Categoria: Godllywood

Guerra contra o sentimentalismo

 

Estou fazendo o Desafio Godllywood, que é uma série de tarefas para mulheres que querem melhorar emocionalmente, fisicamente e espiritualmente. Preferi não fazê-los na ordem, mas fui escolhendo os que seriam mais importantes para mim neste momento. Também não estou fazendo um por semana, escolhi combinar vários, de acordo com o que consigo, para fazer bem direitinho e em um ritmo mais intensivo, que tem mais a ver comigo. Todos eles têm alguma espécie de divulgação em redes sociais. Uma frase, uma foto, cada desafio vem com uma orientação de divulgação, para provar que estamos fazendo. Quando você torna uma tarefa pública, é natural que se comprometa mais com ela. No entanto, o que eu acho mais legal em publicar meus desafios, é a oportunidade de ajudar outras pessoas, passando o que aprendi. Como o desafio de hoje acabou rendendo um texto relativamente grande, preferi transferi-lo para o blog, assim consigo ajudar um número maior de pessoas e a informação não se perde. Colo aqui o enunciado do Desafio Godllywood 83:

“Entre em guerra contra os sentimentos e as emoções. Quando for surpreendida pelo medo, ansiedade ou pena de si mesma, reaja imediatamente usando a sua razão. E o que é a razão? Abrir a mente, pensar! Na hora que precisamos decidir ou resolver coisas, não podemos nos deixar sentir coisas – temos que usar a fé inteligente.

Usando o exemplo da moda do jeans rasgado: é um fato que nem todo mundo gosta e, até aí, não tem problema algum – é questão de gosto. Agora, quando se começa a criticar a pessoa que gosta, não seria isso uma maneira de reagir com a emoção? Quem planta emoção, colhe emoção – e emoção não leva ninguém a lugar algum.

Cuidado, meninas, sejamos sábias! Não é à toa que a Bíblia nos ensina a ser sábias e não sentimentais. Essa semana, pense como você tem reagido ultimamente e se suas emoções têm lhe atrapalhado nessas horas. Procure reagir na razão em tudo.

Até o fim da semana, poste o seguinte na nossa página do Facebook: Eu uso a minha razão para resolver meus problemas. #DesafioGodllywood83”

Escolhi esse desafio porque seria um dos mais difíceis de fazer nesta semana. Meu sogro estava na UTI desde dezembro. Foram meses de muita oração e muito complicados para nós. Para mim, especificamente, acompanhar, ainda que à distância, aquela rotina de UTI, com paciente piorando e melhorando a cada visita, era uma espécie de tortura, porque me fazia lembrar o que eu senti quando meu marido esteve hospitalizado. Eu combatia aqueles sentimentos com a fé, mas o desafio me fez racionalizar claramente o que eu tinha que fazer. E me deu um roteiro muito específico, que me ajudou nos últimos dias.

Estávamos esperançosos porque ele melhorava e estava reagindo, já tinha até previsão de alta, mas na quinta ele piorou de uma hora para outra e, na sexta, faleceu. Meu esposo arrumou as malas e viajou em questão de horas. Não fiquei triste pelo meu sogro, apesar de ser muito ligada à família do meu marido, pois entendemos que ele foi salvo – e isso não é motivo de tristeza. Porém, além do medo de que a carga emocional do momento prejudicasse a saúde do meu marido, somos muito unidos e sempre que ficávamos separados, era um drama para mim (principalmente na TPM).

Mas…o desafio é  reagir imediatamente usando a razão. Toda vez  que batia a tristeza por ele estar longe, eu raciocinava: “esse é um momento dele, eles já perderam a mãe e ele precisa ajudar a única irmã, que é solteira. Os dois precisam desse tempo. E eu tenho um bilhão de coisas para fazer.” E, em vez de ficar pensando abobrinha, me ocupava em fazer o que tinha de ser feito em casa e no trabalho.

Depois, vi fotos de amigas minhas com amigas delas e comecei a ficar triste porque estava sozinha. “Nenhuma amiga tem tempo para mim”, “ninguém lembra que eu existo”, “por que ninguém me convida para nada?” – foram algumas das coisas que passaram pela minha cabeça na hora. Aí, imediatamente, eu me posicionei contra aquela postura ridícula de vítima. Peraí, cidadã. Se for assim, você também não tem tempo para ninguém. Quantos e-mails pessoais têm na sua pasta “responder”, aguardando resposta porque você não conseguiu fazer tempo para todos eles? Você também sabe que não é a criatura mais sociável do universo. E como quer receber sem dar? – Pensar essas coisas já neutralizou a voz da “María la del Barrio” que existia em meu coração rs. Até porque, eu não tenho – e nunca tive – saco para novela mexicana, vamos combinar.

Então, como era sábado, convidei uma amiga para almoçar comigo. Ela já tinha compromisso com a família e não pode ir, mas marcou de me encontrar outro dia (acabou não dando certo, também, porque a chuva nos atrapalhou, mas ela ficou me devendo um passeio haha). Aquela minha atitude colocou um fim no drama que começava a se formar na minha cabeça. Eu não aceitaria me sentir a vítima abandonada.

