Mês: abril 2009

Notícias

O post anterior estava em meus rascunhos desde o dia primeiro, mas achei por bem publicá-lo para que houvesse uma sequência lógica com o post de hoje.

A cirurgia da minha avó estava planejada para a semana que vem, mas como os exames puderam ser feitos todos em um só dia, ficaram prontos logo e os médicos constataram que estavam ótimos e a cirurgia já poderia ser realizada, o procedimento foi marcado para sábado (hoje), pois havia urgência em retirar o tumor, pelas razões já explicadas no post anterior.

Na verdade, os exames pré-operatórios da vovó surpreenderam a todos. O coração dela está trabalhando sozinho, deu férias compulsórias ao marcapasso. Minha avó é Highlander! Espero que isso seja genético! Lelé tentou impedir a cirurgia, mas Deus é maravilhoso, e ela não conseguiu sequer falar com o cirurgião oncologista, até porque não havia nenhuma razão lógica para que alguém se opusesse à cirurgia, então ela não encontrou eco.

A ótima notícia me chegou hoje cedo, por meu irmão, que acompanhava minha mãe: a cirurgia foi um sucesso, correu tudo conforme o previsto e vovó está bem, acordada, consciente, sendo monitorada durante a recuperação, por segurança, como o médico já havia nos avisado previamente. Lelé não conseguiu nada, mas quando a enfermeira deu a notícia de que “Graças a Deus deu tudo certo”, ela disparou um sinistro “Isso é o que vamos ver”, antes de sair.

Eu só queria saber o que leva uma pessoa a, em um momento delicado como esse, agir desta forma, sem demonstrar nenhum sentimento. Aliás, sem demonstrar sentimento algum que não fosse a raiva de ter tido seus planos frustrados. Pensando bem, não quero saber o que leva uma pessoa a fazer isso. Acho que é melhor nem tentar entender.

O importante é que minha avó está bem, assim como minha mãe e todos aqueles que realmente torceram pelo melhor, desde o início, e aguardam a total recuperação de Dona Naura, assim como nós aguardamos. Estamos felizes e agradecidos ao nosso maravilhoso Deus, que mais uma vez mostra Seu cuidado, amor e proteção e livrou minha avó do desenvolvimento de um câncer agressivo, fazendo com que ele fosse descoberto logo no início e pudesse ser totalmente extirpado. É um sofrimento pelo qual meu avô passou e ela não precisará passar. Deus seja louvado.

Quanto à Lelé, um modelito branco de mangas longas cruzadas na frente, com amarração nas costas, lhe cairia bem.

Posted by Vanessa Lampert

Sinal de vida

Preciso explicar meu súbito desaparecimento. Sim, também foi súbito para mim. Recebi uma intimação para comparecer a uma audiência que aconteceria dois dias depois, em Campo Grande. Como eu estava sendo acusada de ser a autora do delito (vejam só que coisa chique!), era obrigada a ir. Foi só o tempo de arrumar as malas, entrar em contato com meu irmão para comprar minha passagem com um módico desconto de irmã de Comandante, organizar o que tinha de ser organizado para não atropelar prazos de ninguém e sair correndo. Yes, lá fui eu para Campo Grande, por obra e graça (muita graça, aliás), da minha prima paranóide, a Lelé, que é processomaníaca. Lelé registrou ocorrência por “descumprimento de ordem judicial”. Veja como o negócio é esquisito: como descumprir ordem judicial que não existe? Não há nenhuma ordem judicial em nome de Lelé que eu pudesse descumprir, nem se eu quisesse. Mas pelo visto é possível registrar uma ocorrência que não tenha ocorrido.

Bem, ao chegar lá, nada da minha “vítima” comparecer. Well, se o autor não aparece, ele se ferra. Se a vítima não dá as caras, nada acontece. Lendo o processo, tanto o juiz quanto a promotora entenderam do que se tratava (e não posso detalhar aqui, por razões óbvias), e decidiram pelo arquivamento, pois eu não havia feito nada de errado. Fiquei mais duas semanas por lá porque mamãe estava em uma correria de levar vovó para médicos, exames, levar exames para os médicos, vovó teria de fazer uma cirurgia para retirada de um tumor no intestino grosso, enquanto ele ainda está pequeno (limitado) e não fez metástase. A cirurgia poderia acontecer a qualquer momento, aguardando apenas que o oncologista (cirurgião) definisse a data, e mamãe precisava de alguém para dirigir o carro, pois ela não dirige, e o rapaz que dirige para ela estava viajando (férias). Assim que ele voltasse, eu retornaria. Ufa!

Posted by Vanessa Lampert