Tag: Por que Andressa Urach saiu da Igreja Universal

 Andressa Urach me fez mudar de ideia — Parte 4: Passando por uma situação desafiadora? Foque na sua reação 

Estou fazendo uma série de textos com a minha opinião sobre um post que a Andressa Urach publicou no Instagram algumas semanas atrás. Esta é a parte 4. É importante ler desde o começo. Segue os links:

Clique para ler a parte 1 – O post dela completo, quem sou e por que escrevo

Clique para ler a parte 2 – Pequeno parêntese sobre o post de sexta

Clique para ler a parte 3 – Por que acho que ela nunca teve o Espírito Santo

Já disse e repito: não é minha intenção defender a igreja (Deus a defende), mas sim, defender a minha fé. Quando diz que sofreu lavagem cerebral e foi enganada, Andressa me ofende pessoalmente, dizendo que sou uma idiota que está há 20 anos sendo enganada. Escrevo como membro da Universal e como leitora dos livros dela. Também não é minha intenção atacá-la pessoalmente (discordar não é atacar). Quero falar das atitudes e das reações dela, porque creio que temos muito o que aprender sobre o que não fazer — e também porque ela tem potencial para induzir milhares de pessoas a erro. Acho essa situação toda muito triste e realmente espero que ela desperte, mas estes textos não são para ela, são para alertar quem ainda está na fé.

Só relembrando como a Andressa chegou na igreja Universal, nas palavras dela mesma, no livro “Desejos da alma”:

“[…] fiz sexo por dinheiro. Bebi muito, usei muitas drogas: maconha, cocaína, enfim vários tipos de alucinógenos. Sofri três overdoses. […] Hoje, tenho consciência de que eu era um ser humano detestável. Extremamente arrogante, me achava superior às outras pessoas. […] Por ter uma vida intensa e guiada pelas emoções, sentia um vazio enorme dentro de mim. Para preenchê-lo, tinha muitos vícios, como o masoquismo e o sadomasoquismo. […] Aos poucos, tudo foi perdendo a graça. Não sentia mais prazer em nada. A depressão estava tomando conta de mim. […] Esse sofrimento desencadeou a síndrome do pânico. […] Passei a sofrer de insônia. Quando conseguia dormir, os pesadelos eram constantes. […] Ouvia vozes, via vultos. Achei que meu fim seria em um hospício. Tomava remédios tarja preta, calmantes para controlar a ansiedade, mas eles não preenchiam o vazio que sentia em meu peito. […] Foi assim que cheguei à Igreja Universal — viciada e depressiva. […] Em uma oração com imposição de mãos sobre a minha cabeça, ministrada por um pastor, fui liberta desses espíritos malignos. Estou curada dos vícios, da depressão e da síndrome do pânico. Hoje, eu tenho vida plena, paz interior e não sofro mais de crises de ansiedade.”

Foi dessa vida que ela foi liberta quando Deus a trouxe para a igreja Universal. Estas são as palavras dela mesma. Como eu disse, ainda acredito que eram sinceras. Acredito porque cheguei à Igreja Universal com depressão e também fui liberta. No primeiro dia, já saí melhor, depois de algum tempo frequentando as reuniões de libertação e de domingo, fiquei livre daquele mal. Ainda passei uns anos sendo religiosa dentro da igreja, sem entregar minha vida completamente a Deus, e tive ansiedade novamente, por um problema na família, que me desestabilizou. Tomei muitos antidepressivos e ansiolíticos — todos me deixavam pior. Quando resolvi entregar toda a minha vida para Deus, esse mal também foi arrancado — 11 anos atrás — e eu me tornei outra pessoa. Agora, vamos à postagem que ela publicou e que foi reproduzida em várias matérias na mídia. Começa com a seguinte frase:

“Gente eu não escondo nada de ninguém.”

Mas escondeu. O que contou no livro “Morri para viver” escondeu de todo mundo por muito tempo. O que diz ter acontecido no casamento dela (esfriamento espiritual, traição e agressões de ambos os lados, desde antes de casar até o dia em que anunciou a separação) no livro “Desejos da alma” ela escondeu do pessoal que a seguia (eu, aqui incluída). No livro ela diz que tinha perdido a visão espiritual, mas no Instagram continuava fazendo postagens como se estivesse bem com Deus (se você acompanhou, se lembra de que ela fez posts falando que estava se casando com o pai do filho dela, que Deus havia unido novamente a família. E se lembra também dos posts de família feliz). Ela mesma diz no livro que não sabia avaliar sua situação espiritual na época (como não sabe agora). E agora, depois que perdeu o uniforme, escondeu o que fez, demorou para dizer que não era mais obreira e possivelmente passou meses nos enganando (e se enganando) com postagens de mulher de Deus enquanto, mais uma vez, tinha perdido a visão espiritual e estava cega por seus sentimentos.

Um dos motivos pelos quais devemos olhar para Jesus e não para as pessoas, é que não sabemos o que se passa dentro de ninguém. Muitas vezes a pessoa está enganando até a si mesma, realmente acredita naquilo que diz, mas não vive o que fala. Só conhecemos das pessoas o que elas permitem que conheçamos. Não significa que tenhamos que desconfiar dos outros ou ter maus olhos, de modo algum! Mas é importante saber que a única pessoa sem defeitos, modelo de conduta e exemplo em tudo é o Senhor Jesus.

