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Quem é da verdade

Mulher em outro planeta

“Dei-lhes a Tua palavra, e o mundo os odiou, porque não são do mundo, assim como Eu não sou do mundo. Não peço que os tires do mundo, mas que os livres do mal. Não são do mundo, como Eu do mundo não sou. Santifica-os na Tua verdade; a Tua Palavra é a verdade. Assim como Tu Me enviaste ao mundo, também Eu os enviei ao mundo”. (João 17.14-18)

O que nos separa deste mundo para Deus é ter a Palavra dEle como a verdade. E, por ela, o mundo nos odeia. Porque os conceitos que ela nos apresenta, e que são a verdade, se chocam frontalmente com o que o mundo hoje nos impõe. Tudo, absolutamente tudo. De uns anos para cá, esse abismo se intensificou tanto que quem é de Deus não tem como se encaixar. E você vai ter que aprender a viver como alienígena, assumindo sua etezice e achando legal ser diferente de todo mundo. Curtir ser do contra, sabe?

Você se acostuma a ter seus próprios conceitos, baseados no que a Bíblia diz, e a se afastar da multidão. Você sacrifica as opiniões que tinha antes, emprestadas do mundo, quando percebe que elas não estão de acordo com a verdade, e vai construindo novas opiniões que substituem as anteriores. A própria noção de “verdade”, por exemplo. O mundo não conhece a verdade. O que o mundo diz sobre verdade é que ela não existe, ou que cada um tem a sua. Para o mundo, não existe verdade irrefutável.

No entanto, esse conceito é tão raso, que se você comparar com o que eles, de fato, fazem, vai perceber a hipocrisia. Eles dizem que verdade não existe e que cada um tem a sua, para evitar sacrificar suas próprias vontades e “verdades” em prol da Verdade real. No entanto, usam definições absolutas (muitas vezes tiradas de suas ideologias políticas) e as ensinam como verdades irrefutáveis. Ai de quem quiser questionar alguma ideia que o mundo propaga como certa! Ai de quem quiser apontar uma “verdade concorrente” e mostrar argumentos que refutem o discurso atual.

Isso me lembra o diálogo entre Jesus e Pilatos

“Disse-Lhe, pois, Pilatos: Logo Tu és rei? Jesus respondeu: Tu dizes que Eu sou rei. Eu para isso nasci, e para isso vim ao mundo, a fim de dar testemunho da verdade. Todo aquele que é da verdade ouve a Minha voz. Disse-Lhe Pilatos: Que é a verdade? E, dizendo isto, tornou a ir ter com os judeus, e disse-lhes: Não acho nEle crime algum.” (João 18.37-38)

Pilatos não sabia o que era a verdade. Infelizmente, hoje muitos que se dizem cristãos também agem assim ao comprarem a “verdade fake” do mundo ou da sua própria cabeça. Quem não tem a Palavra de Deus como verdade, faz sua própria verdade ou compra a verdade dos outros. Não existe nenhuma base sobre a qual essa pessoa possa construir sua vida, e sua própria ética depende das definições dos outros ou de suas opiniões a respeito dessas definições. Ela é seu próprio deus. Um deus fraco, falho, confuso e perdido, que nasceu há pouco e logo irá morrer.

Como alguém pode basear sua vida em si mesmo ou em outro ser humano e achar que está tudo bem? Como alguém pode apostar sua própria vida (e sua alma) nas verdades voláteis deste mundo, inclusive nas opiniões humanas sobre o que é a vida e o que acontece depois da morte? Se a pessoa se diz cristã e diz crer na Palavra de Deus, como pode repetir a dúvida de Pilatos? Jesus, que é a própria Palavra de Deus, que nasceu como ser humano, Se apresenta como “A Verdade”, porque é assim que a Palavra de Deus é definida desde o princípio. Como ser cristão e acreditar na teoria das múltiplas verdades? Quem é de Deus, é da Verdade. Uma só. Apenas Ele. 

