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Por que ler?

Ia colocar mais uma resenha, mas não adianta lhe dizer o que você deve ou não ler, se não explicar as vantagens desse hábito. Você tem muito mais a ganhar se o seu entretenimento for leitura em vez de televisão ou redes sociais, sabe por quê? Copio o que já escrevi aqui:

A leitura é uma espécie de “musculação” para o cérebro.  Seus neurônios fazem mais conexões, sua memória é estimulada, seu vocabulário se amplia e você desenvolve sua inteligência, mantendo o cérebro ativo e prevenindo doenças neurodegenerativas, como o Mal de Alzheimer. Além disso, temos uma ligação especial com a leitura: somos filhos do maior Escritor do universo, que escreveu o maior Best-seller de todos os tempos e tem grande interesse em nos ver desenvolvendo nossa inteligência. Ele é o maior incentivador da prática da leitura…

A leitura cria novas conexões neurais e reforça as que já existem, estimula seu raciocínio e desenvolve seu senso crítico, que é justamente o que Deus quer! “Vinde, pois, e arrazoemos, diz o Senhor”( Isaías 1:18).  Arrazoar significa apresentar razões, mas em inglês essa passagem está mais clara. O  que foi traduzido como “arrazoemos”, na verdade é “vamos raciocinar juntos”. Veja que máximo! Deus nos fazendo um convite a raciocinar!

É como se você precisasse trabalhar carregando sacos pesadíssimos. Se estiver habituado a fazer musculação, levantando pesos todos os dias, estará muito mais apto a fazer uso de seus músculos no trabalho. O cérebro não é um músculo, mas age como se fosse. Quando exercitado, trabalha melhor. Se exercitar sua inteligência diariamente, você estará mais habilitado a utilizá-la. Para ter uma ideia de como isso é forte, recebi testemunhos de pessoas que começaram a ler livros por causa desta coluna e que hoje têm mais facilidade até de ler (e entender) a Bíblia!

Apesar das últimas resenhas terem sido de livros cristãos (e talvez a maioria até seja), aviso: é importante ler de tudo*, desde que não vá contra a nossa fé. E eu te garanto que você encontra mais coisas que vão contra a nossa fé na estante de religião (evangélicos, inclusive) e filosofia do que em qualquer outra estante da livraria. Então, que ninguém se escandalize por eu ter falado mal de clássicos evangélicos como Bom dia, Espírito Santo, e bem de um romance narrado por um zumbi.  O que mais tenho aprendido com essas resenhas (sim, porque eu também aprendo com elas) é que o conteúdo é infinitamente mais importante do que a aparência.

Temos na IURD o que eu considero os livros de melhor conteúdo cristão (leitura leve, explicativa, clara e prática), extremamente completos. Temos o jornal impresso de maior tiragem do Brasil, a Folha Universal. Também temos blogs com um super conteúdo, textos que podem abrir seus olhos e sua mente. No entanto, vejo muita gente que só olha as figuras, lê o primeiro parágrafo e comenta sem ter lido até o final, ou sem ter lido com atenção. As pessoas no mundo fazem isso, mas nós temos de ser diferentes! Temos de ser um povo que pensa, que não tem preguiça, que tem autocontrole.

Conto com vocês para esse trabalho de ajudar outras pessoas a ler. Você vai doar umA Mulher V? Um Casamento Blindado? Um Nada a Perder? Ótimo, mas você tem de lê-los também. Quer fazer um comentário longo em um blog? Então leia todo o post. Como quer ser lido sem ler? Como quer que leiam o que você mesmo não leu? Como quer dar o que não está disposto a receber? Como quer receber o que não está disposto a dar?

* É importante ler de tudo – ficção, biografia, romances, livros técnicos, livros seculares em geral – mas tenha critérios, por favor, lembra desse texto aqui?

Vanessa Lampert

Para ler as resenhas arquivadas, Clique aqui. E para ler as recentes, clique aqui.

PS1: Se o seu problema é preguiça (ou falta de paciência) de ler, veja  o artigo: Como vencer a preguiça de ler.

PS2: Falando da Folha Universal, quando eu estava na faculdade, tivemos aula com um escritor e jornalista experiente, que odiava a IURD, e quando ele disse qual era o jornal de maior tiragem do Brasil, um colega meu disse: “Ah, mas se é da Universal, deve ser uma porcaria!”. Visivelmente contrariado, ele disse: “O pior é que não…tem muito mais qualidade do que a maioria dos grandes jornais de circulação diária que temos hoje”. :-DTudo o que fizermos tem de ser o melhor!

Originalmente publicado no blog Cristiane Cardoso. Para ver a postagem original, clique aqui.

