Mês: fevereiro 2017

Renovando a mente — Passo 4

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Além de fazer um compromisso de ficar do seu lado, além de saber diferenciar a verdade da mentira e além de fazer uma faxina mental, passando seus pensamentos por um scanner usando o checklist do post anterior, é importante entender o conceito que fará com que você consiga colocar em prática o que aprender e — principalmente — permanecer praticando mesmo que o Godzilla destrua a sua cidade e ameace pisotear o planeta inteiro (não vai acontecer, tá? Mas mesmo se acontecesse).

A razão pela qual as coisas que você tentava fazer começavam a parecer difíceis depois de um tempo e, acreditando no pensamento falso de que “nunca vai dar certo”, você acabava desistindo, é que você não aplicava o fixador de mudança de pensamento/comportamento. Eu penso nele como um spray capaz de deixar o novo pensamento ou novo comportamento bem firme no lugar até que se torne, de fato, um hábito — momento em que eu não precisarei mais ficar controlando toda hora para ver se caiu.

É esse fixador que vai manter sua mudança no lugar. É ele que vai ajudar você a resistir às dificuldades e se manter firme no seu propósito de renovação da sua mente. Assim, você continuará forte até conseguir o que quer, mantendo sua fé e confiança.

Esse spray fixador se chama sacrifício.

Passo 4: aprenda a sacrificar

Talvez você não esteja familiarizado com o conceito de sacrifício. Não estou falando de sacrifício específico, esporádico, mas de uma atitude constante. Não estou falando de sacrifício financeiro. Não estou falando nem de sacrifício físico, aquele que faz você sair de manhã para trabalhar, depois emendar com a faculdade e chegar tarde da noite, ainda preparar comida, lavar a louça e limpar a casa. Ou que faz você sair domingo de manhã para ir à igreja, ficar à tarde para evangelizar e ainda voltar à noite para ir ao estudo do Apocalipse. Estou falando do conceito, mesmo. Aquele que, se você interiorizar, vai conseguir aplicar em todas as áreas, inclusive na mais difícil: o seu coração.

Sacrifício é uma palavrinha com vários significados: oferenda a um deus, privação e sofrimento são os mais conhecidos e utilizados. Mas o significado que nos interessa aqui é o de “renúncia voluntária”. Porque essa é a base da oferta, da oferenda e até da privação. Esse é o conceito mais profundo de sacrifício. Quando oferta algo a alguém, você está renunciando a algo que lhe pertencia para honrar a outra pessoa. Quando se priva de algo, como, por exemplo, quando se priva da diversão para estudar pra uma prova, você está renunciando àquele momento de lazer em favor de algo mais importante (passar na prova).

Essa renúncia, quando feita de modo racional, isto é, usando a lógica, é a base de todas as conquistas duradouras. Para passar de ano na escola, você precisa renunciar. Renunciar a horas do seu dia para assistir às aulas, renunciar à sua vontade de ficar tagarelando com os amigos para prestar atenção ao professor, renunciar ao tempo livre para estudar para as provas… Ao chegar perto do vestibular, dependendo da dificuldade do curso pretendido, a pessoa precisa renunciar ainda mais. E, depois de entrar na faculdade, continua renunciando para passar nas provas e para alcançar o diploma.

Toda a vida adulta é feita de renúncias calculadas (ou deveria ser). Quando crianças, renunciamos apenas raramente (e a contragosto) em coisas como escola ou obediência aos pais. Mas depois de adultos, renunciamos às nossas vontades imediatas para guardar dinheiro para coisas maiores como carro, casa, pagamento de dívida, viagem, cirurgia, tratamento médico, etc. Nós até conseguimos entender a renúncia de algo que podemos ver por algo que também podemos ver e que tenha valor para este mundo. Mas geralmente não percebemos que, para mantermos a saúde física, mental e espiritual, também é necessário renunciar.

Para manter a saúde física, nós precisamos renunciar à nossa vontade de comer alimentos que nos fazem mal (oi, açúcar! oi, aditivos químicos! oi, gordura hidrogenada!) e comer alimentos que nos fazem bem, mas que, nem sempre estão no rol de nossas vontades (alguém aí acorda pensando “hummm…que vontade de comer agrião!”?). Além disso, precisamos mexer nossos corpitchos em vez de passar o dia atirados na cama tomando sorvete, como poderia ser nossa vontade. Também é importante renunciar à vontade de ficar acordado até altas horas da madrugada, para dormir em um horário decente e não prejudicar a produção de melatonina.

