Marcio Carotti tem feito respostas curtinhas às perguntas que as pessoas lhe enviam. Uma pessoa perguntou o que ele dizia sobre não ter forças para ler a Palavra de Deus. E ele respondeu que é uma péssima coisa, porque a Palavra de Deus é o que sustenta e alimenta a nossa fé.
Por aí, já dá para ver a importância de ler a Bíblia, não? Se a nossa vida neste muito e na eternidade depende da nossa fé, ler a Palavra de Deus não é opcional! É necessário e é algo que deve ser feito todos os dias. Então COMO ASSIM “não tem forças”?
Gente, não tem que esperar ter forças, não. Sacrifica esse sentimento aí e vá ler a Bíblia sentindo vontade ou não, porque é o certo a se fazer. E Deus vai honrar essa fé (porque isso é fé. Fazer o que você sabe que tem de fazer, ainda que não sinta forças).
Às vezes parece que as pregações são repetitivas, mas é porque a gente precisa saber e se lembrar todos os dias das coisas que deveriam nos ser óbvias e até automáticas. Uma delas é: fé não tem NADA A VER COM SENTIMENTO. “Não tenho forças” é sentimento. A menos que você esteja tão doente que não consiga mover seus braços e sustentar sua cabeça. E mesmo assim, existem áudios da Bíblia no YouTube ou pode pedir para alguém ler para você. Mas geralmente quando alguém diz que não tem forças não é por estar literalmente desprovido de forças, mas sim por não estar sentindo vontade. É sentimentoooo! Acorda.
Outra das coisas óbvias que a gente já deveria saber de cor, mas precisa ser lembrado diariamente é que a base de uma vida bem-sucedida é o sacrifício. Renunciar à própria vontade para fazer o que precisa ser feito. Isso é o contrário do que o mundo prega, mas o mundo é mentiroso e no fundo só quer que você se ferre.
Se você fizer tudo o que tem vontade, sua vida rapidamente se transformará em um caos e você será diagnosticado com algum transtorno psiquiátrico rapidinho. Porque nossas vontades são malucas, contraditórias e muito suscetíveis a sugestões do diabo. Elas precisam estar sujeitas ao nosso raciocínio, para que sejam saudáveis e bem ordenadas. Caso contrário, se transformarão em um polvo alienígena radioativo dirigindo nossa vida. Não é o que a gente quer.
Então esqueça esse negócio de “não tenho forças”. Comece a ler a Bíblia sem forças mesmo, e a leitura te fortalecerá. O mesmo vale para quem diz que não tem forças para ir à igreja, não tem forças para orar, etc. Faça o que tem de ser feito, sentindo forças ou não. E isso me lembra de mais uma coisa que deveríamos decorar, entender e praticar todos os dias: fé não é o que você fala, fé é o que você faz.
#JejumDeDaniel
AVISO: Amanhã de manhã começo neste blog uma série muito legal de posts chamada “O princípio da tentação”, que foi uma verdadeira revelação para mim e mudou meu modo de encarar os problemas. Volte aqui para ler, tenho certeza de que vai ajudar, independentemente de qual seja o seu nível espiritual, porque faz parte das ferramentas de manutenção e blindagem da fé.
PS. As perguntas que o povo manda para o Bp Márcio Carotti no Instagram são fonte de grande sofrimento para mim 😄. Frequentemente tenho vontade de sacudir a pessoa que fez a pergunta. Aí vejo o Bispo, bem fofinho, respondendo na maior tranquilidade e fico mais calminha 😄.
PS2. As respostas são bem curtinhas, então não dá tempo de ele se aprofundar muito, mas, pelo que vejo, a maioria delas o pessoal saberia responder se fizesse a mesma pergunta para Deus e para si mesmo e prestasse real atenção ao que ouve nas reuniões, lê na Bíblia e nos livros da igreja. A palavra da fé precisa estar diante dos nossos olhos e ouvidos o tempo inteiro (não literalmente, mas em nossa cabeça). No entanto, na maioria das vezes as pessoas a colocam como secundária, enchendo a mente de outras coisas. Por isso a semente acaba sendo sufocada pelos espinhos. Por isso não dá para viver por nossos próprios impulsos e vontades, mas sim fazer o que precisa ser feito, sentindo vontade ou não. Sempre.
PS3. Temos mensagens neste blog durante o Jejum de Daniel. Se os posts estão ajudando você, compartilhe o blog com seus amigos que também estão no Jejum. Muitas pessoas não estão entrando nas redes sociais e não sabem (ou não se lembram) da existência deste blog.
