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Casamento Blindado

Sumi. Tive bons motivos para isso, mas nada justifica uma longa ausência, se eu conseguisse me organizar um pouco melhor, com certeza estaria presente em vários lugares ao mesmo tempo. Mas ainda chego lá, se depender do esforço que tenho feito, em breve serei capaz disso. :-)

Um dos motivos foi o trabalho. Além do livro que estou escrevendo e que pretendo publicar (vocês saberão mais a respeito assim que ele estiver mais encorpadinho), tive a oportunidade de ajudar tanto na preparação dos originais quanto nas últimas revisões do Casamento Blindado. Quando acredito em alguma causa, ela se torna parte de mim. Foi assim com este livro.

Primeiro porque a cada capítulo que o Renato escrevia, eu me impressionava. Não só pela linguagem leve e fluida, mas pelo conteúdo. (Quem acompanha o blog dele, sabe que ele escreve muito bem. Da Cristiane eu nem preciso falar, já que quem acompanha esta coluna conhece bem os livros dela e seu jeito cativante de escrever, como se conversasse conosco tomando uma xícara de chá.) Lembram do texto “Alimentação Literária”? Pois é, “Casamento Blindado” é superalimento, mega nutritivo, uma Quinoa Real literária. O livro traz informações preciosíssimas, que me ajudaram não apenas a blindar meu casamento, mas a melhorar quem eu sou por dentro. O impacto foi positivo até em meu relacionamento com as outras pessoas.

Participamos do curso Casamento Blindado em novembro. Por isso, posso dizer: no livro, Renato e Cris não escondem o jogo, não escondem nada, toda a direção está lá, de forma clara e simples, para ser raciocinada e praticada. Mesmo que você já tenha feito o curso, vale a pena investir no livro. Compre, leia e depois me diga se eu não estava certa.

O livro “Casamento Blindado” vai na contramão de tudo o que o mundo prega, mas traz ensinamentos práticos, que realmente funcionam. De que adianta ficar agarrado aos seus velhos paradigmas que nunca o levaram a lugar nenhum? Ou que o levaram a um lugar de desgosto, tristeza e sofrimento? Tenho certeza de que se meus pais, meus avós e meus tios tivessem tido acesso ao “Casamento Blindado”, a história da minha família seria outra. Acredito que muitos deles ainda estariam vivos, tamanho o impacto de um casamento destruído na vida de uma pessoa.

Este livro vale não só por sua qualidade literária, mas pelas informações que ele traz, muito mais preciosas do que ouro. Entrou para a minha seleta lista de “tesouros literários”, daqueles que você pode (e deve) comprar para distribuir entre familiares e amigos (quem for inteligente, vai aproveitar cada parágrafo!), mas deve manter o seu, para reler e consultar sempre que necessário.

E digo mais: não é só para casados, não! É para homens e mulheres, casados, solteiros, viúvos, divorciados, pessoas com problemas, pessoas que querem evitar problemas, ou pessoas que querem ajudar pessoas com problemas. Não é apenas para os casados, pois as informações do livro são abrangentes, ajudam em todas as áreas: nos relacionamentos em geral, a ter uma vida equilibrada. Um verdadeiro manual em direção a se tornar uma pessoa melhor. Estou falando, o livro é completo!

Acompanhei o esforço e o amor que Renato e Cristiane colocaram na confecção desta obra, e tenho certeza de que toda essa dedicação em levar até os leitores informação preciosa, com o único intuito de ajudá-los a ter um casamento sólido e protegido, será honrada através da transformação de vidas e de milhões de depoimentos espontâneos que receberemos daqueles que colocarem em prática o que lerem nas 272 páginas (eu sei de cor quantas têm…rs…nem precisei olhar no livro) do Casamento Blindado.

O livro será lançado pela editora Thomas Nelson Brasil, já está em pré-venda no Arca Center (clique aqui para ver), a partir do dia 1° de Julho estará  em todas as IURDs e também será vendido em livrarias.

ATUALIZAÇÃO: O livro foi relançado em edição revista e atualizada, com mais conteúdo, e está sendo vendido em todas as livrarias. E você encontra o livro físico e o ebook na Amazon. Clique aqui para ver. 

PS: A Thomas Nelson Brasil é um selo do grupo Ediouro. O livro já aparece no catálogo no site da editora. :-)

PS2: Olha a pessoa feliz! Eu já tenho o meu! :-)

Vanessa Lampert

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O melhor de mim*

Li este livro por indicação de uma amiga, ela gostou muito e queria saber minha opinião. Achei importante escrever esta resenha porque 99% das opiniões que li a respeito deste livro diziam a mesma coisa: o contrario do que eu achei.

Primeiro, todo mundo disse que se emocionou com o livro, que se debulhou em lágrimas… não tenho tanta facilidade assim para chorar. E me pergunto: o que leva alguém a gostar de um livro que lhe faz chorar convulsivamente? Uma lagriminha aqui outra ali, a gente até entende, mas eis algo que você não deve exercitar em sua vida: o sentimentalismo extremo. Prefira livros que não dependam 100% do seu coração para viver…podem até te emocionar, dentro dos limites da normalidade, mas não devem ser escritos com o único objetivo de arrancar lágrimas do leitor, como parece ser o caso de “O melhor de mim” (The best of me), de Nicholas Sparks, Editora Arqueiro. (Alguns spoilers na resenha, mas nada que mate sua leitura.)

