Categoria: Arte

Sobre a apostila da Flávia Pina

Muita gente tem me perguntado se tenho a apostila da Flávia e diariamente recebo muitas visitas no blog vindas de pesquisas no Google procurando por “Apostilas Flávia Pina”, hoje tinha uma com a keyword “Você  gostou da apostila da Flávia Pina”…risos…

Outras keywords relacionadas a biscuit e esculturas, para vocês se divertirem comigo (chegaram aqui no blog procurando por):

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Se alguém realmente quiser alguma dessas respostas, me deixe um comentário e eu responderei, à medida do possível – [EXCETO aquelas perguntas que já fora respondidas por esse texto. Por exemplo…muita gente não lê até o final, ou não presta atenção, não clica nos links do texto e me pergunta como faz para comprar a apostila. Eu não sou a Flávia Pina, só tive aulas com ela, não faço intermediação de venda de apostila e não vou escanear minha apostila e te mandar por email pois respeito o trabalho duro da Flávia, jamais faria isso, acho errado. Para adquirir a apostila 1, siga as instruções do seguinte link: http://noivinho.com.br/cursoflaviapinaapostila1.html , para adquirir a apostila 2, siga as instruções do seguinte link: http://noivinho.com.br/cursoflaviapinaapostila2.html , para adquirir a apostila 3, siga as instruções do seguinte link: http://noivinho.com.br/cursoflaviapinaapostila3.html. Nesses links tem o email de contato através do qual vocês conseguirão tirar dúvidas a respeito da agenda de cursos. ]Muita gente ainda está em dúvida sobre comprar ou não a apostila em que ela ensina os vestidos de noiva, por causa do preço.

Pessoal, ACORDA!! A mulher é simplesmente a MELHOR escultora de noivinhos personalizados em biscuit, e você acha que não vale o investimento? Então vou dizer: comprem ONTEM essa apostila. Recebi a minha e quase chorei quando vi…sério, não é exagero. Mandei um e-mail para ela agradecendo porque o material é realmente muito bom! Eu fiz o curso da Flávia em janeiro, e recomendo a todo mundo, porque ela não esconde nada e sabe ensinar muito bem. Sentei na primeira fileira, prestei atenção em tudo, fiz anotações (meu caderno do curso é praticamente uma apostila paralela…risos…) e depois, em casa, treinei, treinei, treinei, adaptando as técnicas ao que me é mais confortável (o que significa, a grosso modo, que eu compliquei quase tudo…risos…) e finalmente consegui o resultado que queria. Me esforcei 2008 inteiro (literalmente, pois comecei desde o dia primeiro de janeiro) para aprender a fazer um trabalho perfeito com aquela massa irritante (porque o Biscuit sabe ser fofo, mas também sabe ser chato, insuportável e rebelde), em vão. No entanto, em menos de um mês após o curso da Flávia, consegui o resultado que queria.

Sejamos francos: tem muito monstrinho no mercado. Tem gente vendendo noivinhos personalizados tão monstruosos que dá medo. Temos lutado para profissionalizar o mercado, e em breve lançaremos um site reunindo o pessoal que está empenhado nesse caminho. Tem muita gente boa vendendo por um preço abaixo do que realmente vale, para competir com os péssimos profissionais, que vendem um casalzinho a “cem real”. Essas pessoas acabam pegando muito mais encomendas do que conseguiriam cumprir (porque a gente costuma aceitar encomenda com MUITA antecedência, receber a metade adiantado e a outra metade meses depois) e ou perdem a saúde para conseguir cumprir os prazos e não morrer de fome, ou atrasam, falham com os clientes e ajudam a manchar a reputação de quem trabalha com isso.

Tem gente que não sabe fazer, mas coloca na cabeça que sabe e vende, feliz da vida, seus monstrinhos personalizados, ainda apontando o dedo para a Flávia Pina, dizendo que ela cobra mais do que deveria, porque não é assim tão difícil de fazer (como se houvesse apenas uma técnica ou como se o trabalho dessa pessoa pudesse se comparar ao da Flávia). E tem a Flávia Pina, que faz o melhor trabalho em nosso meio (eu já vi as esculturas pessoalmente, e são super delicadas e perfeitas) e não tem medo de cobrar o que ele vale. E para quem conhece o mercado de esculturas personalizadas no exterior, sabe que R$ 1.200 por uma peça exclusiva, reproduzindo o rosto do cliente, não é muita coisa. Lá fora, usando cerâmica plástica (Polymer Clay), que é um material relativamente mais tranquilo de se trabalhar do que o Biscuit (garanto que é mais rápido, para quem está familiarizado com o Clay, fazer um casal de 17 cm do que fazer o mesmo casal em porcelana fria), cobra-se tranquilamente o triplo disso.

