Para quem chegou agora: este post faz parte de uma série de posts que escrevi para analisar o texto publicado pela Andressa Urach anunciando sua saída da Igreja Universal. É importante que você leia os outros posts da série, para entender o contexto. Clique nos links para ler, depois volte aqui: 

Clique para ler a parte 1 – O post dela completo, quem sou e por que escrevo

Clique para ler a parte 2 – Pequeno parêntese sobre o post de sexta

Clique para ler a parte 3 – Por que acho que ela nunca teve o Espírito Santo

Clique para ler a parte 4 — Passando por uma situação desafiadora? Foque na sua reação.

Clique para ler a parte 5 — Quando se perde a visão espiritual

Clique para ler a parte 6 — Se eu falasse tudo o que aconteceu comigo nesses últimos anos

Clique aqui para ler a parte 7 — Psicografando Gremlins

Clique aqui para ler a parte 8 — Sacrifício aceitável

Como já disse, escrevo como membro da Universal (sou membro há 20 anos) e também como leitora dos livros dela, que, como tantos outros leitores, acabou se sentindo um tanto quanto “enganada” pela autora. Sou membro desde 2000 e trabalho para a Igreja (tendo passado pela Folha Universal e Unipro) desde 2011 (estou de licença desde 2018 para tratar de um problema de saúde), então estou falando de algo que conheço bem. Não é minha intenção falar mal da Andressa, mas analisar sua atitude (por meio do texto) de modo racional e à luz da Verdade.

Vamos a mais um trecho do post da Andressa:

“Estou voltando aos meus tratamentos psiquiátricos, pois sou uma boderline controlada.”

Então. De onde saiu isso? Até ontem o transtorno de personalidade era, para ela, diagnóstico errado para um problema espiritual. Tanto que passou 6 anos sem tratamento e controlada (como isso é possível?). Agora, sai da igreja, muda até a expressão do rosto e volta a tomar medicamentos. E não desconfia que tenha alguma coisa de errado nessa sequência de eventos.

Se você não sabe do que se trata, o Manual MSD define assim o Transtorno Borderline: 

“O transtorno de personalidade borderline é caracterizado por um padrão generalizado de instabilidade e hipersensibilidade nos relacionamentos interpessoais, instabilidade na autoimagem, flutuações extremas de humor e impulsividade. Pacientes com transtorno de personalidade borderline não toleram estar sozinhos; fazem esforços frenéticos para evitar o abandono e geram crises, como tentativas suicidas, de tal forma que levam os outros a resgatá-los e cuidar deles.

 Estresses durante a primeira infância podem contribuir para o desenvolvimento do transtorno de personalidade borderline. História infantil de abuso físico e sexual, negligência, separação dos cuidadores e/ou perda de um pai é comum entre pacientes com transtorno de personalidade borderline.”

 O diagnóstico de transtorno de personalidade borderline pode fazer sentido para a Andressa, porque a descrição combina com as características de personalidade que ela tinha antes de ir para a igreja (e que voltou a ter depois de sair). Porém, é bem mais provável que seja um problema espiritual que se apresente com as mesmas características que os profissionais de saúde procuram nesse transtorno, justamente pelo fato de ela ter ficado, segundo ela mesma, SEIS ANOS sob controle. Os sintomas são muito semelhantes aos de perturbação espiritual e esse seria um diagnóstico diferencial, se a medicina reconhecesse os transtornos espirituais.

 Segundo a própria Andressa, ela manifestou com espíritos que usavam suas emoções contra ela e mudou de comportamento depois que esses espíritos foram expulsos. Abaixo, dois trechos do livro “Desejos da alma” que comprovam isso:

“Abri meu coração para Deus, com toda a sinceridade. Sempre me preocupei com o que as pessoas pensariam de mim. Ficava um pouco constrangida ao pensar que poderia passar mal ou que alguma entidade  pudesse se manifestar no meu corpo durante alguma reunião. Após aquela oração, venci a vergonha e o orgulho, queria ser liberta. Após fechar os meus olhos e fazer essa oração, eu perdi o domínio do meu corpo. Um espírito se revelou em mim, o que chamamos de ‘manifestação maligna’. Eu ouvia tudo e tinha consciência do que estava acontecendo, embora não tivesse o domínio dos meus movimentos. […] Ao término da reunião, calmamente, o pastor me explicou que o mal entrava na minha vida por meio das minhas emoções; de alguma forma eu lhe dava acesso.”

“Foi assim que cheguei à Igreja Universal — viciada e depressiva. Participei das reuniões de libertação espiritual às sextas-feiras. Entendi que o vício e a depressão podem dominar a nossa mente, entrar em nosso corpo pelas nossas emoções, até com uma simples mágoa. O diabo existe e sua função é causar todo tipo de sofrimento na vida das pessoas. Em uma oração com imposição de mãos sobre a minha cabeça, ministrada por um pastor, fui liberta desses espíritos malignos. Estou curada dos vícios, da depressão e da síndrome do pânico. Hoje, eu tenho vida plena, paz interior e não sofro mais de crises de ansiedade.”

