Ontem coloquei o testemunho da Luciene Batista, que ela escreveu em um comentário do YouTube. Se você ainda não leu o testemunho dela, clique aqui para ler

Note que ela diz que a libertação foi instantânea, mas que as tentações duraram DOIS MESES. Gente, desde que li este testemunho, minha ficha caiu. Para quem não sabe, venho lutando contra um problema de saúde há alguns anos. Percebi que todas as vezes que eu cria que havia sido curada (após alguma oração de cura na igreja, ou mesmo em casa), eu realmente cria e percebia que estava curada, mas acontecia alguma coisa, eu tinha uma recaída e ficava pior do que antes. Era um padrão que se repetia e eu não sabia como interromper.

Quando li esse testemunho, me dei conta de que o diabo se aproveita de alguma fragilidade para trazer uma tentação em forma de sentimento ou de sensação. E comecei a ver cada sintoma como uma tentação à incredulidade. Tudo o que nos tenta a duvidar é uma tentação. E deve ser tratado como tal. 

A gente sempre pensa em tentação como alguma coisa desejável ou prazerosa. É fácil imaginar alguém sendo tentado com sexo, comida, álcool, cigarro, drogas, dinheiro ou algo que a pessoa queira ter na vida dela. Mas o diabo também tenta com coisas indesejáveis. A pessoa pode ser tentada a ficar com raiva, a se sentir vítima, a ficar triste, a alimentar a depressão, a alimentar um mau pensamento, a ter maus olhos… As possibilidades são infinitas. Se você pensar bem, vai perceber que tentação com coisas ruins é muito mais comum do que com coisas prazerosas. 

Tentação é tudo aquilo que tenta nos levar a pecar. Pecar é desobedecer a Deus, errar o alvo. Se Deus nos manda confiar nEle e alguma situação surge para levar você a se entregar ao medo ou à ansiedade, isso também é uma tentação. A dúvida é uma tentação, uma situação adversa pode ser uma tentação… qualquer coisa pode ser usada como tentação para nos tirar do caminho. Por isso somos orientados tantas vezes na Bíblia a manter a vigilância. 

Depois de uma Palavra que ouvi na igreja em uma reunião de domingo, entendi que eu estava coxeando entre dois pensamentos. Uma hora acreditava na Palavra de Deus, na voz da fé, e outra hora acreditava na palavra dos sintomas, no que eu estava sentindo. Estava entre essas duas vozes. E os sintomas vinham para me tentar a deixar de ouvir a voz de Deus. A escolher a voz errada. 

Como eu disse, o que achei mais interessante no testemunho da Luciene foi a perseverança dela em se manter na mesma fé até ver o resultado que ela cria. Não é exatamente isso que a gente sempre ouve na igreja? Sobre não desanimar no meio do caminho e continuar firme na CERTEZA do que a Palavra diz? Mas a religiosidade é um sentimento, e é muito fácil a gente achar bonito o que o pastor diz, até concordar, e esquecer do que aquilo significa na hora em que deveria colocar em prática. 

Pela doença ter sido longa e arrastada, cedi muito para o que sentia, principalmente fisicamente. Por já ter tido depressão no passado, tenho a tendência de blindar a minha mente e não aceitar nenhum pensamento derrotista, nenhum pensamento catastrófico, nenhuma tristeza ou desânimo de alma. Contra isso eu luto ativamente e essa porta não abro mais. Mas estava aceitando o que eu sentia no corpo, e tentando gerenciar. 

Cria que estava curada e que um dia veria o resultado e, enquanto isso, tentava lidar com o problema com os recursos que a medicina tem (que não tem, já que a doença é crônica e não tem cura, só controle de sintomas. E, no meu caso, nem controle conseguia ter. Toda melhora não durava mais do que um mês). 

Agora entendi que eu tenho que resistir até me ver livre disso, não importa quanto tempo demore. Decidindo crer na Palavra da Verdade (afinal de contas, já está escrito que Ele levou sobre Si todas as minhas enfermidades) e expulsando cada sintoma e cada dor, nem que eu tenha que passar o dia inteiro fazendo isso. E, assim, finalmente consegui sair daquele círculo de melhora/piora e caminhar rumo à recuperação verdadeira.  A Bíblia diz: Sujeitai-vos, pois, a Deus, resisti ao diabo, e ele fugirá de vós. (Tiago 4.7) Ou seja, obedeça à Palavra, creia no que está escrito e resista até o diabo fugir. 

Resistir ao diabo não é ficar aguentando os ataques. Resistir ao diabo é atacar de volta, quantas vezes forem necessárias, até que ele fuja. Porque a Palavra diz que recebemos autoridade para isso, então é como a Luciene disse, quando a gente usa o nome de Jesus para expulsar o mal, ele sai, porque a Palavra diz que ele sai. Mas ele tenta voltar, Jesus também nos avisou disso. E nossa obrigação é resistir, nos mantendo firmes na fé que nos libertou, até que se cumpra a Palavra que diz que o diabo foge de quem se sujeita a Deus e resiste ao diabo. 

Vê, tudo é a Palavra. É entender a Palavra como verdade única e irrefutável. Tudo é nessa fé bem consciente, sem sentimentalismo. Mas a tentação do sentimento vai vir, principalmente no começo, porque ainda estamos acostumados a ceder ao sentimento, e o diabo vai tentar naquilo que funciona. 

Bem, acho que já falei demais por hoje. Amanhã vamos falar mais sobre resistir ao diabo. 

 

Pra ver o restante da série:

Parte 1: O mal batendo na porta

Parte 3: Resistir ao diabo

 

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2 Comments on O princípio da Tentação — parte 2: Tentação de coisa ruim?

  1. Lendo esse post me lembrei da minha gravidez. Já havia perdido um bebê que nasceu prematuro e tive muitos problemas na gestação seguinte que só foram vencidos através da fé, ignorei totalmente o que sentia( dores) e passei a agir como uma pessoa curada. Quando minha crença ficou materializada nas minhas atitudes todos os dias é que eu venci. Não foi fácil, repetia constantemente para mim mesma que estava curada, via e tratava meu corpo como o de uma pessoa normal mesmo sentindo dores. Passei a ficar em pé, realizar os serviços de casa, me sentar …tudo que estava proibida de fazer. Passei a fazer o que uma pessoa com saúde faria pois me via assim. Desenganada desde o início da gravidez, internada algumas vezes, mas tranquila e certa da minha vitória. Após meses, perto de nascer a criança parei de sentir dores. Meu filho nasceu com saúde e me deixou um aprendizado. Não foi suficiente eu fazer votos, jogar a sacola de medicação fora( num dia de revolta) frequentar as reuniões de cura, utilizar as minhas palavras para dizer que estava curada se as minhas atitudes permaneciam de uma pessoa doente( permanecia deitada, sentindo muitas dores…)quando mudei as minhas atitudes, ou Deus me curava ou perderia mais um filho, Ele honrou.

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