Nos livros que escreveu e nas entrevistas que deu, Andressa admite o vício em mentiras, do qual se livrou depois que foi para a igreja:

“[…] eu tinha um hábito horrível: não via problema em mentir. […] Na igreja, entendi que Deus abomina a mentira. Passei a vigiar para não mentir, para vencer esse vício.”

Por temor a Deus, ela começou a vigiar para não mentir. E o que acontece depois que o temor acaba? A tendência é voltar às velhas práticas. E neste post que publicou no Instagram, ela demonstra que o vício voltou. Vamos novamente ao texto dela:

“Nos últimos meses passei por uma decepção tão grande, que literalmente rasgou meu coração, não consegui nem estudar, vou ter que trancar a faculdade de jornalismo, pois não tenho cabeça para pensar sobre isso.”

Desculpe, mas por mais que se deseje adicionar drama à narrativa não se pode dizer “literalmente rasgou meu coração” sem que tenha sido necessária uma internação de emergência e uma cirurgia para consertar a ruptura no miocárdio (pesquisar o significado de “literalmente”). Meu alerta de linguagem dramática foi às alturas e me mostrou que algo aconteceu que a deixou MAGOADA. E ela está tentando se justificar. Ela deixou entrar mágoa, ficou alimentando a mágoa com mais sentimento de vitimização e isso fez com que permitisse a entrada de um mal na vida dela (sorry, eu tenho que dizer. Sei que não é algo fácil de ouvir, sei que a pessoa pode se sentir atacada, sei que hordas de pessoas que também tropeçaram na mesma pedra irão querer dizer o contrário, mas este texto é para ajudar quem está confuso a entender o que aconteceu, então tenho que ser honesta com a minha percepção).

Vamos entender uma coisa: decepção é reação. Decepção é interpretação. Ninguém é capaz de causar uma decepção em você. Isso é algo que nós fazemos a nós mesmos. Uma coisa é o fato que ocorreu, e outra coisa é a interpretação que você deu ao fato, o que você permitiu que essa interpretação te fizesse sentir. Entende? O diabo pode perfeitamente manipular essa interpretação. Como exemplo, vou usar uma coisa que aconteceu comigo e que eu poderia ter permitido que me causasse uma decepção. Mas não permiti porque já estava atenta.

Uma das ajudas espirituais que eu recebia na igreja era através do grupo Godllywood, que tem o objetivo de ajudar mulheres no crescimento e amadurecimento espiritual. Entrei no final de 2015 (data da foto que abre este post). Eu já tinha alguns sintomas físicos, mas ainda não sabia o que eu tinha, achava que era um problema hormonal ou estresse. Nunca consegui realmente cumprir todas as atividades do grupo, só as tarefas, atendimentos e reuniões obrigatórias. Fazia o melhor que eu conseguia, mas comecei a conseguir cada vez menos.

Quando o problema de saúde se agravou, eu comecei a faltar a algumas reuniões (quase todas!), porque não era sempre que conseguia sair de casa. Eu ainda estava trabalhando, então toda a energia que tinha eu colocava no trabalho e não sobrava energia para sair, vivia exausta. Se tinha reunião, eu não ia. Se tinha passeio, eu não ia. Só ia aos atendimentos e a uma ou outra reunião semanal. Isso era um problema para as minhas sisters (Sister é a mulher responsável por um subgrupo no Godllywood, que acompanha pessoalmente o crescimento espiritual de cada uma das meninas do seu subgrupo. De tempos em tempos esses subgrupos são reorganizados e, assim, a gente passa por várias sisters), porque elas sempre tinham que abrir concessões para mim, mas eram super compreensivas, embora nem eu soubesse direito o que eu tinha (ou seja, acreditavam em mim sem provas).

Um pouco antes de eu entrar de licença do trabalho, veio a regra de que as participantes tinham que estar ativamente em um grupo de evangelização para continuar no Godllywood, para que dessem aos outros aquilo que estavam recebendo. Eu não tinha condições físicas de participar de grupo de evangelização, já era demais conseguir ir às reuniões semanais (quando eu conseguia ir). Estava perto de me graduar, por que não me deixar ficar até o final? Na época, não fazia o menor sentido para mim.

 Se não estivesse em um grupo de evangelização, eu teria que sair do Godllywood, mas se o objetivo de estar em um grupo de evangelização era dar o que estávamos recebendo espiritualmente e eu considerava que fazia isso através do meu trabalho, não achava necessário entrar em outro grupo. E eu não queria admitir que tinha um problema, muito menos deixar que esse problema fizesse alterações na minha vida (não percebia que já não estava conseguindo fazer nada). Pedi que reconsiderassem, falei com a sister, acho que falei com a big Sister (não me lembro), só não falei com a Cristiane, porque tive um lapso de sabedoria no meio daquele caos: se Deus não quisesse me tirar, ninguém poderia me tirar. Foi Ele quem me colocou lá (disso eu tenho certeza) e só Ele poderia me tirar. Então, principalmente, falei com Deus. Expus minhas razões e pedi para Ele me deixar continuar no grupo, mas disse para Ele fazer o que era justo. 

