Categoria: Vida

Fazer o que tem de ser feito

Hoje, particularmente, eu não queria escrever no blog. Não que eu não tivesse assunto; pelo contrário, eu tinha uma dúzia de assuntos diferentes para tratar. Mas estava fisicamente cansada e mentalmente cansada, também, por ficar lendo e editando coisas, e queria ficar quieta. Começava a pensar em algum assunto, mas não queria desenvolvê-lo. Se fosse antigamente, eu provavelmente teria desistido e deixado por isso mesmo. No entanto, eu continuei escrevendo. Escrevia um parágrafo, abria um novo post e escrevia um parágrafo, abria um novo post e escrevia um parágrafo…e agora tenho vários rascunhos começados de textos que serão desenvolvidos mais adiante. Não se perderão.

Mas percebi que deveria mesmo era escrever sobre o fato de fazer o que tem de ser feito. Eu sabia que tinha que escrever. Geralmente, quando chego nesse momento em que quero ficar quieta, os textos estão acumulados na minha cabeça. É como quando a gente manda imprimir um monte de documentos de uma só vez e a impressora trava. Muita informação para processar. Se eu ficar quieta, é pior, porque vou querer ficar cada vez mais quieta até o momento em que mal conseguirei me comunicar. Daqui a pouco estarei pintando mamutes em paredes de cavernas.

O jeito, então, foi me forçar a fazer o contrário do que eu estava com vontade de fazer. Eu não queria escrever, então comecei a escrever. Aliás, o objetivo de qualquer jejum é fazer o contrário do que você tem vontade, para que a sua vontade se submeta a algo maior do que ela. Assim, o seu espírito se fortalece, pois o seu corpo e as suas emoções (sua alma) estão no lugarzinho deles. Olha só, agora mesmo eu já fiquei com vontade de escrever sobre outra coisa. Outro assunto que pulou na minha frente dizendo “olha, não seria legal falar sobre isso? Esse assunto é muito importante!” Aí já coloquei ele na fila. Eu decidi falar sobre fazer o que você sabe que tem de ser feito.

Se você tomou uma decisão, se mantenha nela. Mantenha seu foco e não desvie, porque coisas legais e novas propostas surgirão a todo instante. Coisas complicadas e que precisam de atenção, também. Infelizmente, o universo não vai parar para esperar a gente concluir um raciocínio para, só então, sugerir outro. Ele vai jogando coisas na nossa cabeça, na nossa frente e na nossa vida como se fosse uma chuva de meteoros loucos e descontrolados. Quem tem de manter o controle é você. E a única maneira de fazer isso é com FOCO. Aliás, a respeito disso, olha que promessa interessante:

‘Tu, SENHOR, conservarás em perfeita paz aquele cujo propósito é firme; porque ele confia em Ti.” (Isaías 26.3)

Quem tem propósito firme é definido. Não fica se desviando para a direita ou para a esquerda. Não fica se deixando atrasar pela dúvida, nem pulando de galho em galho. Quem tem propósito firme tem um objetivo diante de si e mantém o foco nele, não importa o que aconteça. Quem tem propósito firme não sai do caminho. Pode até demorar, mas não desiste. Pode até ser difícil, talvez ele tenha de fazer um esforço muito maior do que tinha imaginado no começo, mas encara como uma questão de honra: vai até o fim. Deus o conserva em perfeita paz porque isso é o que a confiança traz: paz. E traz paz porque não há espaço para dúvida. É a dúvida que tira a paz.

Quer ser conservado em perfeita paz? Mantenha seu propósito firme. Mantenha seu foco. Faça o que sabe que tem de ser feito, ainda que não esteja muito a fim. Vontade é algo instável demais para decidir alguma coisa na sua vida.

 

As batalhas que a gente escolhe

Hoje estou com muita saudade dos meus amigos. Às vezes a minha conchinha fica grande demais…principalmente quando eu vejo pessoas de quem gosto tanto e com quem há tanto tempo não consigo conversar. Às vezes a gente vive na correria, os dias passam, os meses, os anos…e a oportunidade de bater papo fica cada vez mais escassa. E, infelizmente, os poucos momentos em que nós poderíamos dar atenção a alguém especial acabamos desperdiçando com pessoas que não gostam da gente (absurdo isso, mas quantas vezes já não aconteceu?) ou com situações que não valem o nosso esforço.

Dia desses, falando do fato de eu não ter saco para a Copa (nesse link aqui: https://www.vanessalampert.com/?p=2734), eu escrevi no blog que a gente escolhe as nossas batalhas. Isso é algo de que a gente tem que lembrar todos os dias. Essa batalha vale a pena? Porque uma batalha sempre vai tomar o tempo de outras batalhas. Priorizar. Não sofrer à toa. Não sofrer por algo que não valha suas lágrimas. Não supervalorizar um problema. Não gastar tempo com discussões inúteis. Escolher olhar as coisas por um lado positivo em vez de se afundar em mágoas e em negatividade.

O tempo passa rápido demais. Rápido demais, mesmo. A vida muda em um piscar de olhos. Não vale a pena gastar seu tempo e empregar sua energia em algo sem analisar muito bem antes. É como um investimento. Você não vai aplicar seu dinheiro em qualquer investimento que alguém oferecer sem pensar bem antes, sem pesquisar e comparar as opções. A gente não se dá conta do tesouro que tem nas mãos. E também não se dá conta de algo ainda mais precioso: a nossa escolha. Está em nossas mãos o que fazer com o tempo e a energia que temos. Está em nossas mãos gastá-los com coisas inúteis ou com coisas realmente importantes. Nossos amigos. Nosso relacionamento. Ajudar quem quer ser ajudado (sim, porque tem gente que não quer. Não gaste seu tempo com eles). Nossa espiritualidade. A salvação da nossa alma. Existe uma cartela de coisas boas que precisam de quem trabalhe nelas. Escolha as suas guerras. Saiba dizer não para batalhas inúteis. Saiba diferenciar.