 Eu acredito nisso. Como disse, a medicina não tem as respostas para tudo, ela tenta fazer o melhor com os poucos recursos de que dispõe, mas ainda falta muito a descobrir. A questão é que, se realmente o que a Andressa está falando agora fosse verdade, o que ela escreveu no livro não seria verdade. Então, ela teria mentido que tinha vida plena, paz interior e não sofria de crises de ansiedade. Se ela não mentiu no livro, nas entrevistas e nas redes sociais nesses seis anos, então tem alguma coisa errada com o que ela divulga como verdade atualmente.

Segue o restante desse trecho do post da Andressa:

“Enquanto estava na igreja estava tudo sobre controle, mas agora que não estou mais indo na igreja, voltei a tomar uns remédios para me acalmar e controlar minhas crises de ansiedade que voltaram essa segunda-feira. E preciso controlar minha impulsividade e principalmente a minha raiva!”

Para mim, isso deixa bem claro que ela estava no caminho certo. Lembro da gastro que tratava meu marido em Porto Alegre, quando via que os exames de sangue dele estavam melhores, dizia: “o que quer que você esteja fazendo, continue fazendo, porque está dando certo”. Esse é o critério de qualquer tratamento: está funcionando? Não pare. É uma das coisas que — se for verdade — me leva a crer que Andressa decidiu parar de raciocinar.  

Por que será que ficou SEIS ANOS com isso sob controle e agora descontrolou? A igreja estava lhe fazendo bem enquanto ela estava andando de acordo com a Palavra de Deus. Onde começou a errar para degringolar desse jeito? Esse é o tipo de pergunta que temos de fazer para nós mesmos quando algo assim acontece. Onde você começou a errar para degringolar desse jeito? Não, não coloque a culpa nos outros, estou falando de VOCÊ. 

O mundo nos “treina” a procurar culpados do lado de fora, mas, como já ensinei aqui, talvez você não consiga controlar as circunstâncias, mas você pode controlar suas reações. E são nossas reações e nossas interpretações que definem o resultado que as circunstâncias terão em nossa vida. Você é o único responsável por suas reações e pelo que você deixa entrar no seu coração.

Preste atenção nos sentimentos que ela confessa neste post: ansiedade, impulsividade e raiva. É o que tem guiado todas as atitudes dela desde a tal mágoa que disse ter, em vídeo no Facebook (que ela deletou em seguida), quando devolveu o uniforme.

 Ainda se esquecêssemos o fato de que ela manifestou com demônio na igreja e, depois da libertação, deixou de ter as mudanças bruscas de humor (ou conseguiu controlá-las) e considerássemos que ela realmente fosse borderline e todo seu comportamento fosse causado por esse transtorno, vamos de volta ao texto do MSD:

“Quando os pacientes com transtorno de personalidade borderline acham que estão sendo abandonados ou negligenciados, eles sentem medo intenso ou raiva. Por exemplo, eles podem ficar em pânico ou furiosos quando alguém importante para eles está alguns minutos atrasado ou cancela um compromisso. Eles pensam que esse abandono significa que eles são ruins. Eles temem o abandono em parte porque não querem estar sozinhos.”

 Lembra do que eu disse no outro post, sobre a Andressa reagir à rejeição com agressividade e o diabo saber disso e tentar manipulá-la fazendo com que ela interpretasse como rejeição a repreensão que recebeu? Agora entendo o porquê. Essa descrição do transtorno borderline foi desenvolvida por profissionais de saúde que estavam tentando explicar um conjunto de manifestações comportamentais de um grupo de pessoas.

Não se sabe a causa exata desse transtorno ou seus mecanismos exatos, mas é um padrão de comportamento que aparece em determinadas pessoas. E, para ter recebido esse diagnóstico, Andressa apresentou padrão semelhante por bastante tempo (um diagnóstico psiquiátrico responsável é feito levando-se em consideração o tempo em que os sintomas persistem). Então, medo intenso e raiva é como a Andressa reage à sensação de estar sendo abandonada e rejeitada, como eu já havia percebido pela observação e análise dos textos. Sentir-se rejeitada fez com que ela reagisse com raiva, porque se sente vulnerável e atacada.

Continuando a lista de sinais e sintomas do MSD:

“Esses pacientes tendem a mudar o ponto de vista que têm de outras pessoas de forma abrupta e dramática. Eles podem idealizar um potencial cuidador ou amante no início do relacionamento, exigir que passem muito tempo juntos e compartilhem tudo. De repente, eles podem achar que a pessoa não se importa o suficiente, e ficam desiludidos; então eles podem desprezar ou ficar irritados com a pessoa. Essa mudança da idealização para desvalorização reflete o pensamento maniqueísta (divisão e polarização do bem e do mal).”

