Categoria: Vida cristã

O princípio da tentação parte 3: Resistir ao diabo

Eu disse ontem: “Resistir ao diabo não é ficar aguentando os ataques. Resistir ao diabo é atacar de volta, quantas vezes forem necessárias, até que ele fuja.” E acho que esse assunto merece um aprofundamento. 

O contexto em que a Bíblia diz “sujeitai-vos a Deus, resisti ao diabo e ele fugirá de vós” é o de guerra: Na guerra, resistir é permanecer lutando, e lutar mais forte. Quanto mais fraco um soldado se sentia, mais força ele colocava em sua espada. Ia com toda a força, porque era questão de vida ou morte. 

“Portanto, tomai toda a armadura de Deus, para que possais resistir no dia mau e, havendo feito tudo, ficar firmes.” (Efésios 6.13)

“Sede sóbrios; vigiai; porque o diabo, vosso adversário, anda em derredor, bramando como leão, buscando a quem possa tragar; ao qual resisti firmes na fé, sabendo que as mesmas aflições se cumprem entre os vossos irmãos no mundo.” (1 Pedro 5:8,9)

RESISTIR, com TODA A FORÇA, firme na fé na fé (ou seja, na CERTEZA fundamentada na Palavra de Deus),  LUTANDO, para permanecer firme depois de ter lutado e vencido tudo. 

Creio que é por isso que o diabo tenta difundir entre os crentes aquele conceito errado de “guerra espiritual”. Guerra espiritual existe, é óbvio, a Bíblia chama satanás de “nosso adversário” e diz que nossa luta não é contra as pessoas, e sim contra os demônios. No entanto, a pegadinha do diabo está em instituir a sua própria interpretação de como essa guerra espiritual funciona. 

Ele convence essas pessoas de que é muito difícil expulsar um demônio, de que a pessoa envolvida em guerra espiritual fica sendo atacada e atormentada pelo diabo, e que isso é normal. Você vê histórias como as da Rebecca Brown (já escrevi sobre isso, vou deixar o link no final) e pensa: se as coisas realmente fossem assim, quem iria querer fazer parte dessa guerra espiritual? Quem quisesse viver em paz, fugiria de qualquer confronto contra o diabo, o que é exatamente o que ele quer. 

Então, de um lado estão aqueles que têm medo de se envolver, e de outro estão aqueles que se envolvem na força do braço e aceitam toda a perturbação que o diabo lhes envia (chegando ao ponto de ter crente tendo visões de demônios e achando que isso é sinal de santidade), usando a fé misturada com sentimento e não chegando a lugar algum. Quando a coisa aperta e precisam realmente usar a fé pura, consciente, não têm fé para usar, porque nunca a exercitaram. 

Não gosto de falar sobre a ação do diabo, como se ele tivesse muito poder. Ele não tem mais, pois já foi derrotado. Mas é preciso falar, porque o poder que as pessoas ainda dão a ele está naquilo que elas aceitam em suas vidas. É por isso que a Palavra de Deus diz: “não deis lugar ao diabo”, porque é a gente que dá espaço ao mal em nossa vida quando tenta fazer as coisas da nossa própria cabeça e acaba ouvindo o ladrão. 

Então, enquanto a terra durar, a gente vai ter que continuar falando e ouvindo sobre o diabo. Mas que façamos isso do jeito certo, entendendo que qualquer cristão, mesmo o recém-convertido, tem mais poder do que o diabo, porque recebeu autoridade no Nome de Jesus, para ser representante dEle em qualquer lugar, em qualquer situação. 

Mas a guerra existe, e existirá até a batalha final, quando o diabo e seus anjos forem lançados no lago de fogo. Por isso, a nossa parte precisa ser feita. Reconhecer as tentações, resistir a elas com toda a nossa força, ler e obedecer à Palavra de Deus e buscar o Espírito Santo, para que estejamos sempre firmes, blindados e ouvindo a voz do Pastor.

Leia também:

Não deixe criar este espaço

A voz do ladrão X A voz do Pastor 

Livros que não são o que parecem: Ele veio para libertar os cativos

O sacrifício de estar envolvido com libertação

 

Para ver o restante da série O princípio da tentação:

Parte 1: O mal batendo na porta

Parte 2: Tentação de coisa ruim?

Parte 4: Todo problema é uma tentação em potencial

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O princípio da Tentação — parte 2: Tentação de coisa ruim?

Ontem coloquei o testemunho da Luciene Batista, que ela escreveu em um comentário do YouTube. Se você ainda não leu o testemunho dela, clique aqui para ler

Note que ela diz que a libertação foi instantânea, mas que as tentações duraram DOIS MESES. Gente, desde que li este testemunho, minha ficha caiu. Para quem não sabe, venho lutando contra um problema de saúde há alguns anos. Percebi que todas as vezes que eu cria que havia sido curada (após alguma oração de cura na igreja, ou mesmo em casa), eu realmente cria e percebia que estava curada, mas acontecia alguma coisa, eu tinha uma recaída e ficava pior do que antes. Era um padrão que se repetia e eu não sabia como interromper.

