O pão dos anjos

Deus não fez pouco por Seu povo quando o tirou do Egito. Deus os sustentou com o que havia de melhor. Ele lhes deu comida a fartar. Era mais do que suficiente para suprir a necessidade. Era muito mais do que conseguiriam sozinhos. Estavam no deserto, não poderiam suprir para si, mas podiam contar com a proteção e o cuidado do Todo-Poderoso. Mas mesmo sabendo que Ele podia tudo, não creram, nem confiaram. Por quê? Porque olharam mais para a situação do que para Deus. Consideraram mais a circunstância do que o que Deus poderia fazer.

“Portanto o Senhor os ouviu e Se indignou; e acendeu fogo contra Jacó, e furor também subiu contra Israel, porquanto não creram em Deus, nem confiaram na Sua Salvação, ainda que mandara às altas nuvens, e abriu as portas dos céus, e chovera sobre eles o maná para comerem, e lhes dera do trigo do céu. O homem comeu o pão dos anjos, Ele lhes mandou comida a fartar.” Salmos 78.21-25

Não creram em Deus, nem confiaram na Sua Salvação, mesmo depois de tudo o que Ele fez por eles, não só para tirá-los da escravidão, mas também para sustentá-los no deserto. O homem comeu o pão dos anjos. Isto é, Deus providenciou o que nem era para o ser humano. O povo não tinha direito ao maná (afinal, é o pão dos anjos), mas o recebeu pelo amor e misericórdia de Deus, que lhes deu o melhor que Ele tinha para que eles pudessem sobreviver e permanecer saudáveis durante toda a caminhada pelo deserto. 

O pão dos anjos, que é o Maná, representa o cuidado diário de Deus com aqueles que são dEle. É o pão nosso de cada dia, o sustento que vem das janelas dos céus abertas pelo próprio Deus na vida de quem tem uma aliança com Ele. 

E durante todo aquele tempo, até enquanto o povo estava errando, até enquanto Deus estava indignado, o maná continuou caindo, dia após dia, até finalmente se assentarem na Terra Prometida e comerem os frutos da terra. Porque Deus havia empenhado a palavra de que os sustentaria no deserto, a palavra foi cumprida até o fim. Esta é a fidelidade dEle: a certeza de que Ele vai honrar Sua Palavra até o fim. Ele prometeu sustento, então o povo deveria saber que Ele iria sustentar. E eles poderiam confiar. Se entregar. Crer.

Crer em Deus é se entregar a Ele, sabendo do Seu caráter, sabendo que Ele é provedor, que Ele nos ama e quer o melhor para nós. Confiar na Salvação dEle é saber que dEle virá o nosso socorro, não importa a situação que estejamos vivendo, não importa o que estejamos vendo. 

Confiar é se manter firme pela convicção do resultado. É olhar para frente com segurança, por saber Quem Deus é. Tanto crer quanto confiar são o contrário de duvidar, A dúvida mostra que estamos desconsiderando tudo o que Deus é e faz, como se O chamássemos de mentiroso. Por isso Ele Se indignou contra o povo. 

A dúvida recorrente e irritante, que desconsidera tudo o que Deus fez, desperta nEle indignação, como despertaria em nós, caso alguém por quem tanto nos sacrificamos ainda duvidasse das nossas boas intenções e nos julgasse mal. É ingratidão e é sinal de um problema interior muito sério. 

A pessoa que duvida e insiste na dúvida, se mantendo na insegurança, age assim porque não se entregou a Deus de verdade. E, se entregou, pegou de volta e precisa entregar de novo. Porque quando se entrega de verdade, a pessoa obrigatoriamente confia, pois já espera de Deus soluções fantásticas, como o mar se abrindo e pão caindo do céu. E valoriza cada pequena vitória que Deus lhe dá. Ela é grata e não fica só pedindo, reclamando e exigindo.

 Ser grato pelo primeiro presente e expressar essa gratidão leva o presenteador a querer dar mais, porque ficou feliz pela reação de quem recebeu. Dar reconhecimento, dar graças, dar confiança, dar fé, são coisas que estão ao nosso alcance fazer para Deus. Somos gratos quando somos humildes, quando sabemos o nosso lugar e o lugar de Deus. Fazemos o nosso melhor dentro do que podemos, mas não achamos que nosso esforço ou trabalho nos dará o que queremos. O que queremos vem de Deus. Vem dEle todo cuidado conosco. 

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Jejum de Daniel, dia 15

Mais posts sobre o Salmo 78:

1 – Governando o coração

2 – Negando Jesus

3 – Provocando ao Altíssimo na solidão

4 – Mesa no deserto

5 – Rios em abundância

6 – O pão dos anjos

7 – Maus olhos contra Deus

8 – Com a língua Lhe mentiam

 

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Rios em abundância

“Eis que feriu a penha, e águas correram dela: rebentaram ribeiros em abundância. Poderá também dar pão, ou preparar carne para o Seu povo?” Salmos 78.20

O povo até lembrava do que Deus tinha feito, mas mesmo assim continuava duvidando, como se houvesse alguma coisa difícil para Deus. Realmente, é irritante. Quem vive na dúvida é assim. Deus faz uma coisa, a pessoa até fica feliz, mas nunca é suficiente, porque logo na próxima necessidade ou vontade, o medo vem, a ansiedade toma conta e ela duvida de novo. 