O que aprendi é o seguinte: quem quiser um trabalho de qualidade, feito por um profissional de verdade, vai fazer um esforço, pois sabe valorizar não apenas a arte e o artista, mas o resultado satisfatório. Quem fica feliz com um casal de noivinhos deformado realmente ficará indignado com um preço desses, quando pode pagar R$200 por uma coisinha esquisita que o deixará contente, ainda que se estresse na hora da entrega.

Existem artistas que fazem peças maiores do que as da Flávia, então realmente esses têm condições de cobrar menos, já que é bem mais fácil detalhar rostos de 4 cm do que os de 1 cm e pouco (yes, a mulé é doida, detalha cabeças de 2 cm, rostos, obviamente, bem menores do que isso), em compensação, o resultado é bem menos delicado. Então tudo depende do que a cliente espera do resultado.

Resultado é a palavra chave, quer você seja cliente, quer seja escultor. Se você quer que seu trabalho tenha o resultado de uma Flávia Pina, não adianta ir atrás de um material que não apresente a técnica da Flávia Pina. E se ela é o melhor resultado que temos até o momento, vale MUITO a pena investir no aprendizado, já que ela tem se disposto a ensinar. Então, sim, comprem a apostila, guardem dinheiro para fazer o curso que provavelmente sairá no final do ano, em São Paulo (e eu irei novamente, já disse que ela ganhou uma stalker…risos…perseguirei Flávia Pina até os confins da Terra, porque ela é uma fofa, uma ótima professora e uma pessoa super honesta, sincera e que não tem medo de ensinar o que sabe), não tenham medo de gastar, pois o retorno é garantido, se você se esforçar para colocar em prática o que aprender.

Falta em muita gente a noção de que trabalho de escultura personalizada não é artesanato tradicional, com moldes e medidas exatas, é trabalho artístico, exige técnica, sim, mas exige também treinamento do olhar e flexibilidade, coisa que não costumamos exercitar muito em trabalhos em série. Se queremos oferecer o melhor resultado aos clientes, temos também de valorizar nosso aprendizado e nosso trabalho a ponto de não pensar duas vezes antes de aprimorá-lo com novas técnicas e atualização de conhecimento. Excelência traz excelência, confiança gera confiança. Se você confiar em seu trabalho e em seu talento a ponto de fazer um sacrifício que seja para chegar onde você espera chegar, não tem como não se tornar um profissional confiável e bem sucedido.

A primeira apostila está super bem detalhada, e não sei como tem sido para quem não fez o curso, mas para mim é um aprofundamento na técnica, revendo o que vi no curso e vendo ainda outras coisas, detalhes extras, que fazem a diferença.  Quem conseguir pegar bem a técnica da Flávia irá se sair muito bem, já que é possível fazer o grosso do trabalho em tempo decente e se concentrar melhor nos detalhes.

E uma dica: ao invés de gastar dinheiro de pouquinho em pouquinho em cursos e apostilas que não acrescentarão muita coisa ao que você já sabe, junte e faça um investimento em uma técnica completamente diferente do que você conhece, que realmente poderá fazer um “upgrade” no seu trabalho, se você se esforçar para isso. Mas seja humilde para aprender, tente fazer exatamente do jeito que ela ensina, antes de dizer “ah, mas isso eu já sei, isso eu faço de outro jeito, que é melhor”. Se seu jeito fosse melhor, seu trabalho não seria inferior ao dela, e você estaria em condições de cobrar mil Reais por um casal de esculturas sem que seus clientes tivessem um infarto. Resultado. Não se esqueça.  Busque sempre o melhor resultado, invista sempre no melhor material.

