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Você quer mesmo saber?

Sempre me surpreendo ao olhar, nas estatísticas do StatCounter, as keywords utilizadas para chegar até este blog. De vez em quando me dá vontade de comentar, para responder às estranhas dúvidas das pessoas que caem aqui de pára-quedas. Hoje é um desses dias.

Chegaram a este blog procurando por:

“quero vender imovel o que me impede?”

Boa pergunta. Aliás, ótima pergunta. Se você tem um imóvel para vender e quer vender, o que te impede? Procure uma boa imobiliária ou um corretor de confiança. Se o seu imóvel está em Porto Alegre (ou se você quer comprar um imóvel em Porto Alegre), me mande um email, que como corretora de imóveis eu posso te ajudar  [email protected]  Agora, se você quer vender imóvel dos outros, ou seja, atuar como corretor, pode ser que o que te impeça seja a falta de CRECI. Yes, tem de ter registro. Para isso, você precisa ou estar matriculado ou ter concluído um curso de TTI (técnico em transações imobiliárias).

“O que fazer para não ficar sem assunto?”

Ler. Quanto mais você ler, mais informação terá. Quanto mais informação tiver, menores serão as chances de faltar assunto. Leia sites de notícias, leia revistas, mas acima de tudo, leia livros. Bons livros. Leia os livros ruins, também, para saber diferenciá-los dos bons. Leia bulas de remédio. Leia rótulos dos produtos que você compra. Leia tudo, sem preguiça. Se esforce. Ler é muito bom. Ler é legal, você é que não tem o hábito. Crie o hábito.

“Quais são as atividades de um corretor de imóveis?”

Han…oferecer imóveis à venda e intermediar negociações de compra e venda de imóveis. Basicamente. E tudo o que envolve essas coisas, inclusive a parte chata de documentação, cadastro, divulgação, etc. etc. etc. Alguns estão habilitados a avaliar imóveis.

“passo a passo rosto humano biscuit”

Povo, vocês não têm noção. Não dá para fazer um PAP de rosto humano em biscuit! Isso é virtualmente impossível! Eu posso fazer um vídeo mostrando como eu faço, mas jamais um PAP! Não tem como! Não é algo que envolva bolinhas e coxinhas como os bonequinhos que a gente está acostumada a ver em revistas de biscuit. São técnicas de escultura, coisas mais complexas e melecadas (água, muita água), noção de proporção, etc. Não estou querendo desestimular ninguém, mas abrir os olhos para a realidade: se alguém te prometer passo-a-passo de rostos humanos (ou de reprodução de rostos) em biscuit, está querendo te enganar. Não sei como é possível passar todas as sutilezas de esculpir um rosto humano em uma massa tão chatinha quanto o biscuit em uma série passo-a-passo. Não acredito que seja possível. Se for, eu desconheço tal técnica.

Além de milhõõõões de keyords de biscuit, esculturas e Flávia Pina, também recebi muita keyword-dúvida sobre piolho de pombo e grávidas. Algumas daquele jeito de “oráculo do Google”, do tipo:

“estou gravida e tive contato com piolho de pombo, o que fazer?”

Não sei por que esse povo tem tanto medo de doença que acha que pode pegar de bicho e não se preocupa muitas vezes com as porcarias que come por aí. Segue então o post Pombos São Ratos de Asas? que esclarece algumas coisas.

Chega de Abobrinha

Encontrei esse texto em uma comunidade do Orkut e lá fui eu atrás do nome do verdadeiro autor (claaaaro que estava assinado como “Autor Desconhecido”, aquele nosso velho amigo…muito mais velho do que amigo, diga-se de passagem). Descobri o porquê de as pessoas publicarem textos que não são seus em seus blogs: preguiça de escrever. Esse é um assunto sobre o qual eu realmente tenho vontade de escrever, mas ultimamente tenho sofrido de preguicite aguda (que já está ficando crônica) de elaborar um texto. Mas já comecei a escrever algo a respeito, em breve publicarei.



Do livro: Alimentação Vegetariana

“ALIMENTAÇÃO VEGETARIANA:
CHEGA DE ABOBRINHA!

