Categoria: Vida cristã

Explicando a questão da Doutrina da Graça 

Para quem ficou confuso quanto ao que o Bispo falou sobre o erro na doutrina da Graça: A Graça de Deus, o favor imerecido de que a Bíblia fala, não é a porta larga que a doutrina da Graça prega que é. Jesus veio dar a todos a oportunidade da salvação (e essa é a Graça), mas não veio alargar a porta. Quem não nega a si mesmo, não toma a sua cruz e não segue a Ele, não vai ser salvo, mesmo estando dentro de uma igreja. A graça, por si só, sem obediência, não basta para a salvação. 

Se você concorda com isso, estamos falando a mesma língua. É exatamente isso que o Bispo está dizendo. Acredite, tem gente por aí que prega o contrário. Tem gente que acha que o adultério a que não consegue resistir é um espinho na carne e que a graça de Deus lhe basta para a salvação, como se Deus relevasse o pecado. É contra isso que o Bispo está falando. Se você acha que a pessoa pode ser salva só pela graça, sem obediência, então peça orientação a Deus com humildade, querendo aprender, e Ele vai esclarecer. Ou rasgue todo o restante da Bíblia e fique só com esses versículos isolados. Só não reclame depois quando chegar lá e ouvir dEle “Nunca te conheci”.

Tenho pessoas do meu convívio que já acreditaram nisso e se deram muito mal. Caso não tenha ficado suficientemente claro: a santificação não é opcional, ela é PRÉ-REQUISITO para a salvação da alma. A pessoa chega até Jesus cheia de pecados, mas Ele a chama ao arrependimento e à mudança de direção. Conversão não é mudança de hábitos, é mudança de pensamento e atitude, com base na Palavra de Deus. O chamado do cristão é um chamado à OBEDIÊNCIA. Quem não obedece a Deus, não O ama. É o que está escrito. Quem ama, observa as Palavras dEle, ou seja, obedece. 

Como sempre, essas distorções doutrinárias são criadas por homens que buscam justificar seus próprios erros, sem querer sacrificar seus pecados; como se distorcer a mentira fizesse com que ela se tornasse verdade.

 Deus existe, Ele não muda — e Sua Palavra, também não. A graça dEle basta a quem obedece a Ele. A quem nega a si mesmo todos os dias, toma sobre si a sua cruz todos os dias e O segue todos os dias. Quanto aos demais, não importa há quantos anos frequentam uma igreja nem quantas vezes já leram a Bíblia. Não conseguirão convencer a Deus de que eles estão certos e a Palavra dEle, errada.

Ou despertam agora e abandonam de uma vez o pecado, sacrificando sua própria vontade, ou estão caminhando para a perdição, pelo caminho espaçoso. Vale saber o que você quer para a sua eternidade. A partir daí, escolha a conduta que terá hoje. Se quiser o céu, o único caminho para não desprezar a Graça de Deus é a humildade, o arrependimento e a obediência. 

 

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Para ler a matéria que fiz, vá ao blog do Bispo: O erro na doutrina da Graça.

PS. A matéria foi feita para o jornal Folha Universal, as aspas do Bispo foram tiradas de uma das lives que ele postou no Instagram em janeiro, falando sobre esse erro de achar que “a Minha graça te basta” é uma autorização para pecar.

PS2. Defendo e defenderei sempre a verdade sobre a salvação não ser festa da uva, porque o Reino dos Céus não é a casa da mãe Joana.

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O erro na doutrina da Graça

Quem quer ser cristão de verdade deve viver pela fé inteligente, e não pela fé emotiva, baseada em sentimentos e sensações.

A fé emocional é facilmente manipulável pelo diabo e afasta a pessoa de Deus, ainda que a aproxime da religião. Uma das estratégias mais usadas pelo mal para manipular as emoções é tirar versículos do contexto. Foi assim que se criou a “doutrina da graça”, que prega que não seria preciso esforço para entrar no Reino de Deus, porque a graça dEle nos bastaria.