Não teve jeito. Era regra do grupo. E elas estavam certas. Por um instante, me veio o sentimento de que eu estava sendo injustiçada (sempre tem um gremlin esperando o momento certo para te dar a sugestão errada). Mas na hora me veio à mente: se não faz sentido e Deus está permitindo, o que vale aqui é a minha reação a esse problema! Era isso o que Deus queria que eu visse. Porque Deus existe e eu pedi a Ele para não sair. Vamos raciocinar: quem poderia me tirar do grupo se Deus não quisesse que eu saísse? DEUS EXISTE e Ele age diretamente na vida da gente quando a gente deixa. Tenho inúmeras provas disso na minha vida. Então, se Ele permitiu, eu estava sendo provada na minha reação. É impossível a gente se deparar com situações difíceis sem sentir absolutamente nada (até porque o diabo jamais vai deixar essas “oportunidades” passarem batidas), mas é perfeitamente possível (e essencial) a gente reagir da forma correta a elas. Cabia a mim negar minhas reações erradas e agir de acordo com o que Ele ensina.

É lógico que no momento veio o pensamento gremliniano e o sentimento de ser vítima, de ser coitadinha. Mas passaram direto. Conscientemente, eu não permiti que ficassem dentro de mim nem um dia. E isso é uma escolha que você pode perfeitamente fazer, não importa qual seja a sua situação espiritual.

Fui orar, entreguei para Deus, disse a Ele que Ele não se decepcionaria com a minha reação e que só o que me importava ali era Ele. Não iria ficar com maus olhos com o grupo nem com ninguém. Elas estavam certas. Fizeram o que era correto diante da situação. Elas são de Deus, o grupo é de Deus, eu sou de Deus, pedi para Deus…OBVIAMENTE Ele estava cuidando de tudo. Conscientemente, eu reconheci Deus ali, me colocando em uma situação que parecia estranha para ver minha reação. É isso que significa, na prática, usar a inteligência em vez de usar a emoção.

Está escrito: “Confia no Senhor de todo o teu coração, e não te estribes no teu próprio entendimento. Reconhece-O em todos os teus caminhos, e Ele endireitará as tuas veredas.”

(Provérbios 3.5-6)

Ou a gente vê Deus em absolutamente tudo na nossa vida ou vai acabar não vendo em mais nada. Se começar a achar que tudo são as pessoas, não vai permanecer na fé (é o que eu disse na parte 3 desta série, sobre carne e Espírito). É por isso que um dia a pessoa parece super de Deus e no outro se torna adversária dEle, como muitos “ex” por aí. Usando a cabeça, eu entendi que o que eu deveria querer mesmo não era que flexibilizassem as regras a meu favor, mas sim que eu ficasse curada, ficasse bem para poder participar de grupos de evangelização e de todas as reuniões presenciais que aparecessem pela frente. Eu precisava lutar por isso a sério e fortalecer a minha fé para enfrentar o problema, não esconder minha cabeça feito um avestruz, fingindo que nada estava acontecendo. Pedi para Deus abençoar o grupo e todas as mulheres que estavam ali para ajudar as outras e para serem ajudadas. E fiquei em paz. A paz que você tem quando sabe que tudo coopera para o seu bem.

E se eu quisesse manipular a percepção alheia?

Tem sempre um gremlin pronto para nos fazer ficar com maus olhos, deixar de ver Deus nas coisas que nos acontecem e passar a olhar as coisas de modo carnal, porque assim ele nos afasta de Deus e abre espaço para o inferno na nossa vida. É escolha nossa dar ouvidos a ele ou ignorá-lo. Eu era uma pessoa que não estava ativa em nenhum grupo e não estava indo às reuniões, mas poderia facilmente ter ignorado a minha parte no problema, ouvido o gremlin e saído por aí dizendo que me expulsaram do Godllywood. Entende como é fácil distorcer uma informação, criando uma mentira a partir de meia verdade? Por isso a gente não pode acreditar em qualquer versão que as pessoas dão quando saem se colocando como vítima.

É muito fácil confundir fato com interpretação pessoal do fato. A interpretação tem como base sentimento e percepção, que pode ser errada (o coração é enganoso, lembra?). As pessoas dificilmente vão dar todos os dados para você interpretar corretamente os fatos se o total conhecimento dos fatos pode fazer com que elas pareçam erradas. Eu poderia omitir o fato de que eu raramente ia a alguma reunião, poderia omitir tudo o que mostrasse que eu não era tão vítima assim. Só para deixar claro, veja a diferença do relato da história real para o relato da história fictícia.

História real:

“Tive que sair do Godllywood porque quase não ia às reuniões do grupo e porque não estava participando de nenhum grupo de evangelização, que era uma das regras do Godllywood. Estavam abrindo uma exceção atrás de outra para mim, por anos, mas eu já estava faltando à maioria das reuniões. Só estava no grupo oficialmente, mas na prática já estava completamente fora há tempos. Tentaram por muito tempo me  ajudar, mas eu queria fazer as coisas do meu jeito. Pedi a Deus para que decidisse o que era o justo e Ele não interferiu para impedir minha saída. Logo, era justo que eu saísse.”