Autor: De Rose

Jamais declare-se vegetariano num hotel, restaurante, companhia aérea ou na casa da sua tia-avó. É que todos eles têm a mesma vivacidade e vão responder:


– Eu gostaria de lhe preparar uma comida decente, mas já que você
não come nada vou lhe servir uma saladinha de grama.

E, por mais que você tente explicar que vegetariano não é isso o que a esvoaçante fantasia do interlocutor imagina, sua probabilidade de sucesso é nula. Na caixa-preta dele já está selado, carimbado e homologado que vegetariano só come salada e ponto final.

Há vinte anos envio cartas e faço visitas de esclarecimento à comissária e aos nutricionistas de uma conhecida companhia aérea. Mas nada os demove da sábia decisão de que conhecem melhor o vegetarianismo do que os próprios vegetarianos. E tome discriminação. Os mal-entendidos já começam ao fazer a reserva. Basta solicitar alimentação lacto-vegetariana, cujo código é VLML, para que o solícito funcionário do outro lado da linha registre alegremente:


– Ah! Vegetariano? Perfeitamente, senhor.

Só que a alimentação vegetariana, para as companhias aéreas, tem outro código, VGML, que designa um sistema bem diferente e absurdamente intragável que só existe na cabeça dos nutricionistas dos caterings. Fico a pensar se VGML é a sigla para VegMeal ou se significa: Você Gosta Mesmo dessa Lavagem?

E se o passageiro sabe mais do que o atendente e adverte-o para que use o código certo, VLML, invariavelmente é deixado na linha esperando enquanto ocorre uma conferência nos bastidores. Às vezes, o som vaza e pode-se escutar:


– Diz prá ele que esse código não existe. Não é vegetariano? Então é
VGML.

Certa vez, numa viagem internacional, minha mesinha já estava posta quando tive a infeliz ideia de informar a comissária de bordo que o pedido de alimentação vegetariana era meu. Ato contínuo, ela retirou da minha mesa o queijo, a manteiga, a maionese, o pão, o biscoito, o chocolate, a sobremesa e tirou até o sal e a pimenta. No lugar, colocou uma lavagem de legumes cozidos à moda de isopor.

Por que a gentil senhorita fez isso com este simpático cavalheiro? Será que ela pensa que queijo é carne? Que manteiga, maionese, chocolate são algum tipo perigosíssimo de carne de vaca-louca camuflada?

O pior nas viagens aéreas é que se você pedir alimentação VGML ou VLML, o pessoal do catering tira a sua sobremesa como que a puni-lo por ter-lhes dado trabalho. É como se estivessem a ralhar com o passageiro:


– Menino mau. Já que não come a sua carne, vai ficar sem sobremesa.

E você é obrigado a comer legumes cozidos sem tempero ou salada fria com uma uva de sobremesa, enquanto assiste o vizinho de poltrona refastelando-se com um prato quentinho de strogonoff, suflé, parmegiana, milanesa, tudo arrumado com capricho, mais um apetitoso pudim e ainda tem que ouvi-lo comentar:


– Essa comida de bordo é uma porcaria…


Pensa que a discriminação é só no ar? Em terra firme é pior. Se num restaurante você se declarar vegetariano e consultar o maître sobre o  que ele sugere, o esforçado profissional poderá lhe dar duas respostas.
A mais freqüente é:


– O senhor é vegetariano? Nesse caso podemos lhe oferecer frango,
peixe… E a lagosta está ótima.

Inútil tentar fazê-lo entender que vegetariano não come carne de frango, nem carne de peixe, nem carne de crustáceo. Ele fará uma cara de ervilha encefálica e lhe oferecerá bacon. O leitor pensa que estou gracejando? Então faça a experiência. Entre no próximo restaurante e use a palavra mágica “vegetariano”. Garanto que à saída fará uma generosa doação para o Serviço de Proteção ao Vegetariano Incompreendido.


