Categoria: São Paulo

The Love Walk 2 – A missão

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Como tivemos uma boa experiência com a primeira edição da Caminhada do Amor, ficamos bem animados ao saber que teria uma segunda edição ainda este ano. Confesso que cheguei a pensar que a conversa seria mais rápida, já que o último The Love Walk  foi há meros sete meses, mas a impressão que eu tive é que desta vez conversamos mais – e melhor.

Tive muito mais facilidade em responder até mesmo às perguntas mais complicadas. Estou convicta de que esta segunda edição foi ainda mais proveitosa por já termos participado da primeira. (Mal posso esperar pela terceira!…rs…) O Love Walk não me ajudou apenas a conhecer melhor o meu marido, mas a mim mesma. Da mesma forma, ele me conheceu melhor, e também fez um exercício de autoconhecimento. Foram três horas de uma conversa franca, agradável e profunda. Ainda melhor do que da primeira vez (quando me senti uma mulher das cavernas, que mal conseguia se abrir, dizendo “uga…buga”, batendo um pedaço de osso no chão…argh).

Você tem a oportunidade de trazer o outro para mais perto do seu mundo…ainda que acredite que vocês estão suficientemente unidos, vá por mim: uma experiência dessas lhe mostrará o quão mais próximos vocês podem estar. Não conheço nenhum casal mais unido, amigo (e grudado) do que eu e o Davison, e mesmo assim, terminamos a caminhada infinitamente mais íntimos do que começamos.

As perguntas do kit são simples, mas não subestime o resultado de uma caminhada dessas, quando se leva em conta o conjunto perguntas+regras+disposição. Entre as regras, não ficar na defensiva, não acusar, deixar o outro falar (e ouvir atentamente) e manter o tom positivo.

Um dia fantástico… Como disse o Davison, aparamos novas arestas. E vamos assim, com um relacionamento redondinho, cumprindo todos os acordos que fizemos hoje. O progresso que tivemos em uma tarde de diálogo direcionado, provavelmente demoraria meses – ou anos – para acontecer sem comunicação. E olha que nos comunicamos bastante! Mas não sei explicar, estar ali só para isso, com esse foco, uma lista de perguntas a seguir, com regras, sem brigas, com tolerância e amor, cria as condições ideais de temperatura e pressão para que as coisas se desenvolvam.

Objetivos alinhados, arestas aparadas…entendemos as raízes de problemas que não tínhamos identificado antes e saímos do Ibirapuera com a convicção de que conseguiremos superar todos os desafios, com a ajuda um do outro. Tenho certeza de que subimos mais um degrau em nosso relacionamento, que só tem melhorado desde que nos tornamos alunos da Escola do Amor. Agora sei em que posso ajudá-lo. Agora ele sabe em que pode colaborar comigo. Somos um time mais forte, mais unido e – certamente – mais vitorioso.

Linda cidade

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Quem disse que São Paulo não é uma cidade bonita? Se ao olhar para São Paulo você só consegue ver cinza, poluição, engarrafamento e concreto, olhe com os meus olhos.

Quando cheguei aqui, o que mais me impressionou foi o espaço. As ruas largas (claro que não todas, existem muitas bem estreitinhas, inclusive eu moro em uma delas…rs…), o espaço aberto…em vários lugares, é possível ver o horizonte.

Existem muitas árvores, muitos pássaros e céu azul! Nem sempre, é claro. Quero dizer, as árvores e os pássaros não saem daqui, mas o céu às vezes tem outras cores…lilás, ocre, rosa e – muito raramente daqui onde vejo – cinza. Mas na maioria das vezes, é realmente azul. Nem todo mundo olha para cima, nem todos observam as diferentes tonalidades das árvores e o quanto todos os detalhes são bonitos.

Se você olhar apenas para o que é feio, escuro e cinza, tudo para você será sempre feio, escuro e cinza – tudo. Treine seu olhar para ver o que é bonito e colorido.

Minha memória sobre árvores é engraçada. Eu tento me lembrar das árvores do meu passado e elas são todas em um tom de verde escuro, quase musgo, opaco, sem graça. Todas as árvores do meu passado são iguais. Tudo era muito sem graça, não importa em qual lugar eu estivesse, mesmo os que hoje sei que são os mais bonitos.

Campo Grande, Rio de Janeiro, Porto Alegre, a Serra Gaúcha e até mesmo São Paulo, o Ibirapuera, onde estive há uma década e não me lembro. Tudo era sem graça, porque dentro de mim tudo também era sem graça. Eu costumava dizer que não gostava de paisagem, porque era tudo igual. A monotonia estava em mim, mas eu achava que estava do lado de fora.

Só quando descobri que a gente escolhe qual ângulo enxergar é que me dei conta de quantos ângulos existem no mundo. Não existe só o preto e o branco. Tudo na verdade é extremamente colorido.

Mesmo em um dia de chuva, mesmo em uma noite fria, mesmo em uma manhã solitária ou em uma tarde cheia de trabalho, a vida pode ser uma coisinha alegre, colorida e saltitante, como um bichinho alienígena feito de gelatina (ok, sei que não foi uma analogia muito comovente…rs…)

Vou começar a levar minha câmera comigo quando sair de casa, para mostrar alguns ângulos desta cidade linda, como eu e meu marido a vemos. As coisas diferentes e engraçadas (como criaturas extremamente bem-humoradas, vemos muitas coisas engraçadas por aqui), as coisas bonitas…mesmo quando a câmera não conseguir fazer jus à beleza que eu enxergo (o que é bem frequente, já que minha câmera atual é bem rabugenta – razão pela qual eu tiro poucas fotos), tentarei descrever a realidade para vocês.