Categoria: Ponto de Vista

BISPO MACEDO DEU SERMÃO HOMOFÓBICO?

O UOL, veículo campeão de fake news e notícias tendenciosas contra a Igreja Universal, somou à sua invencibilidade mais uma no fim de semana. Conseguiu transformar um momento familiar e de amor ao próximo em uma suposta polêmica de homofobia.

Desta vez, o ataque veio por meio do site “Notícias da TV”, de Daniel Castro, braço do portal UOL dedicado a fofocas sobre televisão.

O texto “Edir Macedo compara gay a bandido em sermão homofóbico na Record”, escrito sobre uma frase fora de contexto, tenta emplacar a narrativa de que a mensagem de natal do Bispo Macedo foi um “sermão homofóbico”, o que é mentira. Aparentemente, o jornalista nem assistiu à mensagem, pois diz que “Macedo lia uma passagem bíblica sobre a importância da união familiar quando decidiu abordar a questão dos pecados do mundo”. Isso está bem longe do que passou na Record às 18h do dia 24 de dezembro. Em nenhum momento o Bispo leu passagem bíblica sobre a importância da união familiar. O assunto da mensagem não era esse. Era, sim, o cuidado que Deus tem com os excluídos da sociedade, especialmente os presidiários, a quem ele dirigiu a palavra.

Logo no início, o público conheceu o testemunho de Carlos Eduardo. Abandonado pelos pais, cresceu na rua, viveu no crime e, quando conheceu a Deus, teve sua vida e seu caráter transformados, sendo hoje um membro produtivo da sociedade. Após passar quinze anos morando na rua e onze anos preso, ele hoje tem seu nome limpo e sua dignidade restaurada. História extraordinária, com provas (uma matéria jornalística antiga mostra uma das prisões de Carlos, mais novo e mais magro), ignorada pelo UOL.

Em seguida, o Bispo voltou ao vivo, lendo uma passagem bíblica que mostra que Jesus escolhe os excluídos da sociedade. E garantiu que a pessoa pode mudar de vida, ainda que esteja presa e não tenha acesso a uma igreja. Desde que fale com Deus. Mesmo que esteja com a consciência pesada pelo que fez, Deus conhece seus porquês.

Então, disse a fala que foi distorcida pela matéria: “Ninguém nasce ladrão, ninguém nasce bandido, ninguém nasce homossexual, lésbica, ninguém nasce mau, todo mundo nasce perfeito, com a sua inocência. Porém, o mundo faz das pessoas aquilo que elas são quando elas aderem ao mundo. Mas o Senhor Jesus está com todos aqueles que estão nessa situação de exclusão. Ele está aí com você”. Depois, convidou a fazer uma oração sincera para Deus, com suas próprias palavras, um juramento: “‘Se o Senhor existe, mesmo, me dê uma chance. Se o senhor me der uma chance eu vou Te seguir e Te servir pelo resto da minha vida’. […] Se você fizer isso com sinceridade, Ele vai tirar a culpa que está sobre os seus ombros e vai libertar você, porque Ele veio para os excluídos”.

O contexto era de que ninguém nasce destinado a fazer ou ser algo, mas pode fazer suas escolhas e mudar de vida, ainda que, ao longo dela, tenha escolhido o que lhe trouxe sofrimento. Como o Carlos, que entrou no mundo do crime por escolhas erradas, movido pelo abandono, desprezo e miséria que sofreu desde a infância. Uma mensagem de esperança, que mostra a transformação que ninguém mais é capaz de fazer. Prova de que Deus age na vida daqueles que se entregam a Ele. E se Ele pôde fazer tudo isso, restaurar a dignidade, bondade e alegria de alguém que parecia irremediavelmente destinado à destruição, o que não pode fazer na vida dos que assistiam àquela programação, dos desprezados deste mundo?

Essa é a mensagem da Bíblia, perfeitamente adequada a uma mensagem de Natal. Discurso que contraria a narrativa dos contaminados pelas ideologias deste mundo, que ouvem um programa desses e só conseguem ver um preconceito que não existe. Ao colocar o foco em questões que sequer foram abordadas no programa, deixam evidente que não se importam com os excluídos. O desejo de encontrar alguma coisa para criticar a mensagem cristã lhes cega os olhos até mesmo para a verdadeira notícia, que merecia nota especial: o dono de uma emissora de TV aberta direcionar uma mensagem de Natal aos presidiários, que geralmente passam a data sozinhos, sem família, desprezados e acreditando não terem mais salvação. Quantas vezes isso já aconteceu?

Esse tipo de anomalia jornalística do UOL tem o objetivo de contaminar os leitores com seu preconceito, emplacando uma narrativa que autorize o poder público a agir contra a mensagem cristã nos meios de comunicação. A meta é encontrar alguma forma de criminalizar o discurso cristão, como um todo, ainda que, para isso, tenha que ignorar uma mensagem de esperança aos sofridos, aos excluídos que eles tanto dizem defender.

Quem assistiu, sabe que não houve ódio na fala do Bispo Edir Macedo. E quem leu a matéria do UOL (ou em outro canal de notícias que preguiçosamente apenas copiou e colou), também sabe que o ódio veio sim — desse portal que não poupa nem a data natalina para derramar seu preconceito contra a Universal e os cristãos em geral.