Da mesma forma, para manter nossa saúde mental e espiritual, precisamos também renunciar, dia após dia. A boa notícia é saber que já somos bem habituados a renunciar em outras áreas da vida (levantando da cama para trabalhar, tomando banho em um dia frio, saindo de casa em um dia quente, lavando a louça quando sua vontade é comer logo, cozinhando quando preferia comer algo pronto, além dos que eu já citei). Já sabemos fazer isso. Agora é só aplicar nas áreas em que o coração e a vontade têm mandado.

Você já aprendeu a identificar os pensamentos do gremlin, que tentam distorcer sua visão a respeito das circunstâncias e de si mesmo. Já entendeu que esses pensamentos se aproveitam mais dos seus sentimentos do que da lógica para sobreviverem. E já aprendeu a não dar comidinha para eles. Eles só sobreviviam e tentavam voltar toda hora porque você se viciou em se guiar pelos sentimentos para avaliar o que era verdade e o que não. E também se guiava pelos sentimentos para escolher em que pensar e em que não pensar.

Dependia da vontade de fazer algo certo para, de fato, fazer algo certo.

Mas agora essa área da sua vida vai sair da infância e entrar na vida adulta. Vai começar a ser definida conscientemente, pelas suas decisões, e se estabelecer pela renúncia consciente de suas vontades. Até se solidificar e virar parte de quem você é. Fazer o que tem de ser feito, sentindo vontade ou não. Manter a decisão de alimentar os pensamentos que dão força e ânimo e matar os outros pensamentos de fome. Acompanhe o raciocínio (meus comentários estão entre colchetes):

“Rogo-vos, pois, irmãos, pela compaixão de Deus, que apresenteis os vossos corpos em sacrifício vivo, santo e agradável a Deus, que é o vosso culto racional.”

[Note, primeiro, que Deus se agrada da adoração racional. É quando você sabe o que está fazendo, por que está fazendo e para Quem está fazendo. É quando você se interessa em conhecê-LO pela meditação direta na Palavra dEle. O culto racional é apresentar nossos corpos em sacrifício, isto é, renunciar à nossa vontade de reagir de acordo com nossos sentidos e, em vez disso, obedecer a Ele. Se tornar a própria oferta, se colocando à disposição para pensar como Ele pensa, agir e reagir como Ele ensina que devemos agir e reagir.

Apresentar nossos corpos em sacrifício vivo, santo e agradável a Deus nos faz moldáveis como argila, para que Ele nos faça de novo à Sua imagem e semelhança. Assim, acabou aquela conversa de “ah, eu não consigo mudar” ou “ah, esse é meu jeito” ou “ah, eu sempre fui assim” e outras frases que o estado de drama nos leva a repetir. Mudamos quando decidimos mudar. Não é fácil e exige sacrifício. Exige renúncia diária e no começo é muito mais difícil e exige muito mais de nós do que gostaríamos, mas vale a pena. E vemos a diferença.

Existe algo muito interessante envolvendo esse tipo de renúncia: quanto mais sacrificamos nossa vontade de ficar pensando errado, quanto mais sacrificamos nosso direito de nos sentir vítimas, quanto mais sacrificamos nosso direito de acreditar naquilo que sentimos ou achamos e que nos prejudica, mais fortes ficamos. É perceptível. É a força do nosso entendimento tomando o controle das “mãos” do coração.]

“E não sede conformados com este mundo, mas sede transformados pela renovação do vosso entendimento, para que experimenteis qual seja a boa, agradável, e perfeita vontade de Deus.”

Romanos 12:1,2

A renovação do nosso entendimento é o que nos transforma. Não é a mudança de sentimento, a mudança de religião ou a mudança de hábitos. É a mudança da forma de pensar. O chamado para renovar nosso entendimento vem depois do alerta para que não sejamos conformados com este mundo. “Conformar” aqui não é simplesmente no sentido de se acomodar, mas sim de tomar a forma. Não tome a forma deste mundo. Não tome a forma negativa, irracional, impaciente, maldosa e descontrolada deste mundo. Mas tome uma nova forma, mude a sua forma por meio da renovação do seu entendimento.

E como se renova o entendimento? Alinhando a sua mente à Palavra de Deus. Ela será a base do seu novo padrão de pensamento (falaremos sobre padrão de pensamento amanhã). Fazendo isso, você experimentará a boa, agradável e perfeita vontade de Deus. Agora me diz aí: com uma promessa dessas, com o que raios você precisa se preocupar?

 

Leitura complementar: “Duvide da dúvida” — Clique aqui para ler.

 

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PS: Coloque em prática o que aprendeu a partir de hoje. Se quiser, pode fazer como a leitora Tathy, que resolveu imprimir todos os passos para reler e anotar, para não se esquecer. Excelente ideia. A gente faz isso com as coisas que estuda, não é? Eu fiz isso na época em que decidi renovar a minha mente. Anote as coisas mais importantes que você precisa se lembrar e leve sempre com você.