Os ideais

Meu texto sobre as eleições foi publicado no blog do Bispo Macedo. Fiquei feliz, pois mais pessoas poderiam se identificar com ele, o que de fato aconteceu. Estranhamente, em um primeiro momento não houve o chilique público, talvez pelo post ser assinado. Depois, começaram os comentários. Um me pergunta: “Quanto o Edir Macedo está lhe pagando?”

Não, eu não  vou te convencer de que o Bispo Macedo não é como você pensa que ele é, nem que ele realmente acredita e vive tudo o que ele prega (apesar de eu poder te garantir isso. Ele realmente acredita e vive o que prega).  Não vou te convencer de que a mídia manipula a opinião pública sobre a IURD há 20 anos.  Não vou te convencer de que eu acredito em tudo o que escrevo. Não vou te convencer de que eu sempre defendi aquilo em que acredito. Se você não me conhece, nada do que eu disser terá algum peso, não é mesmo? Não me importa. Não é disso que eu quero falar.

O que achei estranho nessa história toda é que a sociedade está predisposta a dois pensamentos que, em minha opinião, são igualmente tristes:

1 – Se a pessoa escreve com convicção alguma coisa com a qual o leitor não concorde, já se imagina que ela foi paga para isso. Trocou sua opinião por dinheiro.

2 – Se ela não recebeu dinheiro em troca, ela é idiota. Ingênua, ignorante.

Afinal de contas,  é errado o que vende suas convicções, mas se é idiota o que defende suas convicções de graça, o certo é o quê? Não ter convicções? Ou não defender aquilo em que acredita?

As pessoas vivem tão mergulhadas em tantas dúvidas, medos, receios e desconfianças, que é impossível ter uma convicção verdadeira. As convicções verdadeiras são fruto de raciocínio e de certeza, e só assim tornam-se suficientemente fortes para serem defendidas com segurança.  Quem não tem segurança dentro de si, vai buscá-la do lado de fora.

Esse é o trabalho que a indústria do entretenimento e a mídia têm feito em conjunto há muitos anos. Ao mesmo tempo em que trabalham para tirar de seu público as certezas pessoais e enchê-lo de dúvidas e desconfiança, lhe oferecem as certezas pré-fabricadas de que ele precisa.  Não é de se espantar que as pessoas digam as mesmas coisas, ajam da mesma forma, repitam as mesmas frases, as mesmas acusações, como uma manada, como um exército de autômatos que nos acusa de ser um exército de autômatos.

Vivem interessados no que vai acontecer na novela, cantando as músicas que a TV lhes diz para cantar, usando as roupas que a novela lhes diz para usar, repetindo os bordões dos personagens, emprestando a linha de raciocínio retirada dos telejornais, dos jornais impressos, da Veja, absorvendo a lógica da mídia como se fosse a verdade absoluta que lhes sirva de base para toda e qualquer argumentação. E nós é que somos os manipulados.

As pessoas (muitas pessoas de boa índole, inclusive), acreditando que estão impedindo uma catástrofe, permitirão uma catástrofe ainda maior* (aliás, isso é bíblico).

Os seres humanos são idealistas por natureza. Se estiverem preenchidos de cinismo e rejeitarem os ideais verdadeiros, abraçarão qualquer ideal que lhes for apresentado. Aí quem lhes apresentou esse ideal terá material humano para fazer o que quiser. Então você vê uma multidão revanchista, com ideais negativos (que, no entanto, têm uma justificativa positiva, e por isso atraem até muita gente boa) e discursos raivosos contra aqueles que defendem positivamente suas causas, de uma maneira racional e equilibrada.

Por isso prefiro me manter com alienígena neste mundo. Desconectada da Matrix, querendo desconectar outras pessoas (afinal, para isso fomos chamados…faz parte do cristianismo oferecer essa libertação aos que nem sabem que estão cativos. Há uma ordem expressa na Bíblia.), mas sabendo que não posso obrigar ninguém a raciocinar. Tomar a pílula vermelha é escolha de cada um. Em um primeiro momento, é mais confortável não tomar e seguir a corrente. O problema é aonde essa corrente irá levar.

*Em muito menor escala, foi o que aconteceu nessas eleições municipais. Eleitores sedentos por um ideal verdadeiro, abraçaram o ideal da mídia “vou votar no Serra/Haddad só para impedir a vitória do Russomano”, acreditando sinceramente que estavam atrapalhando uma espécie de golpe de estado religioso.

PS: Ainda sobre eleições, esse excelente texto do João da Paz (clique para ler) mostra o estilo de jornalismo da Folha de São Paulo, durante as eleições municipais. Claro que não foi apenas a Folha, quem viu a entrevista de Russomano à César Tralli, na Globo, percebeu que seguia a mesma linha. Não era interesse da velha mídia que Russomano tomasse o lugar do candidato do PSDB no segundo turno, e conseguiram manipular toda a máquina nesse sentido. Se o Serra ganhar, darei os parabéns ao PT.