Mês: agosto 2021

Para fortalecer a sua fé

“E não enfraquecendo na fé, não atentou para o seu próprio corpo já amortecido, pois era já de quase cem anos, nem tampouco para o amortecimento do ventre de Sara. E não duvidou da promessa de Deus por incredulidade, mas foi fortificado na fé, dando glória a Deus, e estando certíssimo de que o que Ele tinha prometido também era poderoso para o fazer.” 

Romanos 4.19-21

Esses versículos falam de Abraão, que não duvidou da promessa de Deus de que ele teria um filho e seria pai de muitas nações. Mesmo com quase cem anos, ele não se permitiu duvidar. 

“E não enfraquecendo na fé, não atentou para o seu próprio corpo já amortecido, pois era já de quase cem anos, nem tampouco para o amortecimento do ventre de Sara.”

Não há nada mais físico e mais aparentemente real para o ser humano do que seu próprio corpo (o corpo está tão próximo de nós que muitos se confundem acreditando que são seus próprios corpos). A fé que faz um homem não atentar para as limitações de seu próprio corpo e seguir crendo na promessa de Deus que contraria essas limitações é a fé que considera Deus (e Sua Palavra) mais real do que aquilo que é visível e mais poderoso do que os processos naturais.

Abraão não deu bola nem para as limitações do seu corpo (o que ele sentia) nem para as limitações do corpo de Sara (o que ele via). As coisinhas de fazer filhinho dos dois não estavam mais funcionando, mas ele não estava nem aí, porque DEUS tinha garantido o resultado! Olha que salto de entendimento aqui. Saia do natural, saia do visível, saia do “concreto” que nada tem de concreto. Real mesmo é o que vem de Deus. Real mesmo é essa Palavra e tudo aquilo que essa Palavra pode trazer à existência.

Essa era a fé de Abraão, para quem a Bíblia diz que devemos olhar. Eu estava meditando nisso e na palavra “certíssimo”, que aparece no final desse trecho. Abraão não apenas tinha certeza, ele estava certíssimo. Note a intensidade. Total ausência de dúvida. Creio que as duas coisas estejam relacionadas. Não atentar para seu próprio corpo, para aquilo que lhe parece muito real, crendo que a promessa de Deus era mais real, foi o que o fez estar certíssimo de que Deus era poderoso para cumprir o que prometera, por mais impossível que parecesse.

Outra coisa que me chama atenção nesse trecho, no início do versículo, é: “e não enfraquecendo na fé, não atentou para seu corpo já amortecido”. (Estou analisando de trás para frente, eu sei.) Aqui entendo que, se ele colocasse a atenção no seu corpo (ou seja, nas circunstâncias, naquilo que ele podia ver), seria uma evidência de que tinha enfraquecido na fé. Como ele não enfraqueceu na fé, não deu atenção para o seu corpo. Ou seja, se você percebe que está atentando para as circunstâncias, para o que ouve, vê ou sente, ou para as suas limitações naturais, isso é uma evidência de que a sua fé está enfraquecida. 

“E não duvidou da promessa de Deus por incredulidade, mas foi fortificado na fé, dando glória a Deus, e estando certíssimo de que o que Ele tinha prometido também era poderoso para o fazer.” 

Vamos pensar nesse trechinho aqui. Duvidar da promessa de Deus é incredulidade. E duvidar da promessa de Deus não é só pensar que Deus não tem poder para fazer determinada coisa, mas sim até crer que Ele tem poder, mas achar que Ele não quer ou não vai fazer. Crer em uma promessa de Deus é crer que Ele VAI FAZER o que prometeu, porque, afinal de contas, Ele PROMETEU. E se você crê que Ele não mente, não vai sequer cogitar que a promessa não se cumpra. Tem gente que gosta de espiritualizar sua própria incredulidade, dizendo “ah, mas talvez não seja vontade de Deus…” mesmo quando Deus já deixou Sua vontade expressamente escrita na Sua Palavra. A cura, por exemplo, ou o batismo com o Espírito Santo. A vontade de Deus está lá. Ou a gente crê ou a gente não crê. E se crê, permanece certíssimo de que Deus é poderoso para fazer o que prometeu. E de que Ele vai fazer, mais cedo ou mais tarde.