A outra resposta que omaître poderá lhe dar é a de que não tem nada
para vegetarianos. Então você lhe contrapõe:

– Tem batata frita? Tem couve-flor? Tem queijo? Tem farofa? Tem palmito? Tem espaguete? Tem champignon? Tem pizza? Se tem tudo isso e muito mais, porque o senhor declara que não tem nada para vegetarianos? – Aí, ele lhe serve uma sopa de cebola com caldo de carne.

Vamos, portanto, tentar esclarecer alguns equívocos consagrados pela opinião pública leiga sobre a alimentação vegetariana, incluídos aqui os nutricionistas, especialmente os das companhias aéreas e os chefs de cuisine de restaurantes e hotéis – e, certamente, as tias-avós de todos nós.


1. Vegetariano é aquele que não come carnes. Nem vermelhas, nem
brancas, nem azuis, nem furta-cor. Carne alguma. E é só isso.


O Vegetarianismo divide-se em três grupos:

a) Vegetarianismo propriamente dito (também chamado Lacto-ovo- vegetarianismo), que consiste em alimentar-se com absolutamente tudo o que é usado na alimentação comum, menos as carnes de qualquer espécie;


b) Vegetalianismo (também denominado Lacto-vegetarianismo), que
consiste no mesmo que a modalidade anterior, menos os ovos;


c) Vegetarismo (também chamado Vegetarianismo Puro ou Vegan),
que não aceita as carnes, nem os ovos, nem os laticínios.

O sistema mais comum é o primeiro. Quando alguém se declara vegetariano, em noventa por cento dos casos, está querendo dizer que apenas não ingere carnes, de espécie alguma.


2. Vegetariano não come salada. Só de vez em quando.

Um absurdo é supor que só pelo fato de uma pessoa não querer comer carnes de tipo algum tenha, por isso, que se abster de todos os demais pratos de forno e fogão tais como empadões, suflés, pizzas, massas em geral, panachés, rissolis, gratinados, dorés, empanados, milanesas, strogonoffs, fondues, farofas, molhos de tomate, acebolados, golf, rosé, maioneses e as 15.000 variedades de legumes, cereais, hortaliças, frutos, raízes, ovos, leite, queijos, iogurtes… mais toda aquela gama maravilhosa de especiarias tais como orégano, cominho, coentro, noz-moscada, tomilho, açafrão, gengibre, cardamomo, páprica, louro, salsa, cravo, canela, manjericão, manjerona, chili, curry, masala e uma infinidade de outros.

O vegetariano é um gourmet sofisticado e exigente que não faz questão apenas de saúde e higiene alimentar, mas também de prazer, como qualquer outro ser humano. Se não quer cometer uma indelicadeza, não lhe ofereça “uma saladinha”. Ele vai morrer de pena de você e talvez chegue até a aceitar, só por educação.


3. Vegetariano não come soja.

Só adota compulsivamente a soja o falso vegetariano, aquele vegetariano de boutique, quero dizer, de restaurante. Vegetariano de verdade, experimentado e informado não usa soja porque isso é uma mera bobagem. A não ser que essa leguminosa entre na composição de algum produto como kibe vegetal, etc. Soja é ruim, indigesta, desnecessária e contém um excesso de proteína.


4. Vegetariano não come só produtos integrais.
Claro que não come só produtos integrais! Ou será que os refinados deixam de ser vegetais e passam a ser algum tipo de carne?


5. “Para o doutor aqui sirva o chá sem açúcar que ele é
vegetariano.”

Por que sem açúcar? Por acaso açúcar é carne? Vegetariano não come é carne. Açúcar é vegetal. Não temos nada contra o açúcar. Procuramos apenas evitar exageros no uso de alimentos empobrecidos pelo refino. Portanto, solicitamos às companhias aéreas que parem com a mania de suprimir a sobremesa, o chocolate, e até o queijo, a manteiga e os biscoitos (que absurdo!) de quem só disse que não queria comer carnes.


6. “Vegetariano não toma refrigerante.”
Não estamos discutindo aqui se refrigerante é saudável ou não. Estamos denunciando o absurdo da colocação: “Quem se propõe a não comer carne não pode tomar refrigerante.” Se você concorda com essa lógica transversal, cuidado para não ser reprovado em testes psicotécnicos!