Resultado: ao contrário da última vez em que meu marido viajou sozinho (e que, lei de Murphy, eu estava na TPM), eu não fiquei enchendo o Whatsapp dele de lamúrias de saudade, e deixando o pobrezinho angustiado e sofrendo. Cuidei de mim, tomei pelo menos 2 litros de água por dia, me alimentei nas horas certas, cuidei da casa, trabalhei, me foquei nas coisas que precisava fazer e o deixei à vontade para vir só quando pudesse vir. Ele ficou mais tranquilo (tudo o que não precisava neste momento era ter de se preocupar com uma esposa histérica, por favor, né?), fez o que era necessário fazer por lá e, desta vez, foi ele que ficou mandando mensagens de saudade e fez tudo bem rápido para voltar logo.

Claro que eu quero que ele volte para eu cuidar dele, mas é incrível como eu não estou sofrendo, nem me torturando, nem me vitimizando. Simplesmente porque escolhi não alimentar os sentimentos que me colocam para baixo. Quando percebo um deles vindo, raciocino e mato antes que nasça e dê filhotes. Agora meu marido vai chegar e encontrar uma esposa forte para ajudá-lo a se manter firme na fé e a superar essa fase da melhor maneira possível. E pronta para mimá-lo bastante. Aproveitei também para comprar um colchão novo e vamos nos livrar das dores nas costas. Usei bastante minha Agenda Godllywood para organizar meus dias e conseguir dar conta de tudo (porque meu esposo me ajuda muito em casa, sem ele aqui, muda toda a rotina e eu tive que me adaptar sem sair do eixo). Nem a TPM foi capaz de me arrastar para a areia movediça do sentimentalismo autodestrutivo rs.Termino esta semana muito mais forte e com certeza me manterei focada nesse desafio for life.

PS: Atenção à foto: Note o brinquedinho do Tiggy perto do meu braço, olhando apavorado para minha tentativa de fazer um olhar dramático…kkkk

O vestido da Festa dos Tabernáculos

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Como minha amiga Helena perguntou no Facebook, resolvi escrever aqui a respeito desse look aí de cima, que montei para a Festa dos Tabernáculos. A festa comemora a libertação do povo hebreu após 400 anos de escravidão no Egito. O povo viveu em condições desumanas e o Faraó se negava a dar-lhes liberdade. Mas Deus libertou aquela multidão de maneira extraordinária, mostrando que não importa a força do inimigo ou o tamanho da dificuldade. Ninguém e nada é mais forte do que Ele. E, por isso, vale a pena fazer um pacto, uma aliança com Deus e ser considerado povo de propriedade exclusiva dEle.

Como a proposta era algo mais simples, de pessoas recém-libertas da escravidão do Egito, que atravessaram o mar vermelho caminhando e foram acampar no deserto, li no blog da Cristiane (texto da Bianca Russo) que seria interessante procurar por tecidos rústicos. Ela lembrou que o povo saiu do Egito levando despojos dos egípcios: muitas e muitas joias. Assim, mantive em mente que usaria um tecido rústico e muitos acessórios (para os meus padrões atuais de “muitos”, tá?). Então minha escolha foi: um vestido longo branco (comum, de viscose com elastano) por baixo (pode ser qualquer vestido longo) que eu comprei para a virada do ano de 2011. Reparei que no post em que a Bianca falava sobre tecidos para o vestido, ela disse “você encontra facilmente esse tecido em lojas de cortinas e estofados”. Aí, pensei: se posso comprar um tecido em lojas de cortinas, vou procurar um lugar mais perto da minha casa…e decidi que compraria uma cortina. É, não comprei o tecido, comprei a cortina, mesmo…rs Muito mais fácil de achar.

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O elástico dourado em ação (aliás, para fazer isso não precisa ser elástico. Deve ser até melhor se não for).

Comprei uma folha de 1,40 x 2,80. Até pensei em comprar uns três metros de Jacquard, mas era muuuuito pesado e achei que me daria dor nas costas (sério). Então, comprei essa aí, que era uma das mais baratas. É 100% poliéster, mas tem uma carinha de juta. Então, cortei aquela parte com ilhoses, de pendurar no varão (e nisso perdi alguns bons centímetros…), depois cortei novamente, desta vez ao meio no comprimento, transformando em duas tiras de tecido de 70 cm de largura. O troço começou a desfiar loucamente, mas eu usei aquela técnica que a gente faz quando a meia calça desfia: passei base incolor (de unhas) nas bordas, para conter o desespero desfiatório do tecido. Agora, a montagem do look: uma tira de tecido de cada lado, sobre os ombros.