PS2: Amanhã a gente continua falando sobre o “como”. Mas fazfavor de fazer a lição de casa, obedecendo à orientação desse post.

PS3: Tenho muito a falar sobre os comentários que tenho recebido, mas prefiro fazer aos poucos, em posts separados, para não dar indigestão em ninguém rs.

PS4: Por falar nisso, os comentários são enviados a mim e leio todos antes de aprovar, por isso parecem sumir quando você envia. Eles só aparecem depois de aprovados.

#JejumdeDaniel  #Dia 12

*  Amanhã tem novo post aqui.

** Estamos em uma jornada de 21 dias de jejum de informações e entretenimento chamado Jejum de Daniel. Durante esses dias, os posts no blog serão diários e voltados exclusivamente para o crescimento espiritual. Leia este post para entender melhor.

*** Para quem não acompanhou ou para quem gostaria de rever os posts das edições anteriores do Jejum de Daniel neste blog, segue o link da categoria: https://www.vanessalampert.com/?cat=709 .

Renovando a mente — Passo 3

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Ontem falamos sobre dar ouvidos apenas à Verdade. Já aprendemos um método prático de identificar a voz do gremlin criador de pensamentos negativos: qualquer pensamento que tente nos colocar para baixo e nos fazer sentir que não há saída, é o gremlin. Se você tem convicção de que, por mais que busque, é impossível ser batizado com o Espírito Santo, essa é uma mentira tão absurda quanto dizer que ovos dão em árvores, porque contradiz a Palavra de Deus. Em vez de ficar pensando nessa mentira, se esforce para enxergá-la como o absurdo que ela é. Para renovar a mente, é preciso fazer uma verdadeira faxina.

Passo 3: Faxina mental 

“Odeio os pensamentos vãos, mas amo a Tua lei.”

Salmos 119:113

Vamos ao nosso amigo Michaelis:

vão – adj

1 Oposto à realidade; falso.

2 Sem conteúdo ou sem sentido; vazio.

3 Que denota futilidade.

4 Sem eficácia; inútil.

5 De total insignificância.

6 Que se fundamenta no que é falso.

7 Que revela vaidade excessiva. 

Davi afirma que ODEIA esse tipo de pensamento. É o que devemos fazer, também. Não ter tolerância. Não tentar decodificá-los para ver se têm um fundo de verdade. Sacrificar a vontade de ficar pensando neles. Mate a mentira de fome; dê comidinha para os pensamentos certos. Pensamentos se alimentam de atenção. Quanto mais atenção der a eles, mais eles se fortalecem. Por isso, mate os pensamentos negativos de fome e dê sua atenção aos que, de fato, a merecem. Parou de alimentar o pensamento negativo, imagine-se passando um aspirador de pó nele. Ele entra no aspirador e vai para o lixo, que é o lugar dele.  

Mas assim como não adianta só se abster de conteúdo secular sem substituir por conteúdo espiritual no Jejum de Daniel, não adianta só deixar de alimentar os pensamentos negativos. É preciso substituí-los por pensamentos verdadeiros. Passar um pano com desinfetante perfumado e colocar as coisas em ordem. Leia comigo:

“Não estejais inquietos por coisa alguma; antes as vossas petições sejam em tudo conhecidas diante de Deus pela oração e súplica, com ação de graças.

E a paz de Deus, que excede todo o entendimento, guardará os vossos corações e os vossos pensamentos em Cristo Jesus.”

Olha que máximo, a paz de Deus excede todo o entendimento não só porque é muito maior do que podemos compreender, mas também porque está dentro de nós independentemente das circunstâncias em que estamos mergulhados. Essa é a paz que vem da fé, que independe do que sentimos, vemos ou ouvimos. Essa paz guarda nossos corações e nossos pensamentos porque ela vem do Espírito, é estável.

Mas para alcançarmos essa paz, devemos passar a Deus nossos pedidos por meio da oração e da súplica, com ação de graças (atitudes que demonstrem que estamos gratos pela resposta, mesmo antes de vê-la). Previamente gratos porque sabemos que Ele cuida de nós. E, por isso, obedecemos à ordem de não andar inquietos por coisa alguma. É isso. Causa e consequência. Se disser a Deus o que está inquietando você, confiando que Ele cuidará desse problema, a paz vai guardar seu coração e seu pensamento. E aí, quanto ao resto…

“Quanto ao mais, irmãos, tudo o que é verdadeiro, tudo o que é honesto, tudo o que é justo, tudo o que é puro, tudo o que é amável, tudo o que é de boa fama, se há alguma virtude, e se há algum louvor, nisso pensai.”