7. Tofu, missô e shoyu.

Isso não faz parte da culinária vegetariana e sim da macrobiótica. São elementos procedentes da cozinha japonesa, logo só devem ser usados em pratos japoneses. Ou macrobióticos, já que essa corrente criada por Oshawa é declaradamente nipocêntrica. Colocar algas, shoyu, missô, tofu e outros produtos macrôs em receitas que tenham a intenção de ser apenas vegetarianas, é uma gafe comparável à que cometem os estrangeiros que vêm ao Brasil falando espanhol!


8. A suposta falta de proteínas!

E, seja lá quem for ou que títulos exiba, se alguém se atrever a declarar que a alimentação vegetariana não fornece todos os aminoácidos essenciais, conteste com a indignação dos justos. Diga: “Estou convencido de que você não sabe o que é o vegetarianismo…”. Afinal, um sistema alimentar que reúna todos os legumes, frutas, verduras, cereais e raízes, mais leite, queijo, coalhada e ovos, não pode ser considerado carente.

Este autor que vos escreve parou de comer carnes aos dezesseis anos de idade. Depois disso, serviu o Exército na tropa; ao longo da vida praticou Judô, Karatê, Aikidô; começou a fazer Ginástica Olímpica depois dos cinqüenta! Já passou dos sessenta com mais saúde e energia do que a maioria dos da sua faixa etária.

Aliás, recordo-me com grata alegria, de um médico de Lisboa que clinicava aos 103 anos de idade! Era vegetariano. Lembro-me, ainda, do folclórico maratonista gaúcho septuagenário que todos os anos, comemorava seu aniversário correndo 24 horas seguidas com uma faixa no peito onde se lia uma única e significativa palavra: “VEGETARIANO”.

Vegetarianos foram também: Pitágoras, Sócrates, Ovídio, Kafka, Schopenhauer, Darwin, Rousseau, Bernard Shaw, Voltaire, Isaac Newton, Einstein, Abraham Lincoln, Benjamin Franklin, Thomas Edson, Mark Twain, Leon Tolstoi, Isadora Duncan, John Lennon, Linda McCartney e tantos outros que a história não registrou.

E ainda o são: Brad Pitt, Brigitte Bardot, Brooke Shields, Claudia Schiffer, Dustin Hoffman, Kim Basinger, Faye Dunaway, Martina Navratilova, Richard Gere, Sting, Madonna, Yoko Ono, Paul McCartney, Steve Jobs, Éder Jofre e muitos outros nomes famosos.

Não nos esqueçamos de que os maiores e mais fortes mamíferos terrestres são todos vegetarianos: o elefante, o rinoceronte, o búfalo, o bisonte e o nosso parente, o poderoso gorila.

Aliás, quando alguém vier com o argumento de que somos carnívoros porque temos dentes caninos, pergunte-lhe se ele já viu os caninos dos gorilas, esses enormes vegetarianos radicais, que só comem folhas.”

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ALIMENTAÇÃO VEGETARIANA:
CHEGA DE ABOBRINHA!2

Jamais declare-se vegetariano num hotel, restaurante, companhia aérea ou na casa da sua tia-avó. É que todos eles têm a mesma vivacidade e vão responder:

– Eu gostaria de lhe preparar uma comida decente, mas já que você
não come nada vou lhe servir uma saladinha de grama.

E, por mais que você tente explicar que vegetariano não é isso o que a esvoaçante fantasia do interlocutor imagina, sua probabilidade de sucesso é nula. Na caixa-preta dele já está selado, carimbado e homologado que vegetariano só come salada e ponto final.

Há vinte anos envio cartas e faço visitas de esclarecimento à comissaría e aos nutricionistas de uma conhecida companhia aérea. Mas nada os demove da sábia decisão de que conhecem melhor o vegetarianismo do que os próprios vegetarianos. E tome discriminação. Os mal-entendidos já começam ao fazer a reserva. Basta solicitar alimentaçãolacto-vegetariana, cujo código é VLML, para que o solícito funcionário do outro lado da linha registre alegremente:

– Ah! Vegetariano? Perfeitamente, senhor.