Mês: junho 2014

Jogando lixo no Templo

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Estava tentando explicar a importância da alimentação para a saúde (inclusive complementação nutricional) em conversa com uma pessoa, e ela achou que eu estava falando de uma espécie de bruxaria. Como se “medicina nutricional” fosse algo como “a cura pelas pedras”. Má alimentação prejudica os neurônios, definitivamente. Para que a pessoa acha que a nutrição serve? A gente não come para encher a barriga, a gente come para dar ao nosso organismo os nutrientes necessários para que todas as células dele funcionem a contento. Aliás, é para isso que a gente toma água, também. Pense em seu corpo em um nível microscópico. Cada alimento tem coisinhas minúsculas que servem para dar combustível às  coisinhas minúsculas que fazem seu corpo funcionar. O organismo humano é um conjunto de milhões de coisinhas minúsculas que precisam de coisinhas ainda mais minúsculas, que estão presentes em comida de verdade.

Quando come coisas que não são comida de verdade (industrializados cheios de conservantes, corantes, acidulantes, realçadores de sabor, açúcar refinado, adoçantes artificiais e gordura hidrogenada), está enchendo seu organismo de toxinas que, na melhor das hipóteses, atrapalharão o funcionamento dele e causarão deficiência dos nutrientes de verdade, que Deus fez para que seu corpo (que Ele também fez) funcione bem. A Bíblia compara o corpo humano a um Templo. Diz que nosso corpo é Templo do Espírito Santo.

A pessoa se alimenta mal, por isso o corpo entrou em um processo inflamatório generalizado (meio que pedindo socorro) e começa a aparecer um problema após o outro.  Acaba não conseguindo fazer a Obra que tem que fazer porque as engrenagens começam a emperrar. Por culpa dela. Entenda o seguinte: quando você se entope de porcarias industrializadas (e aqui eu incluo a maioria das coisas que você encontra no supermercado…leia o rótulo), cheias de corantes, conservantes, glutamato monossódico e gordura hidrogenada, está depredando o Templo. É mais ou menos como quando você se droga, se prostitui ou vira madrugadas enchendo a cara. Você está entrando no Templo com uma picareta e arrancando lascas das pedras de revestimento. Você está riscando as cadeiras do Templo com caneta Bic. Você está passando cocô nas paredes dele e enchendo o Altar de lixo. O mínimo que podemos fazer pelo Templo é mantê-lo limpo, bonito e bem conservado. Por dentro e por fora. É entender que ele não é nosso, é de Deus, está emprestado para nós, para que possamos fazer o que o Dono do Templo nos comissionou a fazer neste mundo.

É uma grande falta de respeito tratar a casa dos outros de qualquer jeito, jogando lixo no chão e passando porcaria na parede. É falta de respeito fazer suas escolhas de alimentação com base no que você tem vontade, simplesmente, como se esse fosse um prazer sem consequências. Quando cuidamos daquilo que Deus nos deu, mostramos a Ele o quanto O consideramos.

Quando você entende como funciona o corpo humano, o papel dos micronutrientes, como o corpo absorve os nutrientes e o que faz com eles depois…o processo de glicação, o processo de oxidação, como o seu corpo lida com as toxinas que você ingere…você começa a entender a delicadeza do Templo maravilhoso que Deus fez. Como tudo é tão perfeito, tão grandioso, mas ao mesmo tempo, tão delicado.  E mesmo que não entenda nada disso, você ainda é capaz de perceber que temos a máquina mais fantástica já concebida em nossa posse temporária e temos o dever de cuidar dela da melhor maneira que pudermos.

Quando a pessoa não bebe água suficiente, quando come mal e não se cuida, o pessoal que trabalha na segurança (defesa) e na manutenção do Templo fica sem comida (eles são obrigados a comer lixo), sem cimento, sem material básico para reconstruir o que os vândalos destruírem. Como os suprimentos são poucos e de baixa qualidade, alguns trabalhadores são mandados embora, porque não há como manter todos. Assim, o Templo fica à mercê dos bandidos e dos vândalos (os vírus, as bactérias, as inflamações, degenerações e doenças, em geral). Então, em vez de dar condições aos trabalhadores para resolverem os problemas, você reclama deles e procura uma indústria para dar uma solução mágica, mas só o que ela consegue lhe vender é um paliativo. Estacas que seguram a marquise que está caindo (mas quando vai consertar, se não tem concreto, se não tem vigas, se não tem trabalhadores?), óculos que não deixam você perceber o estrago (anti-inflamatórios e analgésicos, que não resolvem o problema)…em breve, o Templo, construído com tanto cuidado, já parece ter cem anos de idade, mesmo tendo menos de trinta. E você vai reclamar do construtor? Vai reclamar dos trabalhadores? Vai fugir da sua responsabilidade? Até quando? Essa não é uma forma inteligente de lidar com algo tão importante.