“Se dissermos que temos comunhão com Ele, e andarmos em trevas, mentimos, e não praticamos a verdade.” (1João 1.6)

Eu entendo como o mundo pensa, eu sei o que acontece por lá, mas tudo o que vem de fora eu já rejeito de imediato. Se o espírito deste mundo é o espírito do engano, tudo o que vem dele é mentira, até que a Palavra de Deus diga o contrário. A Palavra de Deus é a única verdade e é através da Verdade que eu filtro tudo o que vem do mundo.

Nós somos ETs. Há duas formas de encarar isso: ou pensar que você é um alienígena, ou entender que, se não somos daqui, estamos em um mundo alienígena. E os aliens estão tentando nos ensinar coisas que eles não sabem, já que foram instruídos na mentira e no engano. Mas Jesus nos enviou ao mundo, assim como Ele mesmo foi enviado. E para que Ele foi enviado? Para dar a este mundo a oportunidade de se unir à família de Deus. Nem todos vão aceitar, mas todos precisam saber desta chance. 

E qual foi a vida dEle neste mundo? Uma vida de renúncia. Passou muita raiva com gente burra e com gente hipócrita, viu muita ingratidão, foi alvo de fake news (tinha gente dizendo que Ele enganava o povo, que Ele tinha demônio, que era mentiroso, que era do diabo), foi traído, gente a quem Ele ajudou Lhe virou as costas, foi humilhado, rejeitado, desprezado. Ele, que é Rei e que voltará para reinar sobre o Seu povo, teve que suportar todas essas coisas por amor aos sofridos, cansados, sobrecarregados, desprezados e aflitos que estavam sedentos por ouvir a Verdade que iria libertá-los. 

Não há por que esperar que com a gente seja diferente.

O mundo não vai nos abraçar. O mundo não vai dar nos dar as mãos e gravar um videoclipe com uma musiquinha de amor e união. O mundo nos odeia e sempre vai nos odiar. Vi esta semana uma notícia bem apocalíptica sobre o governo chinês perseguindo os cristãos (clique aqui para assistir), e isto ilustra perfeitamente o mínimo do que o espírito deste mundo gostaria de poder fazer (e, depois do arrebatamento, poderá). O mundo nos odeia. Não as pessoas, não grupos aleatórios, mas o espírito que dirige este mundo e que define as bases do novo sistema (em voga desde o início do século passado, apenas ganhando mais espaço com o passar das décadas). Não importa quantas concessões façamos ao mundo em nome de uma falsa paz, o mundo nos odeia e continuará nos odiando. Porque somos da Verdade em um mundo de mentiras.

E é nosso papel viver neste mundo como Jesus viveu e ensinou: fazendo o melhor, sendo exemplo, pagando o mal com bem, amando nossos inimigos, fazendo pelos outros o que gostaríamos que fizessem por nós e, sobretudo, falando e vivendo A VERDADE, doa a quem doer. Por que às vezes a gente vai bater de frente com este mundo. Sem ódio da nossa parte, com o mínimo possível de desgaste emocional nessas batalhas (a batalha precisa ser feita na fé, no espírito), mas com toda a força, na defesa da verdade em favor dos aflitos, dos desesperados, daqueles que querem deixar este mundo. É por eles que continuamos aqui. E que permaneceremos até a porta se fechar. 