E, por fim, vemos que Abraão foi fortificado na fé dando glória a Deus e estando certíssimo de que o que Ele tinha prometido também era poderoso para o fazer. Obviamente, esse “dando glória a Deus” não significa que Abraão se fortaleceu na fé dizendo “Glória a Deus!”, crentemente, como poderíamos imaginar. Essa expressão foi tão banalizada que as pessoas hoje se esquecem do que ela quer dizer. Dar glória a Deus significa reconhecer o mérito dEle por determinado feito maravilhoso. Dar glória a Deus é honrá-Lo com o reconhecimento, é falar dEle com admiração por algo que Ele fez ou por Quem Ele é (mesmo sem dizer as palavras “glória a Deus”). 

Nesse caso específico, entendo que o que fortaleceu a fé de Abraão foi pensar e falar em como Deus era grande e poderoso para fazer aquilo que Ele havia prometido. Abraão manteve em seu pensamento o pouco que conhecia de Deus — e que já era suficiente. Lembre-se de que não existia Bíblia naquele tempo. O que Abraão conhecia de Deus era a história da Criação do mundo e do dilúvio em que Ele salvou Noé. O Deus capaz de criar todas as coisas e de destruir os injustos com a força de um dilúvio incontrolável, tendo poupado a vida de um justo e sua família…era esse Deus, a quem ninguém poderia se equiparar, que havia prometido a Abraão um filho. O que seria impossível para Ele?

Pensar nisso e falar sobre isso fortaleceu a fé de Abraão. Estar certíssimo de que Deus era poderoso para fazer o que prometeu também fortaleceu a fé de Abraão. Olhar para as circunstâncias visíveis e “sentíveis” e para o que parecia “real” em sua situação enfraqueceria sua fé. Que aprendamos com o exemplo de Abraão. Vamos fortalecer nossa fé, pensando do jeito certo e focando do jeito certo em nosso dia a dia, para que possamos ver as promessas se cumprirem em nossa vida, como ele viu. 

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PS. Espero que você tenha conseguido acompanhar o raciocínio. Se não conseguiu, fique à vontade para ler mais de uma vez e você conseguirá. Leia devagar, pensando no que está lendo. É assim que leio. Primeiro leio tudo, depois analiso cada frase, depois tento reformular as frases, depois leio de trás para frente, depois leio tudo de novo. E ainda leio em voz alta. E fico pensando durante todo esse processo, tentando entender como cada frase se relaciona com a outra, como cada palavra se relaciona com a próxima. Cada frase importa. Cada palavra importa. 

PS2. Gente, esse mês tem sido bem complicado. Fui atropelada pelos meus mastócitos desde a primeira semana, então não consegui dar continuidade aos textos que estava escrevendo aqui, mas fico feliz de conseguir voltar ao blog ainda durante o Jejum de Daniel. Agradeço, como sempre, a paciência. 🙂

PS3. Uma dica que eu tenho para esses últimos dias de Jejum é: se você gosta dos meus textos, acompanhem o canal do Bp Renato no YouTube. É o conteúdo que eu mais consumo e que mais me ajuda no dia a dia (claro, tem que se esforçar para colocar em prática). Eu assisto e fico me perguntando “será que o pessoal do blog assistiu isso?”, então assistam, para a gente ficar na mesma “vibe”. 

PS4. O Jejum de Daniel este mês tem sido complicado pelas questões de saúde, mas estou usando toda a minha força para buscar a Deus. E tenho percebido que estou mais forte na fé, ainda que o corpitcho esteja coisado. E então me deparo com esses versículos…não atentou para o seu próprio corpo… como alguém pode não atentar para o próprio corpo? É mais do que não olhar para o que sente, é colocar a promessa de Deus acima de absolutamente TUDO, como se todas as coisas físicas fossem nada, ilusão, abstração. Só Deus é concreto. Decidi estar nessa fé aí! Vamos juntos, com toda a força, nessa fé?