O Templo de Salomão é tão lindo e foi feito com tanto cuidado, com tanto amor…sacrificamos tanto para vê-lo como está hoje, grande, imponente, forte e maravilhoso. Por que não podemos sacrificar pelo Templo que o próprio Deus construiu e estabeleceu como Sua casa?

 

PS: A Katia escreveu no blog da Cris um post muito legal, que sintetiza o que penso sobre esse assunto: Detox à moda antiga.

PS2: Esse é um problema que eu tive por muito tempo. E hoje eu sei que tenho que sacrificar por uma razão maior. Reduzi o consumo de coisas que não são comida de verdade e comecei a fazer exercícios. Me forço a tomar a quantidade necessária de água. Tudo é hábito, meus amigos. E hábito é um negócio que a gente pode mudar e trocar por outro. Simples assim.

 

O descanso…

Fiquei de contar como foram meus dois dias de descanso. Bem, talvez as pessoas normais não considerem descanso, mas eu estou descansando…rs. Descansar não é dormir o dia inteiro (embora eu tenha dormido algumas horas ontem depois do almoço, até ser acordada com os gritos quando acabou a prorrogação – sim, porque aqui na zona norte é impossível não saber dos jogos do Brasil, ainda que a gente não assista – mas não conta, já que eu tinha acordado antes das cinco da manhã para ir ao laboratório com meu esposo, para fazer exame de sangue), o mais importante, pelo menos no meu caso, é descansar a cabeça. Todo o meu descanso este final de semana foi mental. 🙂 Sem cobranças da minha cabeça, sabendo que minha única obrigação sábado e domingo seria “descansar”.

Não posso esperar que eu passe um dia inteiro sem ler nada ou sem escrever nada, mas tentei não mexer com trabalho, para tentar fazer como se fosse um final de semana de gente normal.  Hoje fui à igreja bem cedo, li com calma vários blogs quando voltei e ainda consegui adiantar algumas mensagens que eu teria de escrever durante a semana, o que vai me deixar mais tranquila para trabalhar.

Você nunca vai me ver defendendo feriados e longos períodos de férias, mas tenho que admitir que desacelerar pelo menos um dia é importante, desde que você também use esse tempo para colocar sua cabeça no lugar, avaliar o que tem passado por ela e o que você deve mudar para se cansar menos durante a semana, senão é meio inútil. Eu, por exemplo, percebi que tenho que me livrar de um péssimo hábito (identifiquei um robozinho drenador de energia): às vezes escrevo um e-mail e não envio imediatamente; salvo como rascunho. Deixo para ler novamente depois, com um olhar mais fresco e ver se precisa de alguma edição. Isso é um hábito mais ou menos recente, mas não é nada legal, porque, na correria da vida humana na terra, com frequência eu esqueço de fazer a tal edição e o e-mail não sai dos rascunhos (mais recentemente ainda, comecei a fazer isso com comentários em blogs. Salvo no word para enviar depois e acabo não enviando). Neste fim de semana, percebi que isso é uma espécie de dúvida. Como escrevo, mas não envio e deixo o troço pendente, vou acumulando dúvida dentro de mim e me treinando a hesitar. É um treinamento para fortalecer a insegurança. Nada esperto. Não é de se espantar que eu esteja me cansando mais do que o normal. A fé é travada pela hesitação.

Então, eu decidi uma coisa para esta semana, que comecei a aplicar desde sábado. Vou enviar qualquer e-mail que eu escrever. Se eu cheguei a escrever, ele deve sair dos meus rascunhos. Caso contrário, é melhor nem escrever. É uma atitude pequena, mas as raposinhas é que destroem toda a vinha, não é mesmo? Da mesma maneira que uma atitude negativa aparentemente insignificante pode destruir, uma atitude positiva aparentemente insignificante pode trazer grandes transformações. Estou à caça de toda duvidazinha que aparecer pela minha frente, para eliminar tudo aquilo que possa boicotar minha fé. 🙂