Foi basicamente o que ela fez com a igreja (instituição, bispos, pastores, esposas e obreiros) e com a gente (membros da igreja e cristãos de verdade, em geral). Sabendo que ela distorce o modo de ver as coisas, distorce as situações, interpreta de modo errado e reage com raiva e sentimento de vingança, como alguém pode cogitar a hipótese de ela estar falando a verdade quando fala mal da igreja? Se a ideia de jogar essa carta do borderline era dizer que não tinha condições de perceber o que estava fazendo quando chegou na igreja (o que não é verdade. Não só tinha condições como convenceu todo mundo de que estava entendendo perfeitamente), em mim teve o efeito oposto, me fez desconfiar de tudo o que ela diz.

A impressão que eu tenho é que, a encontrando espiritualmente fraca (possivelmente no modo automático), o diabo foi criando formas de fazer com que ela cometesse pequenos erros, aparentemente insignificantes, mas que serviram para afastá-la mais de Deus e fazer com que ela abrisse concessões que não deveria. Quando estava no ponto, ele fez com que ela começasse a se cansar do que fazia na igreja. O objetivo era levá-la a se afastar para que os demônios voltassem (como falamos no post anterior).

É claro, ela estava fazendo força para agir como uma pessoa nascida de Deus e batizada com o Espírito Santo, coisa que ela não era. Isso, por si só, é cansativo. Afastada de Deus, fica quase insuportável. Só é suportável se está tudo legal, se ninguém percebe e a pessoa não é incomodada. A partir do momento em que alguém em posição de autoridade percebe e repreende a pessoa, ela fica indignada, afinal de contas, todo o esforço que ela está fazendo para manter a imagem de pessoa de Deus está sendo desconsiderado pela autoridade que a está repreendendo. “Como ousa?” Daí para sair, é um pulo.

Entenda uma coisa: quando uma pessoa sai fisicamente da igreja, ela já saiu espiritualmente há muito tempo. Não conheço UMA criatura que estava muito bem, muito forte, firme na fé e, de uma hora para outra, saiu da igreja. Isso não existe. O que existe é a pessoa parecer firme e bem e, de uma hora para outra, sair. Mas se você for analisar um pouquinho (como fizemos com a Andressa nos posts anteriores), vai perceber que era só aparência.

 Como falei no outro post, a pessoa já aprendeu a agir como alguém da fé, a se comunicar como alguém da fé, se vestir como alguém da fé…facilmente ela se passa por alguém da fé. Por isso não dá para colocar a mão no fogo por ninguém. Se um pastor ou bispo sai da igreja, nem passa pela minha cabeça acreditar em qualquer coisa que ele diga (muito menos segui-lo!). Não tenho como saber quem o cara é, o que estava acontecendo dentro dele.

 Quem está acostumado a falar a verdade e a olhar todo mundo com bons olhos às vezes se esquece de que, no mundo, a imensa maioria está acostumada a mentir — e mentir muito. As pessoas mentem todos os dias, até em coisas que não fazem o menor sentido mentir.

Não faz muito tempo que tive essa “revelação” rs. Eu costumo ter facilidade de perceber a mentira quando alguém fala comigo. É uma espécie de “detector de mentiras” natural que veio embutido na minha cabeça. Mas fui surpreendida por uma situação que eu achava que era verdade e descobri que a pessoa estava mentindo. Na hora, foi um choque. Depois, parei pra pensar: por que eu estava chocada com aquilo? A pessoa não é de Deus, por que eu deveria esperar algo diferente dela?

O que impede alguém, que não teme a Deus, de mentir? A ética? Eis uma verdade sobre a ética humana: ela funciona e é respeitada até quando for conveniente. Se não houver Alguém maior a quem ele deve responder, o ser humano dificilmente estará disposto a se prejudicar em nome da ética ou da moral. Pouquíssimos sacrificam pela ética — e, no mundo atual, este número é cada vez menor. Esta é a natureza humana, infelizmente.

Mas se temos que ter bons olhos, sempre esperar o melhor das pessoas, sempre vê-las sob o melhor ângulo e evitar interpretar as coisa de modo negativo, como nos proteger de acreditar em tudo o que dizem? Como conciliar senso crítico e bons olhos? O Senhor Jesus já deu a dica:

“Eis que vos envio como ovelhas ao meio de lobos; portanto, sede prudentes como as serpentes e inofensivos como as pombas.”