Assista na íntegra a cerimônia:

Publicado originalmente no portal universal.org

Política e religião

Sempre que um pastor fala de política, alguém comenta dizendo que não se deve misturar política com religião. Não sei de onde tiram isso. A Bíblia mistura política com religião o tempo todo. Na história da nação de Israel, Deus estava diretamente envolvido em questões do governo. Depois, no exílio, Ele colocou Daniel na política da Babilônia. Do mesmo modo fez na Pérsia, com Ester, e também com Neemias, que foi governador em Jerusalém na reconstrução do muro da cidade. Por interferir na vida de todos, política é um assunto extremamente espiritual. 

Muito acima de ser uma religião, o cristianismo é um conjunto de valores e princípios, uma filosofia de vida que faz parte de nossa identidade. Pode — e deve — participar da vida pública. Ninguém melhor do que nós para defender o que nos é importante. E não há como saber o que é importante sem entregar tudo para Deus — inclusive nossas opiniões. Eu passei por isso. Fui de esquerda a vida toda, votei no PT de 1998 a 2014. Quando o Republicanos deixou o governo Dilma, pouco antes do impeachment, e a igreja passou a se inclinar cada vez mais à direita, confesso que fiquei confusa. 

Pela primeira vez em 16 anos, eu discordava da igreja em algum aspecto e — pior — não estava nem entendendo a linha de pensamento da igreja sobre isso. Não disse nada a ninguém, não critiquei em momento nenhum, mas dentro de mim, eu estava em conflito. Então, comecei a orar, pedindo a Deus que abrisse os olhos dos bispos para o que estavam fazendo (de tão certa que estava da minha opinião). E a resposta de Deus foi me mostrar, sutilmente, que não eram eles que precisavam abrir os olhos. 

Essa percepção me veio lá no fundo e acendeu um pequeno alerta que, por já ter submetido toda a minha vida a Deus, não pude ignorar. Então mudei minha oração e disse: “Deus, eu sei que a Igreja é Tua, que o Bispo é Teu servo e que ele não é maluco. Não estou entendendo essa mudança de orientação política. Eu pedi para o Senhor fazer eles voltarem para a esquerda, mas estão indo cada vez mais para a direita, então, Te peço: se sou eu que estou errada, me mostra. Quero ver como o Senhor vê e pensar como o Senhor pensa. Então entrego ao Senhor todas as minhas opiniões e, a partir de agora, me ensina”. 

Graças a Deus pela inspiração dessa oração! A partir dali, parei de olhar a direita através do modo de pensar da esquerda (o que me fazia vê-los como malucos e incoerentes) e comecei a buscar entender como realmente pensavam. Cogitei a hipótese de estar errada, queria entender o pensamento de Deus. E Ele abriu meu entendimento! 

Parei de ouvir querendo combater e passei a ouvir querendo entender. Era como aprender um idioma diferente. Nossa percepção de mundo se estrutura sobre as definições que absorvemos e as opiniões que construímos. Não temos acesso direto à realidade, ela chega até nós através da interpretação que fazemos dela. Nossas opiniões são os óculos que decidimos usar para enxergar a realidade. Por isso, precisamos submetê-las a Deus e pedir que Ele as molde de acordo com as dEle, porque Ele é a Verdade, e não nós. 

Porque Deus é a Verdade, somente os “óculos” da Palavra de Deus nos permitem enxergar como as coisas realmente são. Ainda bem que eu fiz aquela oração, e consegui entender o que realmente importava para Deus. Qual dos dois lados estava comprometido com os principais valores que manteriam a sociedade coesa e em condições de permitir a evangelização nesses últimos dias, e qual dos dois lados estava buscando outros interesses, com inclinação anti-cristã (óbvio que eles nunca vão admitir isso com essas palavras, mas é a realidade)? 

 Meu compromisso não é com a direita, é com o Evangelho. E agora, realmente entendendo os dois lados, sei que a esquerda está fundamentada em princípios contrários aos do Evangelho. Mas não tenho a pretensão de convencer disso sozinha quem está hoje na mesma situação que eu estava em 2016. Minha sugestão, então, a quem ainda questiona se esse posicionamento ostensivamente à direita que a igreja está assumindo agora é certo, é: coloque no Altar as suas convicções políticas e peça a Deus que lhe abra os olhos para o que ELE pensa, para que você entenda a opinião dEle. 

Não vou mentir, esse é um sacrifício muito difícil de se fazer. Porque colocar um mau comportamento no Altar é fácil, colocar um vício no Altar é fácil, colocar dinheiro no Altar é mais fácil ainda. Mas colocar uma opinião no Altar? Uma CONVICÇÃO no Altar? Aí é muito mais profundo. É destruir uma fortaleza na nossa mente, para construir um Altar para Deus. Exige humildade, entrega e confiança. Mas como todo sacrifício sincero, gera intimidade com Ele. E dá resultado, porque é obediência.

“Porque as armas da nossa milícia não são carnais, mas sim poderosas em Deus para destruição das fortalezas; destruindo os conselhos, e toda a altivez que se levanta contra o conhecimento de Deus, e levando cativo todo o entendimento à obediência de Cristo”

2 Coríntios 10.4-5