Mês: fevereiro 2017

O convite do Espírito Santo

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A igreja dos primeiros cristãos não tinha nome. Ela surgiu quando o Espírito Santo foi derramado na reunião em que estavam aquelas 120 pessoas que obedeceram à ordem de Jesus de esperar em Jerusalém até serem revestidos de poder do Alto. Mais de 500 pessoas O viram ressuscitado, mas apenas aquelas 120 estavam em Jerusalém naquele dia. Eles estavam escondidos, inseguros, sem saber o que deveriam fazer. Mas no dia de Pentecostes, assim que foram cheios do Espírito Santo, todo aquele medo acabou.

Imediatamente começaram a falar com ousadia das grandezas de Deus. Pedro se levantou, começou a pregar e, naquele mesmo dia, entre os curiosos que se aproximaram para ver o que estava acontecendo, quase três mil pessoas se converteram. Quase três mil almas se juntaram àquelas primeiras cento e vinte, de uma só vez. Quase oito vezes mais do que os que viram o Senhor ressuscitado, mas não estavam em Jerusalém no dia de receber o Espírito Santo pela primeira vez.

Deus nunca perde. Ele alcançou os que esperaram e também alcançou os que estavam por perto e se interessaram em ouvir. Hoje, quem quer ouvir e se aproxima, ainda que não tenha religião, ainda que não saiba nada de Deus, também pode recebê-LO, se estiver disposto a entregar sua vida a Ele. Quem for suficientemente honesto para admitir que sozinho não tem conseguido; que fez escolhas erradas e quer, sinceramente, ser guiado pelo Espírito do Deus Vivo, tem hoje a chance de receber uma nova vida.

O Jejum de Daniel é como o convite do Espírito Santo àqueles três mil homens no dia de Pentecostes:

E com muitas outras palavras isto testificava, e os exortava, dizendo: Salvai-vos desta geração perversa.

Atos 2:40

Se desliguem das coisas que fazem com que este mundo esteja mergulhado no caos. Saiam das trevas e venham para a Luz. Mudem sua maneira de pensar. Recebam o Espírito da Sabedoria. Salvem-se do sistema perverso que domina este mundo. Venham conhecer o Reino de Deus. Mas que tipo de reino é este? É um reino em que ficamos tomando chazinho de cogumelo e tocando harpa, vestidos de branco? Nããão! É guerra, todos os dias! O reino de paz está dentro de nós. E precisamos disso para guerrear decentemente e não morrer no campo de batalha.

Explicando (porque nesse tempo de crente jihadista, é preciso explicar) que a guerra não é contra as pessoas. Não é contra os homossexuais, não é contra políticos, não é contra nenhum ser humano. A guerra é contra o mal e contra nós mesmos. A guerra é contra as vozes dos gremlins invisíveis que se empoleiram em nosso ombro e tentam desviar nossa atenção. A guerra é contra o tempo que tenta nos vencer pelo cansaço. A guerra é contra as dúvidas, o medo, a falta de confiança.

Nessa guerra, precisamos da armadura do Espírito Santo. Precisamos das armas e do escudo, que são a Fé e a Palavra de Deus. Por isso o convite da salvação foi feito assim que o Espírito Santo veio. Ele nos convida a entrar no barco e viver de acordo com a Sua Palavra, mas cada um de nós decide se sobe ou não. E como se decide subir? Sentindo que quer subir? Esperando ver que subiu? Não. Agindo como quem quer subir e…subindo. A vontade e o sentimento vêm (se vierem) depois da decisão e da ação. 

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#JejumdeDaniel  #Dia8

 Amanhã tem novo post aqui.

** Estamos em uma jornada de 21 dias de jejum de informações e entretenimento chamado Jejum de Daniel. Durante esses dias, os posts no blog serão diários e voltados exclusivamente para o crescimento espiritual. Leia este post para entender melhor.

PS: Para quem não acompanhou ou para quem gostaria de rever os posts das edições anteriores do Jejum de Daniel neste blog, segue o link da categoria: https://www.vanessalampert.com/?cat=709 .

Para receber o Espírito Santo

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Leia comigo e acompanhe o meu raciocínio (comentários no meio do texto):

“Disse-lhes também: Qual de vós terá um amigo, e, se for procurá-lo à meia-noite, e lhe disser: Amigo, empresta-me três pães, pois um amigo meu chegou à minha casa, vindo de caminho, e não tenho o que lhe oferecer.”

Jesus estava falando sobre oração e começa a contar essa história. Imagina só. Um amigo sem noção chega de viagem na sua casa à meia-noite sem avisar e te pega desprevenido. Tipo todos os problemas, angústias, necessidades e situações que surgem do nada e você percebe que lhe faltam recursos. Eu, pelo menos, nunca recebi uma ligação de um problema educado, dizendo: “Oi, Van! Se prepara que daqui a umas duas semanas eu tô chegando, tá?”. É sempre uma visita inesperada. O natural é recorrer a quem você sabe que pode resolver seu problema. Mesmo que seja à meia-noite.

“Se ele, respondendo de dentro, disser: Não me importunes; já está a porta fechada, e os meus filhos estão comigo na cama; não posso levantar-me para tos dar; digo-vos que, ainda que não se levante a dar-lhe os pães por ser seu amigo, levantar-se-á, todavia, por causa da sua importunação, e lhe dará tudo o que houver mister.”