PS4. Se inscreva em nosso canal do Telegram, por onde você pode ser avisado sempre que tiver post novo aqui ou vídeo novo no canal (não desisti dos vídeos, não). Sempre aviso lá primeiro, antes das redes sociais. Segue o link: https://t.me/CanalVanessaLampert
Acordei com esta música na cabeça. Quando ouço alguma música, sempre presto atenção à letra. A maioria não faz muito sentido (mesmo as evangélicas, infelizmente), mas de vez em quando aparecem coisas bem legais. Resolvi compartilhar com vocês minha análise dessa letra:
Betel
Pela primeira vez, sozinho
Lutando contra medos e aflições
Fugindo e olhando em tantas direções
Sem nada mais
Só seguindo até chegar neste lugar
Só então eu pude ver
Quanto tempo sem Te conhecer
Faço desta pedra um Altar
Pra me entregar
Um voto pra vida toda
Deus no topo das escolhas
O Primeiro, primeiro
Acima de mim”
Música: Betel / Composição: Nicole Garcez
A música fala do voto de Jacó, que está em Gênesis 28.10-22. Vou colocar esses versículos aqui, e depois vamos analisar a letra da música:
“Partiu, pois, Jacó de Berseba, e foi a Harã; e chegou a um lugar onde passou a noite, porque o sol já tinha se posto; e tomou uma das pedras daquele lugar, e a colocou por seu travesseiro, e se deitou naquele lugar.
E sonhou: e eis uma escada posta na terra, cujo topo tocava nos céus; e os anjos de Deus subiam e desciam por ela; e eis que o Senhor estava em cima dela, e disse: Eu sou o Senhor Deus de Abraão teu pai, e o Deus de Isaque; esta terra, em que estás deitado, darei a ti e à tua descendência; e tua descendência será como o pó da terra, e estender-se-á ao ocidente, e ao oriente, e ao norte, e ao sul, e em ti e na tua descendência serão benditas todas as famílias da terra; e eis que estou contigo, e te guardarei por onde quer que fores, e te farei tornar a esta terra; porque não te deixarei, até que haja cumprido o que te tenho falado.
Acordando, pois, Jacó do seu sono, disse: Na verdade o Senhor está neste lugar; e eu não o sabia. E temeu, e disse: Quão terrível é este lugar! Este não é outro lugar senão a casa de Deus; e esta é a porta dos céus. Então Jacó se levantou pela manhã de madrugada, e tomou a pedra que tinha posto por seu travesseiro, e a pôs por coluna, e derramou azeite em cima dela. […]E Jacó fez um voto, dizendo: Se Deus for comigo, e me guardar nesta viagem que faço, e me der pão para comer, e vestes para vestir; e eu em paz tornar à casa de meu pai, o Senhor me será por Deus; e esta pedra que tenho posto por coluna será casa de Deus; e de tudo quanto me deres, certamente Te darei o dízimo.”
Jacó estava sozinho, fugindo de seu irmão em direção à casa da seu tio, quando Deus apareceu para ele lhe fazendo promessas. Ele, então, transforma aquela oportunidade em uma aliança, quando derrama na pedra a única coisa que tem e faz também uma promessa para Deus. Mas muitos não percebem a profundidade dessa promessa. O autor dessa letra percebeu. E descreve o voto em primeira pessoa, na perspectiva de Jacó, porque as histórias bíblicas estão registradas para nos ensinar sobre a nossa vida, sobre o ser humano. Exemplos do que devemos e do que não devemos fazer, do que agrada e do que não agrada a Deus, do que dá bom resultado e do que dá resultado ruim. Esta história, especificamente, é daquelas que devemos aplicar.
Vamos ver o que cada parte desta música quer dizer para a nossa vida:
“Pela primeira vez, sozinho
Lutando contra medos e aflições”
Às vezes Deus permite que a gente fique sozinho. Em vez de reclamar que ninguém te ajuda, que você não tem ninguém, reconheça o que este momento pode fazer por você. É justamente quando estamos sozinhos que temos a melhor oportunidade de nos aproximar de Deus e estabelecer com Ele a parceria que Ele quer que tenhamos. Em meio aos medos e aflições, também se apresenta uma escolha: ou se desesperar e se entregar à situação, aos sentimentos, ao desespero, ou reconhecer que você não pode resolver essa situação sozinho e se voltar para Deus pedindo a ajuda dEle. Foi o que Jacó fez. No meio do deserto, sozinho, sem servos e sem bagagem, ele percebeu que só conseguiria resolver sua situação se fizesse um pacto com Deus.
“Fugindo e olhando em tantas direções
Sem nada mais”
Sozinho e com medo, ainda fugindo, antes do momento em que toma a decisão de reagir na fé, a gente tende a se distrair olhando para todas as direções. Procura ajuda nas pessoas, procura ajuda nos recursos deste mundo, se distrai com o entretenimento e com tantos assuntos que parecem importantes. Até nos darmos conta de uma coisa: não temos nada. Não temos recurso, de fato, porque nada e ninguém nos tira dessa situação. Então a gente decide entregar nossa ilusão de ter alguma coisa. O pouco em que se apegava precisa ser derramado diante de Deus, depositado no Altar, quer seja um medo, a dependência em coisas e pessoas ou algum recurso deste mundo.
“Só seguindo, até chegar neste lugar”
É importante que a sua fuga te leve até esse lugar solitário em que você precisa decidir em quem vai depositar a confiança. O lugar em que você menos quer estar é onde você vai encontrar a salvação que tanto quer.