História fictícia, cheia de cenas dramáticas, para meus seguidores ficarem com peninha de mim e com muita raiva da igreja pela “enorme injustiça” que inventei:

“Gente, passei por uma decepção tão grande que literalmente rasgou meu coração. Dediquei 18 anos ao Senhor Jesus, mas acabei me sentindo um objeto descartável. Fui expulsa do Godllywood porque eu estava doente. Quando eu mais precisei, me desprezaram, sinto uma dor que não tem fim. Nunca dei problema no grupo e, do nada, depois de tudo o que já fiz pela igreja, eles me cortaram. Depois de todos esses anos, só porque eu estava doente e frágil, me rejeitaram. Me senti usada, porque eu sempre fiz o melhor pela igreja e agora, só porque estou com uma doença rara, eu não presto mais. Parabéns, igreja Universal, por lançar minha alma no inferno.”

Viu como é fácil manipular a percepção dos outros? Aí meus seguidores, sem saber que não saí do grupo por estar doente*, ficariam com raiva e acabariam cometendo injustiça diante de Deus junto comigo (porque Deus conhece os fatos e não aceita esse tipo de distorção). É claro que ninguém precisa lembrar que, se não fosse pela igreja Universal**, é praticamente certo que eu já estaria morta e enterrada há muito tempo…

Só para você saber o que Deus fala a respeito disso (obedece quem tem juízo):

“Quem é o homem que deseja a vida, que quer largos dias para ver o bem? Guarda a tua língua do mal, e os teus lábios de falarem o engano.”

Salmos 34.12-13

“A malícia matará o ímpio, e os que odeiam o justo serão punidos. O Senhor resgata a alma dos seus servos, e nenhum dos que nEle confiam será punido.”

Salmos 34.21,22

“Não admitirás boato, e não porás a tua mão com o ímpio, para seres testemunha falsa. Não seguirás a multidão para fazeres o mal; nem numa demanda falarás, tomando parte com a maioria para torcer o direito. Nem ao pobre favorecerás na sua demanda.”

Êxodo 23.1-3

“O que anda em justiça, e o que fala com retidão; o que rejeita o ganho da opressão, o que sacode das suas mãos todo o suborno; o que tapa os seus ouvidos para não ouvir falar de derramamento de sangue e fecha os seus olhos para não ver o mal. Este habitará nas alturas; as fortalezas das rochas serão o seu alto refúgio, o seu pão lhe será dado, as suas águas serão certas.”

Isaías 33.15,16

Se achar ruim, reclame com quem escreveu a Bíblia. Eu não quero correr o risco de cometer uma injustiça e acabar colhendo algo que não gostaria, ou perdendo uma bênção bem legal — ou até a minha Salvação! — me aliando a quem se faz de vítima em uma história cujos detalhes desconheço. Nunca se posicione contra alguém sem ouvir todas as versões para ver todos os dados (a menos que a pessoa tenha escrito um livro, com o qual você possa analisar os dados…). Sem todos os dados, tomar partido e condenar é correr um grande risco de cometer injustiça. É um mandamento do Senhor Jesus:

“Não julgueis segundo a aparência, mas julgai segundo a reta justiça.”

João 7.24

Cuidado com histórias maquiadas do Instagram, do Youtube, do Facebook e até mesmo da imprensa tradicional. Muitos jornalistas têm dificuldade de fazer uma apuração correta dos fatos, reunindo dados e evitando que suas interpretações pessoais interfiram com a compreensão da verdade.

Nesse dia da saída do Godllywood, percebi que os pensamentos que apareceram na minha cabeça não eram meus. Mas também percebi que meus sentimentos estavam querendo me levar a concordar com os pensamentos e a atribuir àquele acontecimento um significado que ele não tinha. A ideia era me deixar magoada com o grupo e achar que eu estava sendo rejeitada, perdendo a objetividade. “Ninguém mais me quer, ninguém mais gosta de mim, oh, mundo cruel!” E eu ter me percebido tão sensível assim (ainda que por um dia) me levou a constatar que eu estava fraca espiritualmente, muito mais fraca do que eu imaginava! No final, serviu para me mostrar que eu tinha que fortalecer minha fé COM URGÊNCIA, porque minha Salvação estava em risco (afinal, a Salvação vem pela fé).

A realidade é que às vezes Deus permite que nos sintamos sozinhos para nos levar a enxergar que estávamos nos apoiando em coisas e pessoas e nos dar a chance de voltar a depender somente dEle. É DEUS QUEM PERMITE, não são as circunstâncias, não são as pessoas. Se a sua vida está nas mãos dEle, é Ele quem permite tudo o que acontece, ou você crê nisso ou você não é cristão. Mas se você for aprovado nas suas reações, tudo o que acontece é para o seu bem. Está escrito que todas as coisas cooperam para o bem DAQUELES QUE AMAM A DEUS. Se você ama mais sua posição, seu status, o grupo, a opinião dos outros, o que você acha que conquistou, do que a Ele, você não ama a Deus. Mas se você quiser que uma coisa ruim coopere para o bem, coloque Deus acima de você mesmo, conscientemente. É isso que significa amar a Deus.

