Categoria: Velha Mídia

Globo usando a mesma estratégia de sempre

 

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Eu era adolescente quando as primeiras matérias criticando a Universal começaram a aparecer na grande mídia, na época da compra da Record. Ninguém da minha família estava na Universal, ainda éramos membros de outra denominação, mas minha mãe me ensinou a questionar o que eu assistia na TV. Desde cedo, ela me incentivava a pensar por conta própria e a ter senso crítico. Eu me lembro do que me perguntei quando vi o nome do Bispo Macedo ser achincalhado pela primeira vez: “Quem está falando mal dele?” A resposta: “Globo e Veja” apontou diretamente para a questão da compra da Rede Record e da ameaça à hegemonia. A Globo sempre foi tendenciosa e isso já era claro para mim aos 12 anos de idade. Por essa razão, eu nunca estive entre os críticos da Universal, mesmo nos meus anos de batista.

Naquela época, o público era muito crédulo e qualquer abobrinha mal apurada e mal preparada servia como combustível para alimentar o preconceito. A mídia não precisava de muito esforço. Assim, inúmeras “reportagens” malfeitas caíram direto na boca do povo. Poucos perceberam que o motivo era a compra da Rede Record. Poucos entenderam (e alguns não entendem até hoje) por que estavam com tanta raiva daquela igreja e daquele pastor.

Aí, você corta para 2015, na semana em que a Rede Globo teve uma derrota histórica no horário nobre, a Record liderando com a excelente novela Os Dez Mandamentos, a Globo prepara uma reportagem mega forçada atacando a Universal… Sem ter o que falar contra a igreja, descobre um cidadão acusado de estelionato (uma loja virtual que enganava os clientes) que frequentava uma igreja Universal e fez doações à instituição. A reportagem, então, força a barra tentando deixar no leitor uma impressão negativa da Universal por causa do mau caráter de um indivíduo que a frequenta. Oi? Imagina alguém acusar a Apae por ter recebido doações de um estelionatário!

Sinceramente, é querer subestimar a inteligência do público. É o cúmulo do desespero. E foi tão óbvio que rendeu um artigo no Terra de um jornalista esperto que matou a charada de cara: “Globo cutuca a Igreja Universal; o alvo seria a Record?” – ele pergunta. Seria e sempre foi. Mas, finalmente, estão começando a enxergar isso. Eu tive uma professora na faculdade de jornalismo (que trabalhou na filial da Globo no MS) que dizia que sempre que a prefeitura estava devendo alguma coisa para a emissora, surgiam pautas de denúncias de buracos nas ruas. Desde então, fiquei cética com todas as pautas de denúncia. Depois, assisti ao documentário “Muito além do cidadão Kane”, que mostra claramente o caráter manipulatório da Rede Globo. Conforme pesquisava a respeito, percebia que a coisa era ainda pior do que parecia.

Cá está Moisés novamente ameaçando a hegemonia do Faraó. Não só pelo dinheiro que a emissora desesperada perde em anúncios ao tropeçar para o segundo lugar em pleno horário nobre (o horário mais caro da TV), mas também pelo público que deixa de ser manipulado, que deixa de ser escravo das opiniões prontas e enlatadas. E o fato de a estratégia de atacar a Universal para atingir a Record ser claramente percebida pelo público é prova disso.

Começa a perder a graça forçar a barra para colocar a opinião pública contra a Universal na tentativa de usar o preconceito das pessoas para diminuir a audiência da Record, mas depois de mais de vinte anos usando essa estratégia, não é de se espantar que ela se repita. O que a Globo não percebeu ainda é o que Faraó também demorou para perceber: que perdeu… e não tem mais volta.

PS: O blog Renato Cardoso começou hoje uma série que considero de utilidade pública.  “Como as notícias funcionam” (clique aqui para ler a primeira parte). Vale a pena acompanhar.

Sobre as manifestações midiáticas

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Não se deixe manipular pela mídia. Entenda uma coisa: a mídia golpista não está nem aí para o Brasil, para a ética, para a verdade, para a liberdade, para você ou para o combate à corrupção. Ela usa mentiras e distorce verdades para cumprir a agenda de quem paga melhor. Tem gente de olho na Petrobras e não é o PT.

A mídia diz quem você deve odiar, de quem você deve gostar e a quem você deve amar. Ela empurra goela abaixo uma opinião e vende como informação. Não há apuração decente dos fatos e o noticiário é uma grande peça de propaganda. O que está se delineando não é o clamor popular pelo fim da corrupção. O que se delineia é o quadro do caos, com uma multidão manipulada e despolitizada que realmente acredita que impeachment ou ditadura militar sejam a solução dos problemas.

Esse pessoal movido a raiva e que consegue odiar, detestar ou desprezar pessoas a quem não conhece, é do tipo que facilmente abriria os braços para o anticristo achando que ele é um grande estadista. Eu é que não vou para as ruas em um evento orquestrado pela Rede Globo & cia. para manipular a opinião pública mais uma vez e transformar o Brasil em uma novela ridícula. Tenho uma visão muito racional de tudo o que está acontecendo e ela me leva a me posicionar contra Globo, Veja, Folha de São Paulo, Época, etc. e a favor da democracia.

A favor da Dilma e da Petrobras? Sim, enquanto elas representam a minha liberdade de pensar o que eu quiser sem que a Globo me diga como as coisas são (na visão dela) ou de quem devo gostar. A vida não é uma novela e política não é um jogo de futebol. Que dia 15 as pessoas que realmente raciocinam fiquem em casa lendo um livro de História. Eu não vou fazer figuração para o projeto de golpe da Rede Globo. Vou cobrar de quem eu elegi e apreciar o momento histórico em que denúncias são investigadas (no meu tempo, elas eram engavetadas e a roubalheira corria solta). Esperar que a justiça humana seja feita e pedir a Deus justiça, pois não há injustiça maior do que alguém que diz fazer jornalismo privar o povo da verdade por interesses mesquinhos.

Resumindo minha opinião:

 brizola

 

 

PS: Tem coisa pior do que gente pedindo impeachment sem fundamento. Só uma pequena ilustração do tipo de espírito que tem se alimentado dessa histeria midiática:

espirito

Se isso não é ódio cego e burro, não sei o que é.