Isso vale também para os profissionais que fazem cursos, que fazem apostilas e DVDs: aprimorem seu trabalho, ou ficarão para trás. Busquem melhores resultados, procurem a excelência. Depois que você treinar a técnica que ela apresenta, se não se adaptar a uma ou outra coisa, aí sim, faça as modificações necessárias, para conseguir o resultado que você deseja, até encontrar sua própria nova técnica. Não tenha medo de mudar tudo o que você já sabe. Só assim a gente cresce.

Então é essa a resposta para quem chega aqui procurando saber se vale ou não a pena fazer o curso e comprar a apostila recém-lançada e as outras, que ela já prometeu lançar, pois são módulos. Sim, vale MUITO a pena. Muito mesmo. Na verdade, o que aprendi com a Flávia vale muito mais do que os R$ 900 do curso ou os R$120 da apostila de vestidos de noiva. Não teria mesmo como pagar tudo o que vale o conhecimento, a técnica, o crescimento que tive com esse material. Prometi para algumas pessoas que faria uma resenha da apostila, e essa ainda não é a resenha. Farei, sim, mas se você pode comprar agora, não espere a minha resenha, pois já sabe a resposta. Trabalhe, lute, não se acomode com o que você já sabe. Saiba que é possível chegar aonde você quer chegar, mas depende da sua disposição em sair da posição de conformismo, parar de reclamar e começar a agir, sabendo que outras pessoas já conseguiram.

E a você, que é cliente ou futuro cliente, ainda que os preços aumentem e grande parte dos monstrinhos desapareçam (o que não será de todo ruim, pense bem), você só tem a ganhar, pois terá um trabalho de qualidade, com durabilidade e que você não terá vergonha de expor na estante de sua casa, se assim desejar. Mas se quiser apenas um troço para colocar em cima do bolo, então existem várias opções, e espaço para todos.

A propósito, respondendo a outras keyords engraçadas: Sim, as esculturas da Flávia Pina são todas feitas em porcelana fria, popularmente conhecida como biscuit, aquela massa cuja base é poliacetato de vinila, o mesmo produto utilizado para fazer cola branca. Quem não conhece, compre um pacotinho pequeno de massa de biscuit em uma loja de artesanato e tente fazer um rosto com ele. Conseguiu? Agora deixe secar. Depois, volte para ver o que virou. Se assustou? Então você começará a entender o trabalho que temos para controlar a massa e fazer com que aquele potencial monstrinho se torne um rosto humano.

Outra coisa, não, ainda não dou cursos, nem faço apostila, nem dvd, nada do gênero. Eu sei fazer, minha técnica é fácil para mim, mas tenho consciência de que complico muita coisa, para facilitar para mim, pois é o jeito que consigo trabalhar. Vai por mim, se eu te ensinasse do jeito que faço, você desistiria na hora…risos… Por isso tenho me esforçado para encontrar caminhos mais simples, para que um dia tenha condições de ensinar. Mas por que raios você está esperando que EU aprenda a ensinar para fazer um curso, se a Flávia tem uma técnica bem mais fácil de aprender, com um resultado melhor e sabe ensiná-la muito bem?

Para quem ainda não conhece o trabalho da Flávia Pina, visitem o site:  http://noivinho.com.br E para obter informações sobre a apostila, na página:  http://noivinho.com.br/cursoflaviapinaapostila1.html

Idéias para a reforma do ateliê

Em período de planejar a reforma do estúdio, recolhi algumas fotografias de ateliês pela internet, para ter idéias do que fazer. Não tem nada muito diferente, mas ao menos dá para colocar a cabeça para funcionar.

Algumas idéias:

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Essa cômoda com um monte de gavetinhas é meu sonho de consumo. Na verdade, eu sou louca por gavetinhas e armários com portinhas, lugares para guardar coisas, porque a bagunça me persegue e eu preciso ter onde colocá-la antes que ela se espalhe. Mas muitos dos móveis dos meus sonhos terei de mandar fazer ou eu mesma fazer ou adaptar os que já tenho, pois os que existem no mercado são todos iguais. É incrível, parece que existe uma lei que proíbe mais do que seis gavetas em uma cômoda ou mesas longas sem bandeja para teclado. Não fazem mais escrivaninhas como antigamente, só aquelas mesas comunzinhas de computador, bastante frágeis, aliás. Estantes, então! É a maior dificuldade! Não existem mais estantes-biblioteca, daquelas grandes e com nichos organizados. Só se encomendar sob medida. Estante hoje em dia, só para colocar televisão, CD e DVD. Livro? O que é isso? É de comer?