Ele não vai aceitar que você coloque seu coração acima dEle sem que você veja isso. “Quem quiser vir após Mim, negue-se a si mesmo, tome a sua cruz e siga-Me.” Ou você se nega de verdade ou nem consegue tomar sua cruz e seguir a Cristo. O primeiro passo é se negar, você acha que não vai ser testado nisso? Ele vai permitir situações em que você tenha que se negar, para o seu próprio bem, para você não ficar se iludindo dentro da igreja. Mas você só vai enxergar isso se seus olhos forem espirituais.

Infelizmente, a Andressa não reconheceu Deus na situação que lhe aconteceu. Preferiu dar ouvidos ao gremlin e se fazer de vítima. Foi provada e, até o momento, reprovada. “Reconhece-O em todos os teus caminhos e Ele endireitará as tuas veredas”, diz a Bíblia. Isto significa que, se você não O reconhecer em todos os caminhos, suas veredas continuarão tortas e esculhambadas. E talvez até fiquem mais tortas com o passar do tempo.

Muito provavelmente ela já vinha enfraquecendo há muito tempo e por isso não decidiu reagir de modo correto, reconhecendo Deus e O colocando à frente de tudo. Se o mal já estava colocando maus olhos e distorcendo a percepção dela, é compreensível que tenha terminado como terminou. O porquê de isso ter acontecido, como ela enfraqueceu desse jeito e há quanto tempo, não temos como saber. Porque ela escolheu esconder esses dados de nós.

A única coisa que sabemos é como ela está agora, colocando na igreja a culpa até de estar desistindo da faculdade de Jornalismo. Mas vamos aos dados: depois que se converteu, ela começou a fazer enfermagem e trancou para fazer curso de gestão pública, porque começou a trabalhar como assessora parlamentar. Depois, ela foi convidada para voltar a trabalhar na TV, trancou o curso de gestão pública e começou a pensar em fazer jornalismo (tá lá no livro Desejos da Alma, páginas 138 e 139).

Se trancar faculdades é um padrão antigo, culpar terceiros por isso não é honesto. Também tranquei várias faculdades (inclusive a de jornalismo três vezes), sei que depois que a gente faz isso uma vez fica bem fácil fazer outras. Culpei a depressão, culpei a morte do meu pai, mas a verdade é que cada desistência foi por escolha minha. Quando finalmente comecei a terminar as coisas que eu começava, descobri o segredo para conseguir isso: sacrifício. A cada curso que eu iniciava, tinha que sacrificar a vontade de desistir, sacrificar a saída mais fácil, sacrificar o cansaço, sacrificar a impaciência…

Mas se a pessoa ficar só culpando os outros pelas suas desistências, nunca vai se esforçar para descobrir como evitá-las. Infelizmente, o mundo de hoje está treinando as pessoas a colocarem nos outros a responsabilidade (e a culpa) por suas próprias decisões e escolhas. Está transformando adultos em crianças mimadas e imaturas. Uma das principais características de uma pessoa adulta, madura e que tem tudo para ser bem-sucedida é justamente esta: assumir responsabilidade por seus atos.

 

 

Amanhã publico a parte 5

Vou colocar aqui os links para os próximos posts conforme forem publicados:

Andressa Urach me fez mudar de ideia — Parte 1: O texto dela na íntegra, quem sou e por que escrevo

Andressa Urach me fez mudar de ideia — Parte 2: o post de sexta

Andressa Urach me fez mudar de ideia — Parte 3: Será que ela recebeu o Espírito Santo?

Andressa Urach me fez mudar de ideia — Parte 5: Quando se perde a visão espiritual

Andressa Urach me fez mudar de ideia — Parte 6: Se eu falasse tudo o que aconteceu comigo nesses últimos anos

PS. * Como deixei claro, não me tiraram do Godllywood por eu estar doente. Há diferença entre correlação e causalidade. Não é porque eu eu estava doente quando saí do grupo que minha saída foi por esse motivo. A gente aprende em estatística que correlação não implica, necessariamente, causalidade. Não é porque duas variáveis estão acontecendo ao mesmo tempo e têm alguma relação que uma necessariamente causou a outra. Confundir correlação com causalidade é um dos maiores erros de interpretação das pessoas. E tem muita gente por aí querendo que você não saiba disso.

PS2. ** Eu disse “se não fosse pela Igreja Universal, é praticamente certo que eu já estaria morta e enterrada há muito tempo” e já ouço crentes imaginários na minha cabeça dizendo “se não fosse Deus, não a Universal!”. Deus usou a Igreja Universal (e a usa até hoje) para me salvar e eu seria muito ingrata e burra se desconsiderasse isso. Lembro a você que eu já era crente desde que nasci (a primeira pessoa a se converter na minha família foi a avó da minha mãe — é uma história linda). Deus me tirou da Batista e me levou para a Universal porque eu queria me matar. Se você acha isso ruim, reclame com Ele, não comigo. O que me sustenta até hoje é esse conceito de fé sacrificial, que, pelo menos 20 anos atrás, só a Universal ensinava. Praticar isso me transformou de uma pessoa sensível e emotiva em uma pessoa racional e emocionalmente estável. Como sempre, Deus sabia o que estava fazendo.

