Categoria: Política

Sobre tráfico de órgãos. (E agora querem a presidência da república…)

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A história do Paulo Pavesi já é bem conhecida. Seu filho Paulinho, de 10 anos, teve seus órgãos retirados ainda com vida em Minas Gerais, para tráfico de órgãos. O pai do garoto, apesar do sofrimento que passou, continua até hoje na luta para denunciar as atrocidades que acontecem sem que a população saiba. O mais assustador é que isso não foi feito em um porão por um açougueiro. Foi feito por médico, em um hospital, com conivência do governo de Minas, do PSDB. O que esse pai passou eu não desejo para ninguém. Hoje, ele vive sob proteção internacional. Essa história absurda infelizmente é verdadeira. Paulo mantém a página https://www.facebook.com/traficodeorgaosnobrasil e  o blog http://ppavesi.blogspot.com.br/.

Na página do Facebook, ele tem feito diversas denúncias contra Aécio e seus “homens de confiança”, envolvidos em atos abomináveis. Essas denúncias não são eleitoreiras, não são denúncias sem provas como os áudios da Globo ou as reportagens da Veja. Não foram feitas por bandidos. Aécio teria que ter muita cara-de-pau para chamar de “leviano” quem as levantasse, pois existem provas. Outras, precisam de investigação, mas por que não foram investigadas ainda? E por que a mídia é tímida para divulgar esse tipo de coisa, de interesse da população? Vale se informar a respeito do que esse pessoal fez em Minas Gerais, para meditar a sobre o caráter do grupo que a velha mídia apresenta como alternativa de “mudança” para o país nessas eleições.

Há indícios de que Carlos Mosconi, político mineiro de confiança de Aécio, esteja cotado para a vaga de Ministro da Saúde em um hipotético governo tucano. Aécio o manteve no governo de Minas Gerais, em cargos de confiança, mesmo depois de estourado o escândalo. Aliás, quer saber exatamente do que se trata? Leia esse artigo até o final: http://www.viomundo.com.br/denuncias/leandro-fortes-tucano-carlos-mosconi-um-feliciano-piorado-na-assembleia-mineira.html Eu me pergunto por que isso não se transformou em um escândalo de proporções estratosféricas na mídia. Por que será? Não é grave o suficiente?

 

 

PS: Leia também esse outro artigo de Leandro Fortes sobre o assunto:

http://www.cartacapital.com.br/politica/a-dor-de-paulo-pavesi

PS2: Leia também o post de ontem PSDB teria quebrado o Brasil na crise, para entender a diferença entre os dois modelos de governo que essa eleição nos propõe.

Meu desafio a Pezão

Ao ser questionado, em sua página do Facebook, sobre o fato de estar misturando política e religião, criticando a Universal, Pezão, que disputa o governo do Rio de Janeiro com Marcelo Crivella, responde que está apenas alertando os eleitores a respeito do parentesco entre Marcelo Crivella e Edir Macedo (como se Crivella algum dia já tivesse escondido isso) e sobre a Universal estar “por trás de sua candidatura” (o fato de Crivella ter uma trajetória política é sumariamente ignorado). E faz uma acusação ridícula:

“Muitas vezes, essa organização beneficia apenas seus fiéis em projetos públicos e sociais.”

Ooooopa, peralá!!! Perceba o nível da argumentação. “Muitas vezes”…quais vezes? “Em projetos públicos e sociais” Em quais projetos públicos e sociais? Eu NUNCA vi a Universal beneficiar apenas seus fiéis em projeto público e social algum. Pelo contrário, os projetos públicos e sociais da Universal são voltados para a população necessitada. A maioria dessa população nunca sequer entrou em uma Universal antes de ser ajudada. Repito: sou membro da Universal desde dezembro de 1999 e NUNCA vi a igreja beneficiar apenas os seus fiéis em projetos públicos e sociais.

O trabalho com moradores de rua é feito apenas com moradores de rua que são membros da Universal? Rs. É bom avisar que não demora muito para que um morador de rua que se torna membro da Universal deixe de ser morador de rua. Logo, se fosse voltado apenas aos membros o “Anjos da Madrugada” rapidamente não teria a quem dar roupas, alimentos e atendimento. Os inúmeros projetos sociais da Universal são feitos prioritariamente para quem não é da igreja. Embora possam beneficiar também os membros, nós (os membros) não somos o público-alvo por razões óbvias. Trabalho com moradores de rua, alfabetização de adultos, apoio a mulheres vítimas de violência doméstica, apoio a adolescentes grávidas, apoio a quem quer sair dos vícios (esses são alguns exemplos)…imagina-se que um membro não precise mais desse tipo de trabalho, mas se precisar, obviamente, também será atendido. Agora, eu desafio o sr. Pezão a dizer nominalmente QUAL projeto social público da Universal beneficia somente seus membros. Desafio, mesmo. Quero o nome do projeto social público da Universal que não beneficia pessoas de fora da igreja. Porque em 14 anos de igreja, tendo morado em Campo Grande – MS, Porto Alegre, Rio de Janeiro e São Paulo, nunca vi um único projeto público social da Universal que beneficiasse apenas seus membros.

Nem mesmo as reuniões e palestras são feitas pensando apenas em seus membros! Qualquer pessoa pode ir a uma Universal e ser ajudada, ainda que nunca tenha entrado lá e nunca mais volte. E ele sabe muito bem disso, apenas joga esse tipo de argumento vazio na tentativa tosca de dar a entender que Crivella vai governar apenas para membros da Universal. Como se algo na trajetória política de Crivella desse margem a crer nisso. Recentemente, entrou em vigor uma lei que determina que motoboys têm direito a 30% de adicional de periculosidade. Sancionado pela presidente Dilma, o projeto é de autoria de Marcelo Crivella. Por acaso o projeto diz que o adicional de 30% é apenas para motoboys da Universal? Tenha dó, né? Esse tipo de argumento subestima a inteligência do povo do Rio de Janeiro e escancara a tentativa de manipulação e o preconceito de Pezão. E, claro, sua tentativa desesperada de desviar a atenção da população do estado, para que não se lembrem de que há pouquíssimo tempo estavam gritando “Fora, Cabral!” com direito a hashtag bombando no Twitter #ForaCabral, e um movimento que ficou conhecido como “Ocupa Cabral”. Sérgio Cabral, ex-governador, que renunciou recentemente, sendo substituído por quem? Luiz Fernando Pezão. Elegê-lo é basicamente manter aquilo que a população do Rio não queria que se perpetuasse. Isso sim é importante. Isso é o que ele não quer discutir:

Meu desafio, na verdade, nem é apenas que ele dê o nome do tal projeto público social da Universal que só beneficie os membros da igreja, porque isso eu sei que ele não vai conseguir, pois não existe. Eu proponho um desafio igualmente difícil para ele: Que tal começar a usar a pauta certa, em uma disputa ética e honesta, candidato? Que tal respeitar a inteligência do povo do Rio de Janeiro?