Até consegui encontrar uma ou outra coisinha diferente, mas a preços exorbitantes. Prefiro então encomendar uma peça bem feita, de qualidade, resistente e que não vá me fazer passar raiva. Vale mais a pena. Claro que, pela praticidade, eu preferia encontrar pronta…até pelo imediatismo (oh, DDA), porque queria ver tudo arrumadinho já ontem!  Encontrar prontinho, sei lá, no site do Magazine Luiza, fazer o pedido, receber em casa, tudo certo. Mas tenho de planejar. Estou com o projeto quase pronto, tendo idéias e tentando fazer um espaço funcional, sem bagunça, confortável para mim e para os clientes, um local simples e ao mesmo tempo aconchegante.

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Acima, a estante dos meus sonhos: milhares de nichos, gavetinhas e organizadores de plástico, que se fossem meus já estariam encapados com papel contact colorido 😀 . Eu poderia viver em um lugar com prateleiras, estantes, armários, gavetas e organizadores em todas as paredes e estaria feliz.

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Na foto acima, o que me chama mais a atenção é a mesa em “L” e o armário aéreo. Já vi um armário bastante semelhante a esse na seção de móveis para cozinha. O segredo está nisso também, esqueça as convenções. Não é porque um armário está na seção de cozinha que ele não possa ser colocado no quarto, por exemplo. O armário não vai se jogar da parede gritando “Aaaaarghhh, me tira daqui!!! Eu sou da cozinha! Co-zi-nha,sou alérgico a quarto!”  Nem a parede do quarto irá descascar e rachar, com paredite de contato por ter encostado em um…urgh…móvel de cozinha. Coloque o preconceito de lado e pesquise em todos os setores das lojas de móveis!!! Já a mesa…bem, vai ser bem difícil encontrar uma mesa em “L” decente. Nesse caso o melhor mesmo é fazer ou mandar fazer. Eu queria fazer meus móveis, mas acho que o Dave não vai deixar, porque sou muito estabanada e pode ser deveras perigoso. Com as esculturas eu me corto com estilete, me espeto com agulha e com alfinetes, tiro pedaços de mim com o alicate…esses dias me cortei com uma trena assassina e já me machuquei feio com palitos de dente. Talvez não seja boa idéia mexer com serras elétricas, esmeril, furadeira, prego e lascas de madeira.

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Essas prateleiras superiores da foto acima ficaram simplesmente lindas! Sou fã de móveis em cor marfim, acho que mogno ou tabaco pesam o ambiente, tudo fica escuro, menor e mais “carregado”, não é? Gosto de ambientes claros, muita luz, móveis claros, toques coloridos e alegres. Quero um local no qual a gente tenha vontade de ficar, já que trabalhar das oito da manhã até oito da noite em um lugar desagradável é coisa de gente masoquista; coisa que eu, definitivamente, não sou.

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Este é outro ângulo do ateliê da terceira foto, aquele do armário aéreo. A idéia de uma mesa grande no centro é ótima (pena que não cabe no quarto do estúdio), pois em determinado momento a gente se cansa do mesmo espaço. Para desenhar, por exemplo, é melhor ter um espaço vazio, separado da bagunça de massas, tintas e isopores. E também longe daquele pote de água assassino. Quanto às crianças…bem, essas, por enquanto, eu dispenso 🙂

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Mais um ângulo do mesmo local. Daqui dá para ver melhor o sistema de organização que essa moça montou. Sinceramente, se eu fizesse uma estação de trabalho parecida com essa, acho que não sairia dali nunca mais…hahahaha….

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Achei esse ambiente clean, lindíssimo, muito bem ajeitadinho e tal, mas eu, sinceramente, me sentiria um tanto quanto desconfortável em trabalhar no centro da sala. Sei lá, tenho a impressão de que cantinho é mais aconchegante, mais seguro, mais reservado e mais gostoso de se ficar. Sem contar que a foto de cima levanta mais uma questão, que é uma das principais, em minha opinião: a cadeira. Imagina ficar sentada por doze horas em um banquinho simpático como esse? Minha coluna dói só de pensar, colega. Socorro! Mas qual cadeira seria a ideal? Pois é, também não sei. O Davison usa uma “Poltrona do papai”, sabe? Aquelas reclináveis. Mas eu não consigo me sentir confortável ali, também. Em cadeiras de escritório, muito menos. Elas são instáveis, minha coluna fica torta. Eu me mexo muito, não consigo ficar muito tempo na mesma posição e minha circulação não é lá aquelas coisas, então preciso ficar com as pernas para cima na maior parte do tempo, ou, ao menos, na mesma altura do corpo.

