Categoria: Família

Será?

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O problema de algumas pessoas é ficar cogitando os pensamentos esquisitos, tentando refutar um a um enquanto deveriam ignorá-los e substituí-los por pensamentos da Palavra de Deus. Qualquer palavra é suficiente para trazer dúvidas e duvidam até da sua própria fé. Poderiam aproveitar esse poder de duvidar de qualquer coisa e direcioná-lo para o alvo certo.

Minha avó, Dona Naura, tinha a mania engraçada (e bastante estranha, confesso), de perguntar: “Será?” quando alguém lhe contava alguma coisa. Ela fazia isso em momentos em que uma pessoa normal diria: “sério? Que coisa!” ou “barbaridade!” ou “puxa!”. Não sei se isso é comum na Bahia (ela era baiana), mas era um “será?” tão descontextualizado que um dia um dos meus irmãos até brincou: “Que é isso, vó? Se a senhora diz “será?” parece que está achando que eu estou mentindo!”. Ela riu, mas não se corrigiu, então desconfio de que realmente achasse hahaha. Mas é assim que a gente tem de lidar com as dúvidas e os pensamentos perturbadores.

Olha só como a técnica da D. Naura funciona bem:

“Deus não vai me ouvir.”  SERÁ?

“Eu não mereço ser atendido.”  SERÁ?

“Isso é impossível!” SERÁ?

“Eu fiz isso, isso e aquilo, não vou receber o Espírito Santo.”  SERÁ?

“Eu não tenho fé.”  SERÁ?

Não precisa ficar conversando com o pensamento. É só duvidar dele. Funciona bem também para pensamentos dramáticos e catastróficos.

“Oh, céus, eu nunca mais terei uma chance!”  SERÁ?

“Nunca vou conseguir.” SERÁ? 

“Nunca vou ficar bem!” SERÁ? 

Eu me lembro de uma musiquinha que o Bispo gostava de cantar na João Dias e que dizia: “duvide de dúvida, sempre duvide da dúvida…” Em vez de questionar a Palavra de Deus, a sua fé, a benignidade de Deus ou o próprio Espírito Santo, aproveite para duvidar da dúvida sempre que ela aparecer.

 

PS1. Se você fez o Jejum de Daniel, escrevo esse texto na esperança de que você o leia antes da reunião de domingo. Mas se a reunião já passou e você só viu o texto agora, espero que entenda que o que vou dizer se aplica a todos os dias da sua vida.

PS2. O Jejum de Daniel termina este domingo, mas peço licença para continuar falando sobre espiritualidade depois que ele acabar, ainda que eventualmente intercalando com outros assuntos..

#JejumdeDaniel

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Estamos em uma jornada de 21 dias de jejum de informações e entretenimento chamado Jejum de Daniel, de 6 a 26 de agosto. Durante esses dias, os posts no blog foram voltados exclusivamente para o crescimento espiritual. Leia este post para entender melhor.

** Para quem não acompanhou ou para quem gostaria de rever os posts das edições anteriores do Jejum de Daniel neste blog, segue o link da categoria: https://www.vanessalampert.com/?cat=709 .

Tempestade em copo d’água no casamento

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Enquanto eu reclamava da faca suja que ele insistia em deixar em cima do micro-ondas, das folhas amassadas de papel-toalha que ficavam no balcão da cozinha, da insistência em entupir o saco de lixo em vez de trocá-lo e da mania de jogar lixo orgânico no cesto de lixo seco, essas coisas continuavam acontecendo repetidamente (acho que o cérebro dos homens tende a apagar da memória experiências chatas ou ruins – como uma mulher reclamando) e eu acabava deixando chateada desnecessariamente a pessoa que eu amo e com quem convivo diariamente. Resultado: eu também terminava chateada. E por bobagem.

Seguindo os conselhos da Escola do Amor para blindar o casamento, comecei a valorizar o que ele fazia em vez de criticar o que não fazia. Elogiava sempre que ele jogava o lixo no lugar certo, deixei de cobrar que ele trocasse o saco de lixo e passei a eu mesma trocar (o que custa?), coloco uma faca limpa apoiada em um pires em cima do micro-ondas (sei lá se faz parte de algum ritual importante para a sobrevivência da espécie…pelo menos a faca agora está sempre limpa rs) e comecei a recolher os papéis espalhados na bancada e a sempre dar reforço positivo quando ele acertava essas coisas ou fazia outras coisas certas (e ele sempre faz, eu é que não via…sem contar as coisas que eu deixava a desejar e que ele relevava – e eu também não valorizava). Fiz isso por bastante tempo até ter retorno.

O resultado? Hoje ele não deixa mais papel sujo na bancada da cozinha, respeita o sagrado recinto do lixo seco e é ele quem coloca o lixo todo na rua! E até me ajuda na faxina (fazendo coisas que exijam mais força ou altura rs). E não, não preciso pedir. E quando ele não faz alguma coisa que eu acho que ele poderia fazer, eu vou lá e faço. Grande coisa, não arranca pedaço. Vou arrumar briga por isso? Aprendi com a Escola do Amor a escolher minhas guerras. É meio idiota criar um problema em casa por uma coisa insignificante que eu mesma posso fazer. Por que eu não incentivaria, não recompensaria e não elogiaria o homem que eu amo quando ele colabora comigo? Isso reforça positivamente o comportamento que quero que ele repita. E ainda faz com que eu tenha uma pessoa motivada, interessada e feliz ao meu lado.

Assim, vivemos em perfeita paz. E, ao contrário do que algumas mulheres pregam por aí, o fato de eu tratar meu marido bem, elogiá-lo e querer agradá-lo não fez com que ele se tornasse preguiçoso, abusivo ou folgado. Em um relacionamento saudável com um homem de caráter, não há esse risco. Ele se tornou ainda mais colaborativo, motivado a me ajudar e a me agradar. Quando alguém elogia meu marido e diz que eu tive “sorte” em encontrar alguém que se importa tanto comigo, eu logo falo do Casamento Blindado. Um casamento feliz não cai do céu. E não é agindo como uma criança mimada que a pessoa vai conseguir manter um bom relacionamento com outra, independentemente de ser marido, esposa, irmão, mãe, pai, amigo…

Se eu quero ser feliz, preciso aprender a fazer a pessoa que eu amo feliz. Usando a cabeça (em vez de me comportar como uma criança mimada que foi contrariada), consegui tudo o que eu queria e ajudei meu marido a conseguir o que ele queria, também, porque hoje ele não tem uma esposa chata que fica brigando com ele o tempo todo. E temos paz. Quer melhor coisa do que uma casa em que as pessoas se amam, demonstram isso e vivem em PAZ? Qual é o preço? Renunciar à vontade de agir como uma criança pirracenta ou como um general para fazer o que realmente dá resultado. O que, convenhamos, não parece ser nada tão terrível de se fazer.

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PS: Escrevi isso por causa desta postagem (clique para ler)  no facebook do professor da Escola do Amor, Renato Cardoso. Não dá para entender pessoas que querem ser felizes, mas agem como se vivessem com um inimigo. O que custa colocar em prática conselhos que realmente funcionam?

PS2: São 12 anos e meio de casados e quando vamos a lugares em que não nos conhecem, sempre acham que somos namorados. Nossa adaptação um ao outro não foi automática. Nem mistura pronta para bolo vem, de fato, pronta. Você precisa acrescentar ovo, manteiga e água (ou leite)…compra um troço caro e cheio de aditivos químicos que, na verdade, só substitui a farinha, fermento e açúcar… Se quiser algo que preste, tem de se esforçar para fazer.