Para apoiar essa ideia, muitos usam como argumento o versículo:

E disse-me: A Minha graça te basta, porque o Meu poder se aperfeiçoa na fraqueza. De boa vontade, pois, me gloriarei nas minhas fraquezas, para que em mim habite o poder de Cristo. 2 Coríntios 12:9

O Bispo Edir Macedo esclarece a que o versículo se refere: “O apóstolo Paulo tinha um grande problema, que se devia às revelações gloriosas que ele teve de Deus. Paulo subiu ao terceiro céu. Paulo viu coisas que não podia nem falar. Ele teve acesso a coisas extraordinárias. Mas para que não caísse no pecado do orgulho, do ensoberbecimento, Deus permitiu que tivesse um espinho na carne, enviado de satanás. Paulo não sabia. Estava lutando contra aquele espinho. Orou a Deus três vezes para tirá-lo, mas Deus não o removeu”.

Foi neste momento que Deus disse que a graça dEle bastava para aquela situação.

O Bispo explica a frase dentro do contexto: “Deus falou para ele: a minha graça te basta. O Meu favor te basta. Continue com esse espinho aí para que você se mantenha na fé e, pela fé, venha tomar posse da vida eterna”.

As “fraquezas” que Paulo menciona não tinham nada a ver com pecado, como o Bispo esclarece: “Paulo não vivia em pecado para que viesse aquele espinho, não. Paulo estava em uma excelente situação espiritual, mas para que ele não se ensoberbecesse, não se orgulhasse, Deus permitiu que o diabo colocasse aquele espinho na carne”.

Ou seja, não há a menor semelhança com a situação daqueles que querem usar a graça de Deus como salvo-conduto para continuar cedendo ao pecado.

O Bispo também relata que, ainda que a pessoa queira enganar sua consciência, a sujeira do pecado contamina o seu interior e traz, como consequência, a tristeza e o abatimento espiritual.

“A maioria dos que afirmam crer em Deus, diz: ‘Ah, Deus me conhece, Ele conhece a minha situação, Ele sabe da minha fraqueza’, como se Deus tolerasse os seus pecados. É por isso que essas pessoas se encontram caídas, prostradas, desanimadas, tristes e abatidas. A fonte delas não existe. O que há nelas é um poço de perdição, de pecados. É um poço de água podre, parada, cheia de bichos”.

E complementa: “Quando se está na fé emotiva, os pecadinhos ficam ali, enrustidos, adoçando aquela fé emotiva. A pessoa acaba se conformando com os seus ‘pecadinhos’ e ‘pecadões’, e a vida dela desce ladeira abaixo”.

Por isso, muitos que acreditam já ter garantido o seu lugar no céu estão caminhando a largos passos para o inferno. Usar textos bíblicos fora do contexto para levar a pessoa ao erro é uma estratégia antiga do diabo. Foi exatamente o que ele fez ao tentar Jesus no deserto. E se ele fez isso com o próprio Senhor Jesus, certamente vai tentar repetir a estratégia com quem quer segui-Lo.

Sendo assim, é importante estar atento e usar a inteligência para entender o que está escrito, raciocinando para saber o que aquilo quer dizer. Usar a fé racional, e jamais a fé emotiva, é a única forma de entender a Palavra de Deus.

A Bíblia demonstra claramente que a graça de Deus não nos autoriza a viver no pecado:

Segui a paz com todos, e a santificação, sem a qual ninguém verá o Senhor. Hebreus 12.14

Ou seja, separar-se do pecado é pré-requisito para a salvação da alma. A questão é que, para seguir a santificação, é necessário sacrificar a própria vida, renunciar às próprias vontades.

Nas palavras do Senhor Jesus, negar a si mesmo, tomar sobre si a sua cruz e segui-Lo (Marcos 8.34). Três níveis de sacrifício.

Porém, o Bispo Macedo mostra o principal problema: “A pessoa que tem uma fé emotiva não tem fé para sacrificar a vida dela. Não tem fé para sacrificar os pecados. Ela gosta de sentir aquele bem-estar que é falso e a faz perder a salvação”.

Para se consertar, é preciso decidir obedecer a Deus e sacrificar toda a sua vida. Não tem outro jeito. Talvez seja um discurso duro de ouvir, principalmente para quem está acostumado à ilusão, ao falso bem-estar de se sentir acolhido pela “graça”, vivendo desordenadamente, seguindo o próprio coração.

Mas é melhor ouvir a verdade enquanto há tempo. Como conclui o Bispo: “A verdade machuca, a verdade dói, mas a verdade liberta”.

*Matéria originalmente publicada na Folha Universal e no blog do Bispo Macedo.