O ideal seria uma Chaise, mas não encontrei nenhuma que fosse realmente confortável. Dá-se um jeito com um apoio almofadado com braços, instalado em cima da cama, mas não dá para acoplar a cama a uma mesa de canto em “L”, é ou uma coisa, ou outra, e eu quero trabalhar em mesa de gente, não deitada em uma cama com uma mesa baixa ao lado. Minha saída será usar mais de uma cadeira, ter uns dois modelos de cadeira à minha disposição na mesa em “L”, mais uma poltrona e uma Chaise ou uma cama para os momentos em que eu precisar de muita concentração, e  não necessariamente de uma mesa, como, por exemplo, ao finalizar os detalhes de um rosto. Mas tudo isso tem de ficar bonitinho, porque o ateliê também é visitado por clientes, que gostam de saber onde as peças são feitas.

Cheguei a pesquisar fotos do estúdio de ilustradores e desenhistas, para saber como eram as cadeiras dos caras e me surpreende o fato de eles ainda conseguirem andar! Minha coluna se escangalharia se eu fosse obrigada a passar o dia inteiro em uma cadeirinha de computador, ou em uma cadeira de escritório, simples. Não encontrei nada muito inspirador, acho que terei de desenhar minha própria cadeira. E daqui a pouco eu encontro uma nova profissão. Ao final dessa reforma serei também design de móveis, meus queridos.

Art Studio

Veja o contraste entre a mesa cheia de água suja, manchas de tinta, papel e bagunça e a estante lindona, de mostruário de loja de decoração. O desafio será manter um local vivo, mas limpinho e organizadinho quase que o tempo todo. Infelizmente não encontrei foto do espaço acima tirada em outro ângulo, mas achei tudo meio confuso. Gostei, sim, mas parece que as coisas não estão dispostas da melhor maneira.

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Eu encheria minha casa e meu ateliê de estantezinhas grudadas na parede como esta. Isso, aliás, me lembra minha sobrinha (que hoje é uma menina linda de oito anos) quando era pequenininha, com uns dois ou três aninhos, e estava assistindo a uma reunião de libertação na igreja. Uma pessoa manifestou com um espírito e ficou com o corpo inexplicavelmente colado à parede, a alguns centímetros do chão (coisa que não costuma acontecer nem mesmo nas reuniões de libertação), então o pastor expulsou aquele espírito e a pessoa voltou ao normal. Ela, obviamente, ficou impressionada com o que viu naquela terça-feira, e no domingo, culto normal da igreja, olhou para o altar e, com um olhar de desprezo, deu de ombros: “O dirrábo nem tá gudado na paiêdi odi” (“o diabo nem está grudado na parede hoje”), ela achou que toda vez em que fosse na igreja encontraria um demônio grudado na parede 🙂  Então, eu quero uma estantezinha gudada na paiêdi. Melhor uma estante do que um “dirrábo”, né não?

Craft Room

Confesso que quando vi essa foto a primeira coisa que eu pensei foi na dificuldade em limpar aquelas letrinhas lá de cima. Tudo muito lindo, mas nada prático, eu quero algo fácil de limpar. Fora isso: gavetinhas, gavetinhas, gavetinhas, bilhões de gavetinhas!! Eu querooooooooo!!!! Usamos muitos materais minúsculos, muitos tipos da mesma coisa, por exemplo, palitos de dentes: tem os palitos novos, os palitos usados e que ainda podem ser reutilizados, palitos sujos de tinta, palitos para a massa, palitos para massa seca, palitos com a ponta cortada, e, enfim, palitos que já morreram e devem ser enviados para o “céu dos palitos”, seja lá onde fique isso. Gavetinhas são sempre bem-vindas.