Quando li esse testemunho, me dei conta de que o diabo se aproveita de alguma fragilidade para trazer uma tentação em forma de sentimento ou de sensação. E comecei a ver cada sintoma como uma tentação à incredulidade. Tudo o que nos tenta a duvidar é uma tentação. E deve ser tratado como tal. 

A gente sempre pensa em tentação como alguma coisa desejável ou prazerosa. É fácil imaginar alguém sendo tentado com sexo, comida, álcool, cigarro, drogas, dinheiro ou algo que a pessoa queira ter na vida dela. Mas o diabo também tenta com coisas indesejáveis. A pessoa pode ser tentada a ficar com raiva, a se sentir vítima, a ficar triste, a alimentar a depressão, a alimentar um mau pensamento, a ter maus olhos… As possibilidades são infinitas. Se você pensar bem, vai perceber que tentação com coisas ruins é muito mais comum do que com coisas prazerosas. 

Tentação é tudo aquilo que tenta nos levar a pecar. Pecar é desobedecer a Deus, errar o alvo. Se Deus nos manda confiar nEle e alguma situação surge para levar você a se entregar ao medo ou à ansiedade, isso também é uma tentação. A dúvida é uma tentação, uma situação adversa pode ser uma tentação… qualquer coisa pode ser usada como tentação para nos tirar do caminho. Por isso somos orientados tantas vezes na Bíblia a manter a vigilância. 

Depois de uma Palavra que ouvi na igreja em uma reunião de domingo, entendi que eu estava coxeando entre dois pensamentos. Uma hora acreditava na Palavra de Deus, na voz da fé, e outra hora acreditava na palavra dos sintomas, no que eu estava sentindo. Estava entre essas duas vozes. E os sintomas vinham para me tentar a deixar de ouvir a voz de Deus. A escolher a voz errada. 

Como eu disse, o que achei mais interessante no testemunho da Luciene foi a perseverança dela em se manter na mesma fé até ver o resultado que ela cria. Não é exatamente isso que a gente sempre ouve na igreja? Sobre não desanimar no meio do caminho e continuar firme na CERTEZA do que a Palavra diz? Mas a religiosidade é um sentimento, e é muito fácil a gente achar bonito o que o pastor diz, até concordar, e esquecer do que aquilo significa na hora em que deveria colocar em prática. 

Pela doença ter sido longa e arrastada, cedi muito para o que sentia, principalmente fisicamente. Por já ter tido depressão no passado, tenho a tendência de blindar a minha mente e não aceitar nenhum pensamento derrotista, nenhum pensamento catastrófico, nenhuma tristeza ou desânimo de alma. Contra isso eu luto ativamente e essa porta não abro mais. Mas estava aceitando o que eu sentia no corpo, e tentando gerenciar. 

Cria que estava curada e que um dia veria o resultado e, enquanto isso, tentava lidar com o problema com os recursos que a medicina tem (que não tem, já que a doença é crônica e não tem cura, só controle de sintomas. E, no meu caso, nem controle conseguia ter. Toda melhora não durava mais do que um mês). 

Agora entendi que eu tenho que resistir até me ver livre disso, não importa quanto tempo demore. Decidindo crer na Palavra da Verdade (afinal de contas, já está escrito que Ele levou sobre Si todas as minhas enfermidades) e expulsando cada sintoma e cada dor, nem que eu tenha que passar o dia inteiro fazendo isso. E, assim, finalmente consegui sair daquele círculo de melhora/piora e caminhar rumo à recuperação verdadeira.  A Bíblia diz: Sujeitai-vos, pois, a Deus, resisti ao diabo, e ele fugirá de vós. (Tiago 4.7) Ou seja, obedeça à Palavra, creia no que está escrito e resista até o diabo fugir. 

Resistir ao diabo não é ficar aguentando os ataques. Resistir ao diabo é atacar de volta, quantas vezes forem necessárias, até que ele fuja. Porque a Palavra diz que recebemos autoridade para isso, então é como a Luciene disse, quando a gente usa o nome de Jesus para expulsar o mal, ele sai, porque a Palavra diz que ele sai. Mas ele tenta voltar, Jesus também nos avisou disso. E nossa obrigação é resistir, nos mantendo firmes na fé que nos libertou, até que se cumpra a Palavra que diz que o diabo foge de quem se sujeita a Deus e resiste ao diabo. 

Vê, tudo é a Palavra. É entender a Palavra como verdade única e irrefutável. Tudo é nessa fé bem consciente, sem sentimentalismo. Mas a tentação do sentimento vai vir, principalmente no começo, porque ainda estamos acostumados a ceder ao sentimento, e o diabo vai tentar naquilo que funciona. 

Bem, acho que já falei demais por hoje. Amanhã vamos falar mais sobre resistir ao diabo. 

 

Pra ver o restante da série:

Parte 1: O mal batendo na porta

Parte 3: Resistir ao diabo

 

PSTemos mensagens neste blog durante o Jejum de Daniel. Se os posts estão ajudando você, compartilhe o blog com seus amigos que também estão no Jejum. Muitas pessoas não estão entrando nas redes sociais e não sabem (ou não se lembram) da existência deste blog.

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