Quando contei a história do livro para o meu marido, ele arregalou os olhos e disse “Credo, que cara azarado!” – referindo-se a Dawson, o pobre protagonista. Uma ou outra desgraça é normal, mas uma sequência infinita de desgraças faz do livro uma novela mexicana difícil de engolir. Muitos clichês, personagens estereotipados, narrativa fraca, a história previsível do começo ao fim e um final que me fez revirar os olhos e dizer: “Sério que você vai terminar assim, Nicholas?” Eu já tinha adivinhado o final pouco depois da metade do livro.

Li recentemente um livro mais antigo desse autor, “Diário de uma paixão”, e o declínio é visível. “Diário” tem uma trama sólida, a historia parece ter um objetivo e você entende a evolução do relacionamento do casal de protagonistas.  Já com Dawson e Amanda você não vê essa evolução. Os dois se apaixonam na adolescência e vivem um namoro proibido, pois ela é de uma família tradicional e ele é o rapaz bonzinho que nasceu em uma família de criminosos e sofre preconceito na cidade por seu sobrenome. Acabam terminando o relacionamento porque ele não quer atrapalhar a vida da moça. Ela vai para a faculdade, onde conhece Frank e se casa.

Dawson acaba preso por atropelar acidentalmente o único médico da cidade (drama + drama). Depois de cumprir pena, o rapaz vai morar sozinho e trabalhar em uma plataforma de petróleo, que acaba explodindo (o que não faz a menor diferença na história, é só para marcar o momento em que Dawson começa a ver um vulto –  sessão do descarrego nele! – e acrescentar drama).

A narrativa é mais contada do que mostrada (é a diferença entre ouvir alguém contar uma história e participar dela). Pouco esforço em envolver o leitor na cena faz com que ele sinta a solidão de Dawson, ao ser colocado para escanteio pelo autor. Infelizmente, não foi proposital, não se trata de estratégia literária.

Dawson e Amanda se reencontram quando um grande amigo dos dois morre. Então você vê o-que-não-é-amor aflorando imediatamente. Amanda está casada com Frank, um alcoólatra, com quem tem três filhos (tiveram quatro, mas uma morreu de câncer no cérebro ainda muito pequena…novela mexicana mode on). O casamento está em crise e ela revê seu namorado de adolescência. O livro passa aquela ideia falsa do amor-sentimento, que nasce e cresce sozinho…também passa a ideia de que Dawson e Amanda foram “feitos um para o outro”  e que ele é seu “verdadeiro amor”.

Você não pode amar alguém que você não conhece, isso não é amor. Como Amanda pode “amar” um cara que ela mal conhece? Mesmo que algum dia realmente tenha amado Dawson, depois de 20 anos ele não é mais o homem que ela conheceu. E vice-versa.  O mundo está acostumado a ver o amor desta maneira e por isso há tanta gente frustrada sentimentalmente. Mas ok, isso é ficção, e se o livro fosse bom talvez nem me importaria tanto.

Me perguntaram se “O melhor de mim” seria classificado como “literatura fast-food”. Eu diria que ele está mais para fast food com alucinógenos. Talvez uns cogumelos suspeitos tenham substituído o champignon. Porque se você se envolver com o livro, pode se pegar fazendo coisas que jamais faria na vida real, por exemplo, torcendo para que Amanda traia o marido, abandone a família e fique com um homem que lhe é completamente desconhecido.

Mesmo que isso não faça a menor diferença para mim ou para você, eu não consigo deixar de pensar que esse é o tipo de romance que se une às novelas e aos filmes de Hollywood para reforçar a imagem equivocada do amor, alimentando fantasias inúteis na cabeça de muitas mulheres (principalmente). Sem contar o fato de exercitar o sentimentalismo exacerbado ao trazer lágrimas sem o menor propósito.

Li em algumas resenhas a respeito do caráter de Dawson…ele não guarda ressentimentos, mesmo passando por terríveis injustiças…realmente, é o personagem mais interessante da trama…se não for o único. Mesmo assim, também não foi bem construído e não é suficiente para sustentar o livro.

O que esse livro traz, no final? Nada. Nenhum conteúdo verdadeiro, nada a acrescentar de realmente bom.  A menos que você tenha conseguido se emocionar e ache que isso é positivo em algum aspecto.

PS: No final do livro tem a propaganda de “O Casamento” (The Wedding), de Nicholas Sparks, que ainda não li, mas fiquei curiosa para ler. Não pensem que Nicholas Sparks é o pior escritor do universo, não é, ele sabe escrever. O problema é que quando um escritor faz um livro com o único objetivo de mexer com os sentimentos do leitor, corre o risco de errar a mão. Não conheço todo o trabalho desse autor, mas espero que esse tipo de coisa seja exceção.

Vanessa Lampert

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* Resenha originalmente publicada em:http://www.cristianecardoso.com/pt/portfolio/livros/