PS3. Continuo amando o grupo Godllywood, acompanhando as reuniões do Godllywood autoajuda, o instagram do Godllywood e as meditações no Univer, que me ajudam muito. O Godllywood hoje é muito mais do que um grupo, é um movimento. É um conjunto de princípios e valores que fazem parte da minha vida diária.

PS4. Pouco tempo depois de sair do grupo, tive outro baque: minha saúde me impedia de continuar a trabalhar e tive que entrar em licença médica. As duas coisas aconteceram quase simultaneamente, e fui obrigada a encarar o problema do qual eu queria fugir. E descobri que admitir a existência do problema era diferente de aceitar o problema. Se eu não reconhecesse que aqueles sintomas estavam ali, como iria lutar contra eles? Deus permitiu que eu “perdesse” essas duas coisas temporariamente (porque hoje continuo tendo acesso ao Godllywood, pelos meios que mencionei no PS anterior) para que eu enxergasse minha condição e minha necessidade urgente de buscá-Lo. Já pensou? Uma coisa que poderia ter sido vista como ruim acabou sendo algo que me fortaleceu mais e engatilhou uma série de mudanças importantes no meu interior. Como eu disse, o importante é a sua REAÇÃO. Escolha direito.

PS5. Eu já escrevi todos os textos, estou só terminando de editar. Faço isso à noite, que é quando tenho mais energia, mas é também quando tenho que dormir, então publico no dia seguinte, mas se faltar algum dia, continue vindo, que no próximo dia o texto estará por aqui.

Andressa Urach me fez mudar de ideia parte 2: o post de sexta

Como eu disse no post anterior, a Andressa Urach me fez rever meu posicionamento de não falar de quem sai da igreja. Se quem conhece a verdade não fala a verdade, os malucos saem falando a abobrinha que quiserem inventar. Andressa fez um post no Instagram há algumas semanas dizendo que saiu da igreja e que estava com medo de ser demitida da Record. Depois ela apagou, mas a imprensa já havia repercutido. Resolvi comentar o texto dela em vários posts, para não cansar ninguém.

Porém, sexta ela publicou outro post no Instagram, dizendo que (obviamente) foi demitida da Record. Então, decidi fazer um parêntese para comentar essa nova postagem — e no próximo post retomo a análise do post anterior. Neste texto, vou colocar, na íntegra, o post de sexta — e comentá-lo. Em tempo: como já disse, parei de seguir. Não tenho raiva nem nada, a questão é que ela não tem mais nada a ver comigo. Só voltei lá sexta porque terminei de escrever e, antes de publicar, queria ver se alguma coisa havia mudado. O que eu percebo claramente é que ela está agindo movida por raiva. Isso ficou claro para mim no primeiro post (que vou esmiuçar nesta série) e também neste mais recente. 

Respira fundo e vamos lá:

“Depois de 6 anos de lavagem cerebral onde me fizeram acreditar que eu tinha que dar meu tudo para Deus…

Me levaram praticamente tudo que eu tinha, foi mais de uma milhão e meio de reais que doei nesses últimos anos para a instituição, fora o meu amor e tempo que dediquei como todos sabem e agora que não tenho mais dinheiro para dar, ainda fui demitida da Record.

👏👏👏👏

Parabéns igreja universal por levar minha Alma ao inferno!

👏👏👏👏👏

Parabéns!

👏👏👏👏”

Como disse no post anterior, falo como membro da igreja, obviamente, mas falo principalmente como leitora dos dois livros que ela escreveu. Quem leu “Morri Para Viver” ficou com a impressão de que ela saiu das infecções sem nada (apesar de ela dizer, no livro seguinte, que doou todo o dinheiro da prostituição porque não queria mais nada daquilo, dando a entender que tinha sobrado alguma coisa). Gastou tudo o que tinha com os tratamentos, saiu com deformações nas pernas e ficou sem nada. Sem trabalho, sem clientes (porque desistiu da prostituição) e, depois da recuperação, só se manteve na mídia pela notícia de que agora havia se convertido e estava na Igreja Universal. Pouco tempo depois, publicou “Morri Para Viver”. Sucesso de vendas. Quem comprou? Eu e tantos outros membros da Universal, que compraram para si e também para doar a outras mulheres que estivessem passando por alguma das situações que ela passou. 

Depois, conseguiu dinheiro das vendas dos livros e dos trabalhos na Record e parcerias no Instagram (e sei lá mais do que, não conheço detalhes da vida da moça, só o que ela divulgava). Disse no livro “Desejos da Alma” que tinha dinheiro aplicado, comprou carros para ela e para o ex-marido, deu dinheiro para ele, isso já estando na igreja há dois anos. Se doou tudo o que tinha depois disso (o que, sinceramente, eu duvido, porque não faz sentido), foi porque quis.

O que ela está fazendo — e sabe que está fazendo — é manipular a opinião das pessoas usando o preconceito que elas têm contra a Universal. Provavelmente por orientação de advogado, está listando as coisas que as pessoas falam sobre a igreja lá fora: lavagem cerebral, levaram tudo o que eu tinha, e blá blá blá. 