 

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.Se você não leu o primeiro post dessa série, clique aqui: O que você precisa para ser filho de Deus

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O que você precisa para ser filho de Deus

O que Você precisa para ser filho de Deus

A gente cresce ouvindo que “todos são filhos de Deus”. Depois lê a Bíblia e descobre que não é bem assim. Mas nas igrejas é comum que substituam essa ideia por outra, igualmente errada, que diz que para ser filho de Deus basta levantar a mão e aceitar Jesus como Senhor e Salvador. E lá vai a criaturinha seguir a vida de qualquer jeito, se achando a última bolacha do pacote celestial. E continua sua caminhada pelo mundo, achando que o contrário de “ser do mundo” é “ser da igreja”. Só porque mudou seus hábitos, se veste diferente e frequenta uma igreja (ou nem isso), já se acha habilitado para o Reino de Deus. Não lhe importa que seus pensamentos, suas opiniões e seus interesses estejam alinhados aos de quem não tem absolutamente nada a ver com Deus. 

Nasci em igreja evangélica e conheço esse conceito de “ser do mundo” e “ser de Deus” desde sempre, mas eu tinha um entendimento religioso disso, e não, não é esse o conceito que quero passar. Esquece a “crentice” e presta atenção no que eu estou dizendo. Entender isso mudou tudo para mim e me fez alcançar outro nível de relacionamento com Deus. Vejo uma galera aí entendendo esse conceito religiosamente, mas abraçando as opiniões do mundo e tentando encaixar seu cristianismo no sistema terráqueo, como se desse para essas coisas coexistirem.

Estamos acostumados a este mundo, vivemos nele desde que nascemos, dele vem nossa ideia do que é ser uma pessoa, do que devemos querer e fazer, quais nossas necessidades; dele vêm nossos padrões de beleza, de felicidade, nossos conceitos do que é socialmente aceitável, do que é diversão, nossos objetivos, nossas prioridades…dele vem inclusive nossa noção de valor próprio, nosso senso de justiça (ou de vingança) e nossa forma de enxergar os outros. Sem perceber, traçamos todos os nossos parâmetros pela visão de mundo que este mundo nos dá. Enquanto o cristianismo é visto pela pessoa como mais uma religião, ela pode deformá-lo para o encaixar neste mundo, continuando a se pautar por tudo o que está ao seu redor. Mas a partir do momento em que optamos por fazer parte do Reino de Deus, tudo isso muda — ou deveria mudar.

O contrário de “mundo” não é “igreja”. O contrário de “mundo” não é “religião”. Desde o princípio, a ideia de Deus NUNCA foi criar uma religião. Aliás, você sabe por que Ele criou o homem? Malaquias 2.15 responde: “E não fez Ele somente um, ainda que Lhe sobrava o espírito? E por que somente um? Ele buscava uma descendência para Deus […]”  

Deus buscava uma descendência.

Ele é família, e queria uma família com a qual Ele pudesse compartilhar o que Ele tem. Aí o homem resolveu dar ouvidos ao diabo e se afastou de Deus, perdendo, assim, o direito a fazer parte dessa família. Toda a Bíblia é a história de Deus tentando reconstruir essa família, devolvendo ao ser humano a oportunidade de ser herdeiro dEle e conviver com Ele por toda a Eternidade. 

“Como, pois, se saberá agora que tenho achado graça aos Teus olhos, eu e o Teu povo? Acaso não é por andares Tu conosco, de modo a sermos separados, eu e o Teu povo, de todos os povos que há sobre a face da terra?” (Êxodo 33.16)

Quando andamos com Deus, Ele anda conosco. E quando Ele anda conosco, Ele nos separa do sistema deste mundo. Não deixamos de viver neste planeta, obviamente, nem é a nossa intenção formar uma comunidade isolada ou um gueto marginalizado. Este mundo foi feito por Deus e está cheio de pessoas que precisam conhecê-Lo e ter a oportunidade de serem resgatadas, se assim quiserem. E precisamos ter a liberdade de alcançá-las. Por isso, não dá para entregar o mundo nas mãos do diabo antes do tempo. Mas é preciso ter a consciência de que o sistema deste mundo está todo contaminado com o espírito deste mundo, que é o espírito do engano. É um mundo que nos é hostil, estamos em plena guerra, em um território invadido pelo inimigo. O problema é que esse inimigo, o diabo, é invisível. Ele é o próprio mal, o próprio engano, a própria dissimulação. E absolutamente tudo o que faz parte do sistema deste mundo está contaminado por ele. 