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Retomando o controle da sua atenção

Hoje começa o Jejum de Daniel. 21 dias longe de conteúdo secular inútil, focando nossa mente nas coisas de Deus. É importante fazer o Jejum de modo não religioso e não automático. Infelizmente, é fácil ligar o modo automático e trocar aquela enxurrada de informações seculares por uma enxurrada de conteúdo religioso. Sei que é mais fácil e nosso cérebro adora uma facilidade, mas não faça isso! Não basta ficar sem conteúdo secular ou sem redes sociais. 

Você não precisa (e nem deve) se entupir de conteúdo, substituir o secular pelo cristão no mesmo volume insano. O objetivo do Jejum de Daniel não é se encher de informações, mas se encher dos pensamentos de Deus. Para isso é preciso desacelerar. Ver menos coisas e pensar mais nas coisas que vê. 

Uma pesquisa recente mostrou que o modo como usamos a internet está mudando a memória, a atenção e as habilidades sociais das pessoas. O alto fluxo de informações faz com que nossa atenção se torne dividida e diminui nossa capacidade de manter a concentração em uma mesma tarefa. As mudanças em nossa capacidade de reter informações são ainda mais assustadoras. Como conseguem recuperar informações online, as pessoas pararam de estocá-las em sua memória. Um estudo mostrou que a atividade cerebral em áreas críticas da memória diminui conforme as pessoas pesquisam informações online. 

A razão disso é que cérebro funciona em constante economia de energia. Ele consome cerca de 20% da energia do nosso corpo e, por isso, quanto menos gasto tiver, melhor irá trabalhar. Assim, seu esforço é direcionado para automatizar o máximo possível de atividades, para sobrar mais energia para as funções importantes. Quando percebe que a informação que ele busca está disponível do lado de fora, não vai se esforçar para armazená-la. 

Outro estudo mostra que nosso cérebro sente “fome” de informação. O consumo de informações ativa o sistema de recompensa cerebral, liberando dopamina (neurotransmissor ligado à sensação de prazer, relacionado também ao consumo de drogas). Então, podemos dizer que a informação (qualquer tipo de informação, o cérebro não diferencia se é algo útil ou porcaria) pode funcionar como uma droga. Imagine o que acontece quando a informação vem em alta quantidade e de consumo super rápido — como fotos, textos curtos, vídeos curtos, como os que consumimos diariamente nas redes sociais? Funciona mais ou menos como o que uma balinha cheia de açúcar e glucose de milho faz com nossa glicemia: joga o nível de glicose lá no alto e, depois da “onda”, o derruba rapidamente, fazendo com que precisemos de mais glicose, em um ciclo infinito (como a rolagem da tela do Instagram). 

Estamos sendo treinados a interagir com inúmeros links e conteúdos de uma maneira superficial na internet, sem prestar muita atenção a nada por muito tempo, apenas para receber a recompensa. Cachorrinhos esperando o biscoito. O que isso causa em nosso cérebro é a formação de um padrão de não prestar atenção em nada por muito tempo e manter sempre uma interação superficial com qualquer conteúdo. 

Você já deve imaginar o desastre que isso causa nos relacionamentos e — principalmente — no relacionamento com Deus. A tendência é transferir essa superficialidade também para o campo espiritual, e espiritualidade superficial nada mais é do que religiosidade vazia, um conjunto de rituais e práticas que nos dão a sensação de estarmos fazendo alguma coisa para Deus, mas que, sem a devida atenção, não surtem efeito. 

E nessa lista de rituais e práticas se incluem coisas que são muito importantes, a menos que sejam esvaziadas por essa tendência à superficialidade, como, por exemplo: orar diariamente, ler a Bíblia, ir à igreja, ouvir conteúdo cristão, etc. Não se trata do que você faz, mas de como você faz. Todas as coisas relacionadas à prática da fé têm absoluta necessidade de total atenção, foco e entendimento do que está sendo feito e do porquê está fazendo aquilo. E não apenas atenção à prática específica (como, por exemplo, a oração), mas a atenção nos demais momentos da vida, que é quando você vai colocar em prática aquilo que aprendeu durante a leitura da Bíblia ou durante a oração. Sem essa atitude de humildade, atenção e raciocínio, sua prática diária espiritual nada mais é do que exercício de religião. 

