Eu disse ontem: “Resistir ao diabo não é ficar aguentando os ataques. Resistir ao diabo é atacar de volta, quantas vezes forem necessárias, até que ele fuja.” E acho que esse assunto merece um aprofundamento. 

O contexto em que a Bíblia diz “sujeitai-vos a Deus, resisti ao diabo e ele fugirá de vós” é o de guerra: Na guerra, resistir é permanecer lutando, e lutar mais forte. Quanto mais fraco um soldado se sentia, mais força ele colocava em sua espada. Ia com toda a força, porque era questão de vida ou morte. 

“Portanto, tomai toda a armadura de Deus, para que possais resistir no dia mau e, havendo feito tudo, ficar firmes.” (Efésios 6.13)

“Sede sóbrios; vigiai; porque o diabo, vosso adversário, anda em derredor, bramando como leão, buscando a quem possa tragar; ao qual resisti firmes na fé, sabendo que as mesmas aflições se cumprem entre os vossos irmãos no mundo.” (1 Pedro 5:8,9)

RESISTIR, com TODA A FORÇA, firme na fé na fé (ou seja, na CERTEZA fundamentada na Palavra de Deus),  LUTANDO, para permanecer firme depois de ter lutado e vencido tudo. 

Creio que é por isso que o diabo tenta difundir entre os crentes aquele conceito errado de “guerra espiritual”. Guerra espiritual existe, é óbvio, a Bíblia chama satanás de “nosso adversário” e diz que nossa luta não é contra as pessoas, e sim contra os demônios. No entanto, a pegadinha do diabo está em instituir a sua própria interpretação de como essa guerra espiritual funciona. 

Ele convence essas pessoas de que é muito difícil expulsar um demônio, de que a pessoa envolvida em guerra espiritual fica sendo atacada e atormentada pelo diabo, e que isso é normal. Você vê histórias como as da Rebecca Brown (já escrevi sobre isso, vou deixar o link no final) e pensa: se as coisas realmente fossem assim, quem iria querer fazer parte dessa guerra espiritual? Quem quisesse viver em paz, fugiria de qualquer confronto contra o diabo, o que é exatamente o que ele quer. 

Então, de um lado estão aqueles que têm medo de se envolver, e de outro estão aqueles que se envolvem na força do braço e aceitam toda a perturbação que o diabo lhes envia (chegando ao ponto de ter crente tendo visões de demônios e achando que isso é sinal de santidade), usando a fé misturada com sentimento e não chegando a lugar algum. Quando a coisa aperta e precisam realmente usar a fé pura, consciente, não têm fé para usar, porque nunca a exercitaram. 

Não gosto de falar sobre a ação do diabo, como se ele tivesse muito poder. Ele não tem mais, pois já foi derrotado. Mas é preciso falar, porque o poder que as pessoas ainda dão a ele está naquilo que elas aceitam em suas vidas. É por isso que a Palavra de Deus diz: “não deis lugar ao diabo”, porque é a gente que dá espaço ao mal em nossa vida quando tenta fazer as coisas da nossa própria cabeça e acaba ouvindo o ladrão. 

Então, enquanto a terra durar, a gente vai ter que continuar falando e ouvindo sobre o diabo. Mas que façamos isso do jeito certo, entendendo que qualquer cristão, mesmo o recém-convertido, tem mais poder do que o diabo, porque recebeu autoridade no Nome de Jesus, para ser representante dEle em qualquer lugar, em qualquer situação. 

Mas a guerra existe, e existirá até a batalha final, quando o diabo e seus anjos forem lançados no lago de fogo. Por isso, a nossa parte precisa ser feita. Reconhecer as tentações, resistir a elas com toda a nossa força, ler e obedecer à Palavra de Deus e buscar o Espírito Santo, para que estejamos sempre firmes, blindados e ouvindo a voz do Pastor.

Leia também:

Não deixe criar este espaço

A voz do ladrão X A voz do Pastor 

Livros que não são o que parecem: Ele veio para libertar os cativos

O sacrifício de estar envolvido com libertação

 

Para ver o restante da série O princípio da tentação:

Parte 1: O mal batendo na porta

Parte 2: Tentação de coisa ruim?

Parte 4: Todo problema é uma tentação em potencial

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1 Comment on O princípio da tentação parte 3: Resistir ao diabo

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