Eu sustento as fábricas de organizadores de plástico. É sério. Milhões de potinhos hermeticamente fechados para guardar os saquinhos ziploc hermeticamente fechados, que embalam as massas tingidas com tinta a óleo homogeneamente misturada, para que não percam a umidade, não sequem, nem endureçam até o final do trabalho. Haja lugar para guardar os potinhos. Outro comentário a fazer sobre esta foto: o banquinho. É brincadeira isso, não? Como alguém pode trabalhar o dia inteirinho sentado sobre esse troço? Eu não tenho mais idade para isso! Estou quase comprando um pufe. Só não me convenci disso ainda porque aí sim minha coluna vai virar uma canoa!

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Gente organizada é outra coisa, fala a verdade: você vê a bagunça. Ela está lá. Mas ela não parece ameaçadora, não se avoluma como um monstro engolidor de gente (e de tempo), nem atrai a sujeira ensandecida capaz de destruir até mesmo seus pensamentos mais limpinhos. A bagunça está lá, mas sob controle, domesticada.  Eu arrumaria uns móveis mais claros, porque mesmo toda a domesticação do mundo não seria capaz de evitar aquela camada acinzentada de poeira no final do dia sobre a bancada preta. Até entendo isso para quem quer um ateliê de costura, mas para quem trabalha com tinta, como eu, é mais bonitinho ter uma bancada branca manchada de tinta colorida do que uma bancada preta da mesma forma. Sem contar que o branco você sabe o quão limpo está (e o quanto não), fator absolutamente necessário para quem trabalha com massa de biscuit, ainda que eu não abra a massa sobre a bancada. Se bem que o preto facilita a visualização de pelinhos e fiapos que devem ser eliminados do ambiente antes de tocar a massa.

Mas ainda tenho aquele problema de ser facilmente influenciável emocionalmente por cores e graus de luminosidade. Para eu permanecer ativa, feliz, alerta, alegre e saltitante, pre-ci-so de ambientes impreterivelmente claros, super bem iluminados (de preferência com iluminação natural), um toque de cor (tipo verde-limão ou laranja-tangerina) e móveis claros, madeira em tom marfim e NUNCA em mogno, preto ou tabaco. Eu fico triste, chateada, cansada, irritada, deprimida quando sou obrigada a ficar em um ambiente diferente disso.

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Essa foto aí de cima achei linda!! Ainda tem o problema da cadeira, mas o resto está perfeito! Gavetas, organizadores, armários com portinhas, cestinha de lixo, tudo guardadinho (e, consequentemente, protegido de poeira), iluminação natural, bancada clara, de bom tamanho, piso claro, corzinha tranquila nas paredes (se bem que esse lilás talvez me desse sono…). Misturando isso com um pouco do que já vimos anteriormente, talvez eu consiga a estação de trabalho perfeita para minhas necessidades.

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As cabeças em cima do armário me dariam alguns sustos por dia. Gostei da pia no ateliê, mas como eu tenho um banheirinho bem perto acho que não teria necessidade. As cores berrantes e as coisas meio desorganizadas não me proporcionaram encanto. Acho que o ateliê acima está precisando de um “extreme makeover”.

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Achei esse bem fofo. Alegre, colorido na medida certa, claro, bem iluminado, mas tem poucas prateleirinhas, armários e portinhas para o meu nível de acúmulo de coisas sólidas.

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Desse eu gostei da idéia de modernizar móveis antigos, dá um ar meio retrô, meio descolado (credo, que palavra velha), meio improvisado, meio de propósito…mas esse negócio muito rosa me parece “o ateliê de costura da Barbie”, não me agrada, não. Mas a finalmente uma cadeira que parece confortável!!!!

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Esse não parece de verdade. Parece um ateliezinho fake daqueles “apartamentos decorados”, sabe? E senti falta de armários, de coisas altas. Sem contar que ficou muito impessoal. E o que são aqueles dois tapetes nada a ver brigando ali no chão? Espaço lindo e mal aproveitado.

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AAAAA….portinhaaaas, prateleiraaaas, mesa em éleeeee….se tivesse umas gavetas e uns organizadores, seria praticamente um resumo de tudo o que foi visto até agora. Mas me lembra uma coisa importantíssima: não posso esquecer de um canto para o lampertop e de anotar, da próxima vez, a posição de todas as tomadas da peça, para organizar a distribuição dos eletro-eletrônicos. Assim que terminar o projeto da reforma, compartilharei com meus dois leitores e meio.