É preciso diferenciar religião e prática da fé e muitas vezes a diferença está mais no modo de se fazer determinadas coisas do que nas coisas, em si. Duas pessoas podem ter exatamente as mesmas práticas de aparente espiritualidade, mas uma delas está sendo religiosa e a outra está, de fato, vivendo a fé. Não cabe a nós julgar quem é quem — até porque, não temos acesso ao interior de ninguém além de nós mesmos. O que nos cabe é fazer o sacrifício que for preciso para garantir que sejamos aquela pessoa que está vivendo a fé de forma sincera. E muito do que define a sinceridade da sua fé está naquilo que você faz nos momentos em que não está fazendo coisas religiosas. Nas suas escolhas diárias, no seu modo de ver as pessoas, no julgamento que faz dos outros e de si mesmo, nos hábitos diários, naquilo em que gasta a maior parte do seu tempo e energia.

 A internet e as informações diárias (já que praticamente todos os meios de comunicação estão contaminados pelo ritmo acelerado da internet) precisam ser vistas como ferramentas e controladas por nossa capacidade de gerenciamento de tempo e definição de prioridades. Mas só conseguiremos fazer isso depois de tomarmos de volta o controle da nossa mente e o entregarmos para Deus. É preciso fazer um uso racional dessas novas tecnologias — e isso é verdade para qualquer pessoa que queira ser um ser humano funcional, mesmo aquelas que não estão minimamente interessadas em ter algum relacionamento com Deus. Quanto mais para aquelas que dizem estar preocupadas com o arrebatamento (que está logo ali) e a Salvação da alma! Como a pessoa espera ser arrebatada se 90% da sua atenção diária está sequestrada por um mecanismo que a tem treinado a ser superficial, emocional e focada no mundo físico? 

É possível ver claramente que o diabo tem usado esse nosso modo irracional de usar as novas tecnologias (principalmente as redes sociais que têm o scrolling infinito e o noticiário sensacionalista que só fala de desgraças) para formar uma sociedade de pessoas superficiais, constantemente irritadas e ansiosas, manipuláveis, pouco afeitas ao raciocínio, interessadas em buscar apenas seus próprios prazeres e treinadas a fazerem suas vontades. São exatamente essas as características do povo da época do anticristo, descrito no Apocalipse. E se não temos interesse de fazer parte desse pessoal, por que estamos treinando para isso com eles?

Nossa mente precisa da informação assim como nosso corpo precisa da comida, mas é essencial pensar na informação como algo que irá nutrir nosso espírito — nossa mente. Que tipo de informação devemos colocar dentro de nós? Essa é uma pergunta que exige uma resposta racional para guiar nossa escolha sobre o que consumimos. 

Obviamente, não iremos cortar completamente a internet de nossas vidas. Durante o Jejum de Daniel, nos abstemos de conteúdo secular inútil, notícias e conversas desnecessárias, mas continuamos acessando a internet para, por exemplo, assistir às lives diárias no Instagram do Bispo Macedo, acompanhar as reuniões do Templo de Salomão, assistir aos vídeos do Bispo Renato, ler os textos deste blog, etc. Continuaremos também consumindo informações em outros meios, como os livros da igreja, a Folha Universal e a revistinha do Jejum de Daniel (que também tem link para vídeos e conteúdo online).

 Por isso, precisamos entender que, além da desintoxicação mental, este período servirá para treinarmos um modo mais saudável de acesso à rede e às informações de um modo geral. Um modo intencional e consciente. Você não vai mais entrar na internet desmioladamente, como se tivesse todo o tempo do mundo. Vai entrar com prazo e propósito. Antes de acessar, defina o que irá acessar. Escreva em uma lista e siga exatamente o roteiro definido, pelo tempo determinado, de modo consciente. Não passe mais do que o tempo previsto, mas não faça seu acesso correndo. Lembre-se de que você precisa se treinar a passar mais tempo focado em uma só tarefa