Imagina Deus ter que ficar provando que tem poder e que quer responder, a cada nova situação? Por que a pessoa não entende logo como Ele é e decide acreditar? Por falta de se entregar a Deus. Lembra do peixinho da vizinha, que ficou na minha casa por quase uma semana? Ele não tinha opção. Se não confiasse em mim, tudo o que fizesse seria risco para ele. Mas ele poderia ficar preocupado, ansioso, sem saber se receberia ração ou não, sem saber se a água ficaria suja ou não… 

E tem um monte de coisa que eu estava providenciando para ele e que ele nem sabia que existia (e continua até hoje sem saber). Ele não sabia que eu tinha que controlar a temperatura, ele não sabia que eu tinha que monitorar a presença de amônia tóxica, a presença de cloro, a presença de nitritos, o PH da água… aliás, ele jamais saberá o que é PH! E nem precisa saber, porque essa é responsabilidade do dono, não dele. A gente não tem ideia do quanto Deus nos supre, do quanto Ele cuida da gente, da quantidade de parâmetros pelos quais ele é responsável em nossa vida, para nossa manutenção. 

E a gente fica pelos cantos, reclamando e lamentando, se preocupando e se descabelando por coisas que não deveriam ser da nossa alçada. Sem Ele a gente não consegue fazer nada! Sem ele, a gente nem sabe como viver. Tem a ilusão de que sabe, mas fica dando cabeçada na parede e empilhando erro sobre erro. Por anos a fio.

Nem parece fazer sentido esse pensamento. Como assim, “Deus feriu a pedra, correram dela RIOS EM ABUNDÂNCIA, será que Ele também pode nos dar pão ou preparar carne para o povo dEle?”? Pôxa, o povo é DELE, e Ele já fez coisa impossível, como é que pode passar na cabeça de alguém duvidar do que Ele pode fazer depois? Os rios em abundância saindo de dentro da pedra no meio do deserto deveriam ser mais do que suficiente para fazer o povo esperar tanto o pão quanto a carne quanto qualquer outra coisa de que eles necessitassem. O que a gente vê de Deus na nossa vida tem de servir de testemunho para o que a gente deve esperar dEle depois

Porque a fé é a certeza daquilo que se espera, então o que eu vejo Deus fazer deve alimentar a minha fé, para que eu espere mais daquilo e tenha certeza disso que espero. Mas enquanto eu alimentar a dúvida, o medo, o sentimento despertado pelas necessidades (ou pelas vontades), ou seja, o meu coração, a ansiedade tomará conta e minha fé, coitadinha, não vai conseguir nem ficar de pé para me ajudar. 

Note bem: a palavra-chave aqui é “enquanto”. Esse horror todo continua ENQUANTO a pessoa cede para o coração, fugindo do sacrifício que ela tem de fazer para crer. Mas o ENQUANTO denota que aquela situação tem prazo de validade e só depende de VOCÊ. Da sua decisão. A partir do momento em que você DECIDE crer, e rejeita de uma vez por todas esses pensamentos sem sentido causados pelo seu coração (ou plantados no seu coração por agente externo), a situação muda. A fé se fortalece, se levanta e você passa a contar com ela como ferramenta de fortalecimento, de mobilidade e de resolução de problemas. Mas, principalmente, você pode contar com a fé como meio de se aproximar mais de Deus, de Quem pode, de fato, cuidar de você e dirigir a sua vida. 

Lembra do versículo que coloquei em um dos posts sobre a história do peixinho, que fala sobre o que Deus gostaria de fazer por quem Lhe obedece?

“Em breve abateria os seus inimigos, e viraria a Minha mão contra os seus adversários. Os que odeiam ao Senhor ter-se-lhe-iam sujeitado, e o seu tempo seria eterno. E o sustentaria com o trigo mais fino, e o fartaria com o mel saído da rocha.” Salmo 81.14-16

Não é tudo o que a gente precisa? Não é tudo o que você quer?

 

Mais posts sobre o Salmo 78:

1 – Governando o coração

2 – Negando Jesus

3 – Provocando ao Altíssimo na solidão

4 – Mesa no deserto

5 – Rios em abundância

6 – O pão dos anjos

7 – Maus olhos contra Deus

8 – Com a língua Lhe mentiam

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Jejum de Daniel, dia 14

 

PS. A imagem que abre o post é do blog do Bp Júlio, trata-se da rocha fendida de onde Deus fez sair rios em abundância. É uma rocha enorme, na Arábia Saudita, e em frente dela há pedras arredondadas, provando que ali já passou muita água. Se você reparar, dá para ver bem o caminho que a água fez. Veja esta e outras fotos dessa rocha no blog do Bp Júlio (clique aqui para ver)

PS2. O pessoal comentou no grupo do Telegram sobre a reunião do Godllywood ter sido complemento dos posts. Na verdade, Deus nos preparou aqui para o que Ele queria falar lá. Vale muito a pena assistir. Segue o link para quem ainda não viu: Reunião Godllywood autoajuda 23/04/22

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