Repito, mais uma vez: é necessário ter a consciência de que você é um alienígena neste mundo. Então, seus padrões já não são os do mundo, seus pensamentos não são mais regidos pelos conceitos deste mundo. A partir do momento em que você passa a fazer parte da família de Deus, até suas opiniões mudam, porque sua base de conceitos, valores e definições também muda. Você começa a ver o mundo como alienígena.

Estar dentro de uma igreja não te faz, automaticamente, filho de Deus. Acreditar em Deus não faz de você um filho de Deus. 

“Porque todos os que são guiados pelo Espírito de Deus esses são filhos de Deus.” (Romanos 8.14)

Só é filho de Deus quem é GUIADO pelo Espírito de Deus.

Se você estiver sendo guiado pela sua própria cabeça, se estiver sendo guiado pela opinião dos outros, se estiver sendo guiado pelas ideias deste mundo ou pelos seus próprios achismos, você não está sendo guiado pelo Espírito de Deus. Se você estiver sendo guiado pelas notícias deste mundo, pelos influencers das redes sociais, pelas “verdades” inventadas por seres humanos ou pelas ideias que não funcionaram nem para os que as escreveram, você não está sendo guiado pelo Espírito de Deus. E se não está sendo guiado pelo Espírito de Deus, você não é filho de Deus. E descobrir isso é uma boa oportunidade para consertar essa filiação agora mesmo. Entregar a Deus (de novo, se você acha que já entregou) a sua vida, suas opiniões, seus pensamentos, tudo, e dizer a Ele que quer ser parte dessa família, que quer ser separado para Ele. Que quer ser guiado por Ele.

A palavra “santo” significa “separado”. A Bíblia fala inúmeras vezes que temos que ser santos porque Deus é santo. Não está nos mandando ser religiosamente perfeitos, está mandando que nos separemos do mal. “Fala a toda a congregação dos filhos de Israel, e dize-lhes: Santos sereis, porque Eu, o Senhor vosso Deus, sou santo.” (Levítico 19.2) “E Me sereis santos, porque Eu, o Senhor, sou santo, e vos separei dos povos, para serdes Meus.” (Levítico 20.26)

O objetivo dessa separação não é “cortar nosso barato” nos tirando da “festinha” do mundo (até porque tudo o que tem neste mundo é papel de parede, meu filho, não tem nada que seja de verdade). O objetivo dessa separação é que possamos ser dEle. 

Na oração que fez pouco antes de ser preso, em João 17.14-18, Jesus falou sobre isso: “Dei-lhes a Tua palavra, e o mundo os odiou, porque não são do mundo, assim como Eu não sou do mundo. Não peço que os tires do mundo, mas que os livres do mal. Não são do mundo, como Eu do mundo não sou. Santifica-os na Tua verdade; a Tua Palavra é a verdade. Assim como Tu Me enviaste ao mundo, também Eu os enviei ao mundo”.

Medite nisso hoje. Amanhã daremos continuidade a este assunto.

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Alguns textos relacionados para você ler (ou reler) e meditar até eu aparecer aqui de novo rs:

Sobre a sua verdadeira identidade

Tudo Areia

Quem faz isto permanece forte

De que lado você está?

E este é o e-mail de uma mulher que esteve na igreja por VINTE ANOS até se dar conta de que não era filha de Deus — e, finalmente, se tornar uma: Servia, mas não O conhecia.

 

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PS. Dia 2 de agosto vai começar um novo Jejum de Daniel, que irá até dia 23 de agosto. Como Deus falou muito comigo nos últimos tempos sobre essa consciência de que somos “alienígenas” neste mundo, acho importante começar com esses estudos para a gente entrar no Jejum de Daniel já na sintonia certa.