Filipenses 4:6-8

Aí está um checklist para definir quais pensamentos estão autorizados a ficar na sua cabeça. Aplique aos seus próximos pensamentos. Isso é verdadeiro? — Lembre-se: não estou perguntando se o pensamento parece verdadeiro ou se você sente que ele é verdadeiro. Estou perguntando se faz sentido à luz da Palavra de Deus. Por exemplo, o pensamento de “não vou receber o Espírito Santo porque já estou há dez anos na igreja e até agora não recebi” faz sentido? Não, pois não há na Bíblia nenhum prazo de validade para a promessa do Espírito Santo. Ou melhor, até há. Ele vai até o dia do arrebatamento ou até o dia da morte. Até lá, qualquer pessoa pode se habilitar para recebê-LO.

Esse pensamento, então, já não passou no checklist. Não está entre os autorizados a permanecer na nossa cabeça. Se determinado pensamento passar desse primeiro item, tem que passar pelos outros: é honesto ou desonesto? É puro ou impuro? É amável ou odioso? É de boa fama ou é infame? Tem alguma virtude nele? Ele é louvável? Ou reprovável?

É um excelente momento para você duvidar da dúvida, questionar a validade do medo e desprezar aquilo que é lixo e que tem entulhado a sua mente. Faça uma faxina mental. E tenha consciência de que isso é algo a ser feito constantemente (você limpa sua casa uma vez a cada dois anos?). Não há pílula capaz de resolver esse problema de intoxicação mental. A única maneira de se livrar dessas toxinas é fazendo uma limpeza profunda. Pare de dar atenção ao que não tem lhe ajudado e passe a dedicar sua atenção às palavras que podem colocar você para cima e aproximá-lo de Deus. Leia a Bíblia, leia os livros da igreja (se já leu, releia como se estivesse aprendendo tudo de novo agora).

“Inclinei o meu coração a guardar os teus estatutos, para sempre, até ao fim.”

Salmos 119:112

E como se inclina o coração a guardar (obedecer) a Palavra de Deus? Decidindo obedecer. É pela fé, não pelo sentimento. Não pela vontade. Não pelo que parece. E é para sempre, até o fim. Não por um momento. Não até desanimar. Não condicionado a algum acontecimento ou a algum prazo. Até o fim. Quem toma essa decisão, vai colher os frutos dela. Sempre que penso nesse assunto, me lembro da mensagem do dia 2 de janeiro do livro O Pão Nosso para 365 dias. Segue um trechinho: 

“[…] Um dos segredos para a manutenção da Salvação é a oração em espírito. Ela deve ser feita imediatamente após surgirem os maus pensamentos. Instantaneamente, sem palavras, na mente, e com toda a força, há de se expulsá-los, usando o nome de Jesus.

Se não os resistimos de imediato, eles ganham força, ameaçam a boa consciência e, consequentemente, a Salvação. Por isso, a reação, por meio de breve oração mental, tem de ser imediata. Pensamentos são inevitáveis. Os positivos devem ser curtidos e alimentados. Os maus devem ser banidos, ainda que tenham a aparência de bons e pareçam fazer sentido. Não podemos impedi-los de vir, mas temos poder e autoridade para repreendê-los.


A partir de hoje, vigie seus pensamentos. E mantenha em sua mente apenas aquilo que é bom, puro, respeitável e verdadeiro. “

 

Leitura complementar:

“O que é atenção?” (clique aqui para ler)

“Está escrito!” (clique aqui para ler)

PS: Amanhã a gente continua falando sobre o “como”. Mas fazfavor de fazer a lição de casa, obedecendo à orientação desse post.

PS2: Tenho muito a falar sobre os comentários que tenho recebido, mas prefiro fazer aos poucos, em posts separados, para não dar indigestão em ninguém rs.

PS3: Por falar nisso, os comentários são enviados a mim e leio todos antes de aprovar, por isso parecem sumir quando você envia. Eles só aparecem depois de aprovados.

#JejumdeDaniel  #Dia 11

 Amanhã tem novo post aqui.

** Estamos em uma jornada de 21 dias de jejum de informações e entretenimento chamado Jejum de Daniel. Durante esses dias, os posts no blog serão diários e voltados exclusivamente para o crescimento espiritual. Leia este post para entender melhor.

*** Para quem não acompanhou ou para quem gostaria de rever os posts das edições anteriores do Jejum de Daniel neste blog, segue o link da categoria: https://www.vanessalampert.com/?cat=709 .