Categoria: Salmo 78

O pão dos anjos

Deus não fez pouco por Seu povo quando o tirou do Egito. Deus os sustentou com o que havia de melhor. Ele lhes deu comida a fartar. Era mais do que suficiente para suprir a necessidade. Era muito mais do que conseguiriam sozinhos. Estavam no deserto, não poderiam suprir para si, mas podiam contar com a proteção e o cuidado do Todo-Poderoso. Mas mesmo sabendo que Ele podia tudo, não creram, nem confiaram. Por quê? Porque olharam mais para a situação do que para Deus. Consideraram mais a circunstância do que o que Deus poderia fazer.

“Portanto o Senhor os ouviu e Se indignou; e acendeu fogo contra Jacó, e furor também subiu contra Israel, porquanto não creram em Deus, nem confiaram na Sua Salvação, ainda que mandara às altas nuvens, e abriu as portas dos céus, e chovera sobre eles o maná para comerem, e lhes dera do trigo do céu. O homem comeu o pão dos anjos, Ele lhes mandou comida a fartar.” Salmos 78.21-25

Não creram em Deus, nem confiaram na Sua Salvação, mesmo depois de tudo o que Ele fez por eles, não só para tirá-los da escravidão, mas também para sustentá-los no deserto. O homem comeu o pão dos anjos. Isto é, Deus providenciou o que nem era para o ser humano. O povo não tinha direito ao maná (afinal, é o pão dos anjos), mas o recebeu pelo amor e misericórdia de Deus, que lhes deu o melhor que Ele tinha para que eles pudessem sobreviver e permanecer saudáveis durante toda a caminhada pelo deserto. 

O pão dos anjos, que é o Maná, representa o cuidado diário de Deus com aqueles que são dEle. É o pão nosso de cada dia, o sustento que vem das janelas dos céus abertas pelo próprio Deus na vida de quem tem uma aliança com Ele. 

E durante todo aquele tempo, até enquanto o povo estava errando, até enquanto Deus estava indignado, o maná continuou caindo, dia após dia, até finalmente se assentarem na Terra Prometida e comerem os frutos da terra. Porque Deus havia empenhado a palavra de que os sustentaria no deserto, a palavra foi cumprida até o fim. Esta é a fidelidade dEle: a certeza de que Ele vai honrar Sua Palavra até o fim. Ele prometeu sustento, então o povo deveria saber que Ele iria sustentar. E eles poderiam confiar. Se entregar. Crer.

Crer em Deus é se entregar a Ele, sabendo do Seu caráter, sabendo que Ele é provedor, que Ele nos ama e quer o melhor para nós. Confiar na Salvação dEle é saber que dEle virá o nosso socorro, não importa a situação que estejamos vivendo, não importa o que estejamos vendo. 

Confiar é se manter firme pela convicção do resultado. É olhar para frente com segurança, por saber Quem Deus é. Tanto crer quanto confiar são o contrário de duvidar, A dúvida mostra que estamos desconsiderando tudo o que Deus é e faz, como se O chamássemos de mentiroso. Por isso Ele Se indignou contra o povo. 

A dúvida recorrente e irritante, que desconsidera tudo o que Deus fez, desperta nEle indignação, como despertaria em nós, caso alguém por quem tanto nos sacrificamos ainda duvidasse das nossas boas intenções e nos julgasse mal. É ingratidão e é sinal de um problema interior muito sério. 

A pessoa que duvida e insiste na dúvida, se mantendo na insegurança, age assim porque não se entregou a Deus de verdade. E, se entregou, pegou de volta e precisa entregar de novo. Porque quando se entrega de verdade, a pessoa obrigatoriamente confia, pois já espera de Deus soluções fantásticas, como o mar se abrindo e pão caindo do céu. E valoriza cada pequena vitória que Deus lhe dá. Ela é grata e não fica só pedindo, reclamando e exigindo.

 Ser grato pelo primeiro presente e expressar essa gratidão leva o presenteador a querer dar mais, porque ficou feliz pela reação de quem recebeu. Dar reconhecimento, dar graças, dar confiança, dar fé, são coisas que estão ao nosso alcance fazer para Deus. Somos gratos quando somos humildes, quando sabemos o nosso lugar e o lugar de Deus. Fazemos o nosso melhor dentro do que podemos, mas não achamos que nosso esforço ou trabalho nos dará o que queremos. O que queremos vem de Deus. Vem dEle todo cuidado conosco. 