Quando Andressa veio para a Universal, muita gente de fora a criticou. Cansei de ouvir que ela estava apenas usando a igreja para se manter na mídia e aparecer. Não acreditei e a defendi muitas vezes. Continuo não acreditando (embora ela se esforce para me fazer mudar de ideia a cada nova abobrinha escrita nas redes sociais. Por isso decidi não olhar nada do que ela escreve). Eu realmente acho que ela foi sincera, mas nunca nasceu de Deus (vou explicar isso no próximo post). 

Ela sabe muito bem que não teve lavagem cerebral alguma e só diz isso porque provavelmente é o argumento que usará em processo judicial para conseguir dinheiro da igreja. Nem sei se é pelo dinheiro, em si, acho que não. Como disse, acho que está cega de ódio e quer vingança (e vou explicar, no decorrer dos posts, em que me baseio para ter essa opinião). É uma pena que tenha caído novamente nesse engano (esse tipo de atitude é recorrente na vida dela, segundo o que contou nos dois livros). 

Obviamente, ela não foi demitida da Record por não ter mais dinheiro para dar, isso não é verdade. E ela também sabe disso. Está movida unicamente pelo sentimento negativo. Ela já sabia que seria demitida, estava com medo disso e foi o que motivou o primeiro post, que ela apagou. Acho importante, porém, deixar claro que, por mais que a situação nos cause indignação, não devemos alimentar raiva contra a Andressa.

Ela está se deixando levar por um sentimento de ódio e simplesmente reagindo a todos os impulsos que esse mal coloca dentro dela. O diabo a odeia e por isso quer que ela se destrua de todas as formas possíveis, e começa com o desprezo pelo temor a Deus. Se o temor (respeito) a Deus é o princípio da sabedoria (como diz a Bíblia), ao perder o temor, perde-se também toda e qualquer sabedoria. E sem sabedoria, a pessoa comete erro em cima de erro. E nós, que estamos sóbrios, conseguimos ver isso. O diabo armando o bote, pronto para puxar o tapete dela a qualquer momento e ela virando as costas para o Único que pode impedir isso de acontecer.

Eu ainda tenho profundo pesar por tudo o que está acontecendo com a Andressa e vejo que, por mais que ela saiba o que está fazendo, esse tsunami de emoções que está permitindo dentro de si trouxe de volta a escuridão que a faz errar. Porque o diabo usa a pessoa para prejudicar outras pessoas, mas querendo destruí-la também. Só que as atitudes dela são erradas e não tem como desconsiderar isso. Ainda que esteja “inebriada pela raiva” (palavras dela no livro “Desejos da Alma”), a responsabilidade pelas atitudes e reações é unicamente dela.

E, por fim, a cereja do bolo estragado:

“Parabéns igreja universal por levar minha Alma ao inferno!

👏👏👏👏👏

Parabéns!

👏👏👏👏”

Oi? Quem está levando a alma dela para o inferno é ela mesma. E aqui vemos uma estratégia muito comum que o diabo usa para afastar uma pessoa de Deus. Um dos padrões de quem sai da igreja mal* é o sentimento de vítima. A pessoa se convence de que foi injustiçada, se sente injustiçada e, em vez de entregar esse sentimento a Deus, se entrega a esse espírito de vitimismo. Meu conselho a quem percebe, neste momento, a sensação de estar sendo injustiçado dentro da igreja (e quer continuar sendo de Deus) é: sacrifique sua vontade de se sentir injustiçado, de se sentir vítima, e vá buscar a Deus. Pode ser que você esteja sendo realmente injustiçado, mas pode ser que sua interpretação da situação esteja distorcida e você nem perceba. Qualquer que seja o caso, quer seja a injustiça real ou não, sacrifique. É sério. Pela sua Salvação, sacrifique.

E isso não sou eu que estou dizendo! O apóstolo Paulo escreve indignado à igreja em Corinto, porque soube que os cristãos estavam tendo problemas judiciais entre si. Ele puxa a orelha do pessoal e deixa claro que aquele que se sente injustiçado e tenta fazer justiça de forma errada, acaba cometendo injustiça. Ele diz que, no caso de haver demandas uns contra os outros, o assunto deveria ser julgado entre a própria igreja. No entanto, também diz que o certo mesmo seria sofrer o dano e não ampliar o problema:

“Mas o irmão vai a juízo com o irmão, e isto perante infiéis. Na verdade é já realmente uma falta entre vós, terdes demandas uns contra os outros. Por que não sofreis antes a injustiça? Por que não sofreis antes o dano? Mas vós mesmos fazeis a injustiça e fazeis o dano, e isto aos irmãos. Não sabeis que os injustos não hão de herdar o reino de Deus?”

(1 Coríntios 6.6-9)

Por que não sofrer o dano? Imagina esse tipo de pregação hoje em dia, quando o ego está em alta e o hedonismo é o modo de vida do mundo? As pessoas dizem crer em Deus, mas não querem sacrificar nada. Não aceitam sacrificar nem uma mágoa, imagina se vão aceitar sofrer o dano, sofrer a injustiça? O que vemos, infelizmente, são pessoas como a Andressa, que nem estão sendo injustiçadas, mas pelo simples fato de se sentirem injustiçadas, por terem sido contrariadas, já querem brigar, saem falando mal da igreja e lançam suas próprias almas (e de outras pessoas) no inferno por uma imbecilidade qualquer. 