Marca bem onde fica o ombro, amarra um barbante (no meu caso, eu tinha uma bobina de elástico revestido de coisinhas pinicantes douradas – foto aqui) para marcar e depois enrola bem para o troço ficar no lugar (não sei o tamanho do elástico que usei, arriscaria dizer que foi uns 50 cm de cada lado). Essa bobina comprei em uma loja de armarinhos (lojas que vendem coisas para costureiras). Na verdade, eu não ia colocar essas coisas douradas, mas meu marido, o sr. Honesto Lampert, me disse que eu estava parecendo uma mendiga do deserto, e eu fui me enchendo de penduricalhos até que ele dissesse que eu estava linda rs.

Na mesma loja de armarinhos, comprei o cordão que usei como cinto, para fazer com que aquelas duas tiras compridas de tecido se tornassem uma coisa parecida com um vestido. O cordão era, na verdade, uma cordinha trançada de verde e dourado, vem com 10 metros e eu não cortei, fui só me enrolando nela, até que dei um nó no final e escondi as pontinhas. Como a parte marrom não ficou a coisa mais comprida do universo, como eu engordei e meu vestido branco também está mais curto e como eu não queria que minhas canelinhas magrelinhas aparecessem, coloquei uma saia longa cinza (que já usei tantas vezes que já anda sozinha…vou colocar uma foto aqui para provar). A saia, além de alongar o look até o pé, ainda serviria para me dar mais voluminho na parte de baixo, porque é plissada. Eu sou um ser que engorda primeiro a parte superior, então preciso equilibrar o volume inferior.

IMG_6470   Por fim, peguei as joias das Egípcias…rs. Não comprei nada novo, usei o que já tinha. Uma pulseira e um anel que eram da minha mãe, mais outra pulseira, anéis e brincos em que paguei baratinho ano passado. Usei também um anel relógio com uma pedra roxa (porque, como não pode entrar com celular no Templo e se eu aparecesse com relógio de pulso seria uma viajante do futuro no meio do Egito antigo, eu me lembrei desse anelzinho muito útil que comprei acho que em 2012) e, para arrematar, a testeira da festa do Purim do ano passado (sem o pingente de gota), enrolada com uma correntinha fina e um pingente de pedra. Aqui você vê como era a testeira original…purim

 

 

A propósito, minha roupa da Festa dos Tabernáculos era exatamente igual à que eu usei no Purim, a única diferença era o tecido e a maquiagem, basicamente. E um colar diferente, além de um pedaço de tecido que costurei em um dos ombros. O tecido eu comprei (3 metros) em uma loja no Brás e era vermelho escuro (meio vinho) com bordados dourados. O Purim é no império Persa e todo mundo é meio Rainha Ester, então dá para exagerar no brilho. A ideia da festa é comemorar o livramento que Deus deu ao povo dEle, quando os judeus escaparam do extermínio por um decreto do rei Assuero após a intervenção da rainha Ester. Por sua fé, o inimigo foi desmascarado e houve vitória no dia em que deveria haver destruição.

Voltando à Festa dos Tabernáculos deste ano, claro que cada uma foi como quis…rs. Algumas seguiram essa ideia, outras foram com brilhos, outras preferiram não ir caracterizadas. O importante da festa era o espírito. A palestra foi fantástica, a dança foi muito legal, também. A roupa era só um detalhe. Mas achei importante explicar o que fiz, até para mostrar que não precisa ser um bicho de 7 cabeças. Você pode usar o que tem em casa, comprar uma coisinha ou outra e ter criatividade. Não deve ser algo estressante, mas parte de sua preparação interior, para mergulhar no clima e se integrar ao contexto espiritual. Confesso que não entendia isso ano passado e acabei me estressando com essa questão. Até que parei para pensar e entendi que a ideia não era colocar um fardo sobre os nossos ombros, mas nos colocar no mesmo espírito da festa.

Aprendemos muito, crescemos muito e eu ainda tenho a festa dentro de mim. Se a do ano passado me ajudou absurdamente (ainda vou escrever sobre isso), a desse ano fez um verdadeiro milagre dentro da minha cabeça. Sério, algo que eu estava querendo há muito tempo, que mexeu profundamente com minha autoaceitação e arrematou tudo o que Deus estava me fazendo entender nas últimas intensas e importantes semanas. Vou escrever com mais detalhes em outro post, quem sabe ajudo mais alguém? 🙂

 

PS: Algumas fotos do Purim, que aconteceu em março deste ano. Poucas alterações, basicamente o colar, a pedrinha da testeira, a maquiagem, a cordinha (que era o mesmo modelo, mas branca e dourada, em vez de verde e dourada), a pulseira e o tecido (ok, tipo…praticamente tudo…kkkk…mas o que quero dizer é que o conceito da coisa toda – duas faixas de tecido sobre um vestido, preso com cordinha – é o mesmo).purim2 Abaixo, eu e Thais Toledo, que me ajudou a escolher o tecido no Brás. Ao lado, eu e o celular do Império Persa…rs.

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PS2: A foto da saia cinza, que aparece abaixo do vestido branco na imagem que abre este post: diaM  

   

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

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