Para isso, sempre que assistir a um vídeo, ler um texto ou uma passagem Bíblica, enfim, sempre que consumir um conteúdo da fé (online ou impresso), dedique algum tempo para pensar sobre o que consumiu. Pegue um papel e anote o que aprendeu, os pontos que mais lhe chamaram a atenção ou algo que você entendeu que precisa fazer. Eu sugiro que tenha seu caderno do Jejum de Daniel, para escrever e reler durante esses 21 dias. Tudo o que você aprender ou que se destacar na sua mente durante as leituras, coloque no papel. Mais tarde, releia e pense novamente sobre aquilo. Vai ajudar até na hora de orar, de saber o que pedir ou perguntar para Deus.

Dependendo do seu nível de dependência (estranha essa frase, “dependendo do seu nível de dependência” hahaha mas deu para entender, né?), talvez esse exercício seja um horror no início. Seu cérebro pode querer boicotar seus esforços, na tentativa de manter aqueles comportamentos que já estavam automatizados e com os quais ele conseguia poupar alguma energia e recebia recompensa (tudo ilusão, porque o excesso de informações cansa o cérebro e ele começa a tirar energia de outras funções. Mas ele não é muito esperto). Então, você precisa ser mais forte do que ele e manter seu propósito com uma ferramenta (na verdade, uma arma) que todas as pessoas possuem, mas quase ninguém usa: o sacrifício. Você lembra dele? Já falamos sobre isso em vários outros textos neste blog. 

Sacrifício, no sentido de renúncia, de abrir mão de alguma coisa por um objetivo maior. No caso em questão, conscientemente abrir mão da vontade de receber informações curtas e rápidas, com o objetivo de se desintoxicar desse ritmo enlouquecedor que o mundo tem nos imposto. Então, começaremos o Jejum ajustando nosso modo de consumir as informações que escolhermos consumir.

É assim que você vai recalibrar sua mente para se reconectar com Deus de um modo como talvez há muito tempo não se conectava (ou, quem sabe, nunca o tenha feito). O tema deste Jejum de Daniel é “21 dias para ter a mente de Cristo”. E eu lhe asseguro que a mente de Cristo não é acelerada, fragmentada e superficial como a mente das pessoas de 2021. E a nossa também não será. 

Fontes:

The online brain: how the Internet may be changing our cognition https://onlinelibrary.wiley.com/doi/10.1002/wps.20617

Common neural code for reward and information value https://www.pnas.org/content/116/26/13061

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PS1. Isso é importante para todo mundo, mas particularmente essencial se você for jovem. Quanto mais jovem, mais o seu cérebro tem sido formado desse jeito todo errado aí, então seu esforço terá de ser maior. Os mais velhos já viveram grande parte da vida sem internet e redes sociais, então, em teoria, deveria ser mais fácil (ou menos difícil) ter uma relação mais saudável com essas tecnologias. Afinal de contas, a gente sabe que é possível. Mas os mais jovens também têm a vantagem de qualquer mudança ser mais fácil de se fazer (pode não parecer, mas é). Vai exigir sacrifício para todo mundo, mas também vai beneficiar todo mundo. 

PS2. Você vai ser um ET neste mundo. Um ET que entende a Bíblia, que tem paciência para textos longos, que tem paciência para ler livros, que tem paciência para escrever e pensar naquilo que leu e assistiu. Bem-vindo ao planeta das pessoas que conseguem viver em paz no caos em que o ser humano está mergulhado. Aprenda a gostar de ser diferente, de ser do contra. 

PS3. Sugeri o uso de papel/caderno/caderneta para anotações, primeiro porque é mais fácil recuperar essas informações depois (acredite em mim. Explicar isso exigiria um novo post enorme). Segundo, porque a ideia é fazer você diminuir o tempo em frente a telas. E terceiro, mas não menos importante, pesquisas indicam que usar papel (em vez de tablets e celulares) para escrever e ler facilita o pensamento abstrato, o que ajuda na compreensão, reflexão e raciocínio (vá que seja verdade, né? Não custa tentar). Então, pode até fazer as anotações nas famigeradas telas, mas, se puder escolher, sempre dê preferência ao papel.

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