Eu me lembro de um ex-pastor que conheci na Universal de Porto Alegre e que saiu da igreja para ir morar com uma amante. A esposa continuou na igreja e ele passou meses fora. Então, voltou para a esposa e tirou toda a família da Universal (foi ser pastor em outra igreja). Depois me mandou uma mensagem todo chateado, se sentindo injustiçado, porque a Universal não o aceitou de volta como pastor e, nas palavras dele, o mandou embora com uma mão na frente e outra atrás. Eu disse a ele para não permitir que esse sentimento de vítima se instalasse, porque estaria dando lugar ao diabo. 

O cara sabia muito bem que, na Universal, se o pastor comete adultério, é removido imediatamente. Estava como pastor há 20 anos e não sabia disso? Em vez de assumir seu erro, se consertar com Deus e continuar na igreja, como já vi vários fazerem (esses, sim, são homens de Deus) preferiu se entregar ao sentimento de vítima e acusar a igreja. Por isso eu não ouço quem saiu. A pessoa cria sua própria realidade e já não se pode confiar em nada do que diz. 

A pessoa foi contrariada e não aceita perder. O ego é frágil e se magoa com facilidade. “Como OUSA me contrariar?” E lê como injustiça o fato de ninguém ter feito o que ela queria que fizessem. Tira Deus da jogada, como se Ele não existisse, e começa a brigar com as pessoas. 

Você vai ler nos próximos posts, eu realmente espero que a Andressa acorde algum dia e volte para Jesus (e não, a pessoa que tem mágoa, age pela raiva, falta com a verdade e fica tentando jogar suas responsabilidades sobre os outros não está com Jesus coisa nenhuma. Como eu disse no post “O fardo é leve, mas a porta continua estreita”, o Reino de Deus não é casa da mãe Joana), mas tenho consciência de que neste momento ela não está interessada em ouvir nada do que teríamos a dizer. Está fechada para isso, focada exclusivamente em si mesma. Por isso, esta série de posts não é para convencê-la de alguma coisa. Como eu já disse, o público-alvo são outros membros, como eu, que compraram os livros dela e estão indignados, e as pessoas que querem saber o que podem aprender com essa situação toda.

Não importa os detalhes das circunstâncias que levam uma pessoa a ser levada pelo diabo a sair da igreja** (seja da Universal ou de qualquer outra), há grandes similaridades nas reações erradas que essas pessoas decidem ter e que fazem com que elas mesmas se empurrem ladeira abaixo até o inferno. E pode ser que exista alguém lendo este blog e que esteja passando exatamente por isso, talvez já se deixando levar por maus olhos, ou mesmo ainda na fase de se sentir injustiçado. Talvez nem perceba que está entrando em uma armadilha e este texto ajude a jogar uma luz sobre o caminho em que essa pessoa entrou. Se estes posts ajudarem a colocar alguém de volta ao Caminho, ou se ajudarem alguém a permanecer firme, já terão valido a pena.

Ainda hoje publico a parte 3.

 

 

Andressa Urach me fez mudar de ideia — Parte 1: O texto dela na íntegra, quem sou e por que escrevo

Andressa Urach me fez mudar de ideia — Parte 3: Será que ela recebeu o Espírito Santo?

Andressa Urach me fez mudar de ideia — Parte 4: Passando por uma situação desafiadora? Foque na sua reação

Andressa Urach me fez mudar de ideia — Parte 5: Quando se perde a visão espiritual

Andressa Urach me fez mudar de ideia — Parte 6: Se eu falasse tudo o que aconteceu comigo nesses últimos anos

 

PS.* Digo “quem sai da igreja mal”, porque já conheci gente que saiu de uma igreja para outra e não saiu mal assim. 

PS2. **Não estou dizendo que todo mundo que saiu de uma igreja foi levado pelo diabo a sair. O próprio Deus pode tirar uma pessoa de uma igreja e levá-la para outra, como aconteceu comigo quando saí da Batista para a Universal. Mas tenho convicção de que não foi o caso da Andressa, primeiro porque foi Deus quem a levou para a Universal — a menos que ela tenha mentido no livro e nos testemunhos que deu. Segundo, porque ela está saindo por mágoa, e isso já afasta Deus da jogada automaticamente.

PS3. Só quis comentar este post porque ela fala de ter sido demitida da Record, e eu acho que foi o medo de ser demitida que motivou o post que estou analisando na série. Mas não volto mais lá e não quero saber o que ela vai dizer ou deixar de dizer. E minha sugestão a você é que faça o mesmo. Acompanhe os posts aqui, para meditar sobre o acontecimento pelo ângulo certo, que é o espiritual, e — principalmente — para manter suas barbas de molho e guardar seu coração, a sua fé e a sua salvação. Talvez entendendo o que aconteceu com ela, seja possível evitar que aconteça com algum de nós. 

PS4. Eu já escrevi todos os textos, estou só terminando de editar. Faço isso à noite, que é quando tenho mais energia, mas é também quando tenho que dormir, então publico no dia seguinte, mas se faltar algum dia, continue vindo, que no próximo dia o texto estará por aqui.