A primeira coisa que me chama atenção nesse trecho é a aparente grosseria do amigo importunado e o fato de que o amigo importuno não estava nem aí para isso. Jesus usou essa história para ensinar a maneira certa de pedir. Ele não está comparando o amigo importunado a Deus, o foco aqui é o comportamento daquele que pede. E ele descreve uma pessoa decidida, que não tem vergonha de incomodar o outro de madrugada e não fica “dodói” porque o amigo mandou não importunar. 

Se ele caísse no modo dramático, provavelmente se ofenderia e desistiria de insistir. Mas ele está determinado a alcançar o que deseja. O foco dele está no que ele quer e não em si mesmo, por isso não se ofende, não se chateia, não se frustra e não se sente desprezado. Ele só pensa em seu objetivo. Ele não quer saber se o amigo vai dar o pão pela amizade ou pela insistência, ele quer o pão. Ele sabe do caráter do amigo a quem está pedindo. Sabe que esse amigo tem o pão que ele quer. E, por isso, insiste até conseguir. Isso é uma descrição prática da fé racional, ou fé consciente.

“E eu vos digo: Pedi, e dar-se-vos-á; buscai, e achareis; batei, e abrir-se-vos-á; porque qualquer que pede recebe; e quem busca acha; e a quem bate abrir-se-lhe-á.”

Perceba que o pré-requisito aqui é apenas a fé: pedir, bater, buscar. E preste atenção, porque isso é uma promessa. Quando for buscar o Espírito Santo, não se preocupe em sentir nada, pois sentir não tem nenhum valor na busca. Não avalie se foi aceito por Deus pelo que está sentindo. Em 99% das vezes nossos sentimentos nos enganam e, por isso, não devem ser considerados em algo tão sério. O que considerar, então? A PALAVRA de Deus. Essa aí que a gente acabou de ler. E ela diz que quem pede recebe, quem busca acha, e a quem bate a porta é aberta.

“E qual o pai de entre vós que, se o filho lhe pedir pão, lhe dará uma pedra? Ou, também, se lhe pedir peixe, lhe dará por peixe uma serpente? Ou, também, se lhe pedir um ovo, lhe dará um escorpião? Pois se vós, sendo maus, sabeis dar boas dádivas aos vossos filhos, quanto mais dará o Pai celestial o Espírito Santo àqueles que Lhe pedirem?”

Lucas 11.5-13

Está aí a sua resposta. A promessa preciosa a que você vai se agarrar. E a sua oração, se você crê que essa Palavra é verdadeira, vai ser a seguinte (se quiser, faça agora mesmo): “Senhor, eu não vou dar bola para o que estou sentindo. O que eu sei é que quero e preciso ser Teu filho de verdade. Não sinto que mereço, mas a Tua Palavra diz que o Senhor daria o Espírito Santo àqueles que pedissem, então eu peço. O Senhor prometeu, então eu sei que, porque pedi, recebo o Teu Espírito”.

Foi mais ou menos isso o que eu disse quando recebi o Espírito Santo. Eu me lembrei dessa promessa e fiquei tri feliz porque, mesmo não sentindo que merecia, tinha ali um documento me assegurando que Ele me daria. Até hoje ainda me lembro (e lembro a Ele) dessa promessa quando O busco para me renovar. Não importa o que você sente. Importa o que você sabe. 

E quer saber? Eu não senti nada. Absolutamente nada. Apenas sabia que tinha recebido porque acreditei na promessa. Tanto que depois agradeci por ter recebido. Não senti que acreditei nem senti que recebi, foi uma coisa bem consciente, bem lógica, mesmo. Os crentes achariam sem graça. Sem pirotecnia, sem tremedeira, sem choque elétrico, sem êxtase, sem nenhuma sensação estranha. Não perdi a consciência, não entrei em transe, nem comecei a falar em línguas ali. Só teve uma fé consciente, determinada, conscientemente ignorando todos os pensamentos contrários. Teimosamente focada naquilo que eu queria. No meu pão, porque eu realmente necessitava.

Só nos dias seguintes é que percebi que eu estava diferente. Sem aquela angústia de sempre. Sem ansiedade, com uma paz interior que eu não conhecia. Além de tudo estar mais claro na minha cabeça. Demorei para me dar conta do que tinha acontecido, porque estava pedindo o Espírito Santo para me dar condições de ajudar as pessoas de uma comunidade pela qual eu tinha ficado responsável no grupo de evangelização (na verdade, era vice-líder, mas era responsabilidade suficientemente assustadora para mim, pois eram centenas de almas sob meu cuidado). Mas não tinha me dado conta de que isso era o mesmo que batismo com o Espírito Santo rs.

Deus não dá o Espírito por medida. Você pede o Espírito Santo, com base na Palavra dEle, com a convicção de que irá receber por causa da Palavra dEle (e não dos seus belos olhos ou da sua perfeição) e Ele dá a você o Espírito da única maneira que sabe dar: integralmente. Coloque seu foco na Promessa dEle, não se importe com nenhum pensamento alienígena ou sentimento durante a busca, apenas obedeça. O Espírito Santo é Deus, um Ser infinitamente inteligente, não é uma máquina que precisa receber o comando certo para responder. Ele só precisa da fé sem dúvida. E a maneira de apresentar fé sem dúvida é se agarrar de maneira meio doida à Palavra dEle e #prontoacabounãoouçomaisnada.

Agora vá lá e fale com Ele, com sinceridade, confiando na Promessa que acabou de receber.
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#JejumdeDaniel  #Dia7

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