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Jejum de Daniel, dia 15

Mais posts sobre o Salmo 78:

1 – Governando o coração

2 – Negando Jesus

3 – Provocando ao Altíssimo na solidão

4 – Mesa no deserto

5 – Rios em abundância

6 – O pão dos anjos

7 – Maus olhos contra Deus

8 – Com a língua Lhe mentiam

 

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Mesa no deserto

“E tentaram a Deus nos seus corações, pedindo carne para o seu apetite. E falaram contra Deus, e disseram: pode Deus preparar-nos uma mesa no deserto?”  Salmos 78.18-19

Nesta situação específica, não era fome o que eles sentiam, era vontade de comer. Ou seja, sem necessidade realmente. Se era apenas fruto de uma vontade, vinha do coração. E, como vimos anteriormente, o problema desse pessoal era justamente não governar o próprio coração, mas ser governado por ele. Eles davam livre curso a qualquer abobrinha, a qualquer sentimento ou vontade que lhes viesse ao coração.

 Por isso diz que eles tentaram a Deus nos seus corações. Porque não se tratava de uma necessidade legítima, mas de um capricho, já que o maná, que era um alimento nutricionalmente completo, lhes sustentava. E também não o pediram confiando na bondade e na misericórdia de Deus, que certamente não veria o menor problema em lhes satisfazer uma vontade que não lhes fosse fazer mal. Mas pediram com dúvida, falando mal de Deus durante o pedido, sugerindo que Ele não podia fazer o que queriam, ou que Ele deliberadamente não queria ajudá-los. Foram ingratos. Como muitas vezes nós somos.

Falaram contra Deus, questionando se Ele tinha poder para lhes dar carne e variar o cardápio. Mesmo isso já tendo acontecido antes! Por que o ser humano é assim? Por que a gente se esquece com facilidade daquilo que Deus fez por nós e, no próximo problema, fica ansioso, com medo, ou bravo porque algo que a gente quer não aconteceu instantaneamente? 

Não é difícil responder a essa pergunta quando pensamos mais um pouco. Quando agimos assim, estamos focados apenas naquilo que nós queremos ou precisamos (ou achamos que precisamos), mas não em Quem Deus é. E por “Quem Deus é”, não me refiro apenas ao poder que Ele tem, mas ao Seu caráter. E muitos ainda têm uma ideia errada a respeito do caráter de Deus. Alguns líderes religiosos passam essa ideia errada para não serem obrigados a assumir que eles é que estão errados. Preferem distorcer o caráter de Deus a assumir que não O conhecem. Até dizem que Deus pode agir na vida da pessoa, mas fazem parecer que Ele está distante e que talvez não queira realmente agir. Como confiar em alguém assim?

O povo não tinha essa desculpa. O líder deles ali era Moisés, que sempre se esforçava para mostrar a todos Quem Deus era. E Deus também nunca tentou se esconder deles, teve toda a paciência do mundo, na esperança de que acreditassem nEle. Que aprendessem a confiar. 

Como é fácil para o ser humano desconsiderar quem Deus é e limitar o Seu poder! Poderíamos dizer que hoje algumas pessoas têm desculpa por existir, de fato, um espírito enganador agindo em determinados movimentos religiosos, mas, pensando bem, nem isso é tanta desculpa assim. Porque além de termos também pastores comprometidos em levar a Palavra e mostrar Deus como Ele é, temos a Bíblia disponível para cada pessoa. Podemos (aqui no Brasil, pelo menos. Em alguns países isso não é permitido) pegar a Bíblia e ler, procurando entender o que Deus diz de Si mesmo. Querendo conhecer a respeito de Seu caráter, de Sua personalidade. 

E também dificilmente alguém que já tenha buscado a Deus não tenha tido alguma resposta dEle. Se a gente conseguir ao menos não se esquecer do que Ele já fez, talvez esta já seja uma forma de não cedermos à tentação da ingratidão e da incredulidade. E Ele é melhor do que a melhor pessoa que você já conheceu. Com certeza, ao ver o seu esforço em não ser injusto com Quem não merece, te receberá com os braços abertos e cuidará de você como Ele tanto quer. 

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Jejum de Daniel, dia 13

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8 – Com a língua Lhe mentiam

 

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