julho 2023 -Vanessa Lampert-

À prova de cansaço: (Juízes 8.4)

“E, como Gideão veio ao Jordão, passou com os trezentos homens que com ele estavam, já cansados, mas ainda perseguindo.” Ainda que vários outros homens tenham se juntado ao exército, a essa altura da batalha só são citados Gideão e os trezentos. Provavelmente, quando veio o cansaço, os outros que chegaram depois decidiram parar.

O espírito dos trezentos era diferente. Eles, que aceitaram começar uma guerra maluca sem espadas, só com tochas, cântaros e trombetas, provaram confiar em Deus. E ao seguirem os passos de Gideão, eram um só espírito com ele.

E agora, já com as espadas dos inimigos nas mãos, eles ignoravam o cansaço físico que sentiam e seguiam perseguindo, além dos limites das suas forças, porque o que os movia era o espírito deles.

Já os outros, que ficaram para trás, eram movidos pelas circunstâncias. O que nos faz imunes ao cansaço é a força da nossa fé, da confiança de que, se Deus não mandou parar e se ainda há inimigos a perseguir e guerras a vencer, não podemos parar.

Continua amanhã…

Não perca!

Vanessa Lampert

Originalmente postado em: A história de Gideão – parte 20.

Leia também:

– A história de Gideão – parte 1

– A história de Gideão – parte 2

– A história de Gideão – parte 3

– A história de Gideão – parte 4

– A história de Gideão – parte 5

– A história de Gideão – parte 6

– A história de Gideão – parte 7

– A história de Gideão – parte 8

– A história de Gideão – parte 9

– A história de Gideão – parte 10

– A história de Gideão – parte 11

– A história de Gideão – parte 12

– A história de Gideão – parte 13

– A história de Gideão – parte 14

– A história de Gideão – parte 15

– A história de Gideão – parte 16

– A história de Gideão – parte 17

– A história de Gideão – parte 18

– A história de Gideão – parte 19

Os homens de Efraim: (Juízes 7:24,24; 8:1-3)

Os homens de Efraim eram homens de guerra e encrenqueiros, gostavam de lutar. Gideão os convoca no meio da batalha e eles vão atrás dos dois príncipes dos midianitas, os matam e trazem as cabeças deles a Gideão.

Se esses trogloditas estivessem no exército desde o início, todo mundo diria que venceram por causa deles, até porque a valentia era uma questão de orgulho para eles (embora não tenham se dignado a brigar contra os midianitas durante 7 anos)…

O que leva a pensar: por que Deus não escolheu esses valentes para livrar Israel? Justamente porque, se tivessem sido escolhidos, tomariam a glória para si. A valentia de Gideão era outra: era a coragem de obedecer. A coragem de ser o único a pensar diferente (não temia baal, não se escondeu nas cavernas).

Os homens de Efraim, que não tiveram coragem de tomar a frente para lutar contra os midianitas, vão tirar satisfação com Gideão e contendem fortemente com ele, por não terem sido chamados no início da batalha.

Gideão, então, se coloca humilde diante deles, dizendo que sua família não é nada diante de Efraim, tanto é que Deus lhes entregou nas mãos os príncipes dos midianitas. Eles, então, se acalmam, porque se sentem valorizados e importantes, já que têm os créditos da morte dos líderes dos inimigos.

Que pequenez… querer a glória e a honra para si diante dos homens, e não considerar Deus. São aqueles que já receberam sua recompensa. Essa pequena recompensa de se sentirem importantes diante dos outros. É a natureza humana, rasteira.