“Só então eu pude ver
Quanto tempo sem Te conhecer”
É só quando você chega a esse lugar solitário e resolve depender de Deus, que começa a enxergar de verdade e percebe quanto tempo perdeu ao não reconhecer o Único que pode mudar a sua vida.
“Faço desta pedra um Altar
Pra me entregar
Um voto pra vida toda
Deus no topo das escolhas
O Primeiro, primeiro
Acima de mim”
Quando você chega até este lugar isolado, erguer um Altar para Deus é a única estratégia inteligente. Biblicamente, Altar é um lugar alto que serve para fazer sacrifícios e aproximar a criatura do Criador. Jacó só tinha um pouco de azeite, que era valioso na época e servia como dinheiro, e derramou aquele azeite sobre a pedra-Altar, simbolizando a troca de dependência. Deixava de depender daquele recurso, daquele dinheiro, para depender exclusivamente do voto que estava fazendo com Deus, que não era finito como aquele azeite. Era para toda a vida.
Aquele azeite representava o próprio Jacó, tudo o que ele tinha, tudo o que ele era, tudo aquilo com que poderia contar. Ao derramá-lo, ele se derramou. E é essa a entrega que devemos fazer de nós a Deus. Em nossa oração, em nossa oferta, em nossas atitudes, palavras e reações, devemos ser sempre esse azeite derramado no Altar.
Quando diz “e de tudo quanto me deres, certamente Te darei o dízimo”, Jacó está expressando certeza de que Deus não lhe deixaria faltar nada. O voto do dízimo era uma expressão de confiança e dependência. Dízimo, como a própria palavra diz, é a décima parte. Na verdade, a primeira décima parte. Você o separa e entrega no Altar antes de qualquer outra coisa. Por ser o primeiro, representa que você está colocando Deus em primeiro lugar. Até então, Jacó sempre esteve no topo de suas prioridades, e naquela situação, mais ainda. Quando estamos em um momento difícil, nossa tendência natural é de autopreservação. Tem gente que vira um monstrinho egoista, focado em si mesmo, para se proteger. Mas a atitude de Jacó foi de se autopreservar se entregando ao Único que o poderia proteger.
Deus é o Primeiro e, para que realmente possa ter o efeito de ser o primeiro, deve ser colocado acima de nós. Só quem pode colocar Deus acima de você na sua vida é você mesmo. Essa é uma regra que Ele estabeleceu: a de não passar por cima da nossa escolha. Não importa em que momento da caminhada com Deus você esteja, se começa a colocar sua confiança em outras coisas e pessoas, é preciso fazer o movimento voluntário de se colocar acima de todas essas coisas e colocar Deus acima de você. O Primeiro, em primeiro lugar.
Foi esse o voto de Jacó. O de colocar, para sempre, Deus no topo das escolhas. Era o mínimo que ele poderia prometer a Quem lhe prometeu tudo. Esse é o voto que temos que fazer e nos esforçar para lembrar e cumprir todos os dias. O ato físico de entregar o envelope do dízimo no Altar da igreja nos ajuda a lembrar que Ele é o primeiro e nós somos o segundo. E por mexer com dinheiro, que é algo tão essencial na vida humana, este movimento fica gravado profundamente em nossa alma. Mas não deve ser o único movimento. O voto é de colocar Deus no topo das escolhas todos os dias. A direção da sua vida agora é dEle porque você reconheceu que não tem condições de fazer esse negócio sozinho. É bem provável que precise mudar atitudes, pensamentos e opiniões, e você está disposto a isso.
Derramados no Altar com o seu azeite estão seus pensamentos, atitudes, opiniões, medos, ansiedades, peso, cansaço, vontade de resolver do seu jeito, as coisas que você ouviu, o que você viu, o está sentindo, os recursos que tentou usar, o que ainda poderia ser usado para resolver, o passado, o presente, o futuro, suas preocupações… tudo! O azeite de Jacó representava sua garantia de sobrevivência e, ao derramá-lo, ele transferiu sua garantia de sobrevivência para Deus. Este é o pacto que devemos fazer. Este é o voto que você deve fazer, sozinho, entre você e Deus. Colocar o Primeiro, primeiro. Acima de você e de todo o resto.
PS. E agora consegui colocar a música na sua cabeça também! 😃
PS2. Temos mensagens neste blog durante o Jejum de Daniel. Se os posts estão ajudando você, compartilhe o blog com seus amigos que também estão no Jejum. Muitas pessoas não estão entrando nas redes sociais e não sabem (ou não se lembram) da existência deste blog.
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Em seus stories do Instagram, o Bp. Marcio Carotti tem feito respostas curtinhas às perguntas que as pessoas lhe enviam. Uma pessoa perguntou o que ele dizia sobre não ter forças para ler a Palavra de Deus. E ele respondeu que é uma péssima coisa, porque a Palavra de Deus é o que sustenta e alimenta a nossa fé. 