(Mateus 10.16)

 A serpente é atenta e tem consciência do perigo. Ela sabe que ele existe e se desvia das ameaças. Ela não fica antecipando ou desconfiando de tudo, apenas se mantém atenta ao que já conhece como perigo. Essa é a parte que devemos imitar. A prudência da serpente. 

Quem convive com pombas na rua já percebeu que prudência não é o forte delas. As de São Paulo, então, parecem ser piores do que as que já vi nas outras cidades em que morei. Ficam procurando comidinha NO MEIO DO ASFALTO, e saem beeeem devagar quando os carros se aproximam. Um dia uma pomba se atirou no para-brisa do nosso carro (ainda bem que estávamos andando bem devagar, em um engarrafamento). Caiu ao lado, fiquei preocupada, mas ela logo se levantou, sacudiu o corpinho e voltou a voar. O motivo de ainda existirem tantas pombas no mundo foge à minha compreensão. Se realmente a tal “seleção natural” fosse verdade, as pombas já teriam sido extintas. Por elas mesmas.

Mas elas, de fato, são inofensivas. Não atacam, não armam emboscadas, não agridem. Um dia meu marido estava sentado em um banco de um parque, comendo um sanduíche e uma pomba se aproximou. Ele jogou uma migalhinha de pão e ela comeu. Então surgiram alguns pardaizinhos interessados na distribuição de comidinha. Ele jogou para eles também, e para a pomba. Mas eles eram super rápidos e logo pegavam até o pãozinho dela, que, apesar de ser muito maior do que eles, não os atacou.

Ser inofensivo como a pomba, mas prudente como a serpente é estar consciente de que o mal existe, que as pessoas mentem, que a natureza humana é caída, e usar essa informação apenas como dado para lembrar que qualquer informação precisa vir com comprovação. É a frase que o Bp Renato gosta de citar: “confie, mas verifique”. E ele pratica exatamente isso. Acredita e confia nas pessoas, mas nunca toma uma atitude contra alguém sem verificar as informações que recebe, para evitar cometer injustiça. Podemos aprender com isso. O Senhor Jesus diz que nos envia como ovelhas no meio de lobos. Se não formos prudentes, seremos devorados rapidinho. Mas se não formos inofensivos, seremos levados para o outro lado rapidinho. Aprender a ser assim é o segredo para se manter firme e nunca se deixar levar pelas armadilhas personalizadas que o diabo coloca em nosso caminho.

Algumas pessoas, como a Andressa, deixam essa orientação de lado e passam a desenvolver os maus olhos, na tentativa de se protegerem de alguma coisa. Como diz o livro “O Resgate”, do Bp. Sérgio Corrêa, a ovelha perdida começa como a dracma perdida dentro da igreja. E, infelizmente, existem muitas pessoas nessa situação dentro da igreja e que ainda não perceberam que estão caminhando em direção ao abismo. Elas acham que estão no controle da situação, não reconhecem seus maus olhos, sua teimosia, sua rejeição ao sacrifício.

Ainda que não tenham o menor problema em sacrificar dinheiro no Altar, não querem sacrificar suas vontades, suas opiniões erradas, sua teimosia, seu jeito, suas mágoas, suas dúvidas, seus maus olhos… Para muitas pessoas, o sacrifício mais difícil é o espiritual, não o físico. Fazem jejum, acordam de madrugada para orar, param de ver notícias, podem até dar cinquenta voltas em torno do Templo orando, se for preciso. Vendem tudo o que têm para colocar no Altar, na esperança de que, pagando o que Deus não pediu, sejam liberadas de sacrificar o que Deus, de fato, pediu. É diferente de você colocar toda a sua vida no Altar e, justamente por ter feito isso, ter alegria em fazer um sacrifício financeiro verdadeiro. Se a Andressa tivesse feito isso, não estaria nessa situação lamentável em que se colocou (vamos falar no próximo post sobre os sacrifícios que ela diz ter feito).

Foge à minha compreensão como uma pessoa passa pela libertação espiritual, percebe a mudança de seu interior, se livra da ansiedade, da depressão, da insônia, da perturbação, do vazio interior, conhece a paz e depois desconsidera tudo o que lhe aconteceu e acredita em sei lá quem que lhe diz que ela tem um transtorno de personalidade que estava hibernando por seis anos e agora voltou, justamente quando ela decidiu sair da igreja. Coincidência, né? 

Era como se eu saísse da Universal, voltasse a ter crises de depressão e alguém me convencesse de que sou uma depressiva controlada que, por coincidência, ficou ANOS sem ter uma crise sequer — e sem tratamento. Como Andressa conseguiria fazer isso sozinha? Por seis anos, ela teve o poder de se controlar, mas agora deixou de ter. Acho estranho que ela não perceba isso. Na época em que ainda a estava seguindo, vi que algumas pessoas questionaram isso, na tentativa de fazer com que ela acordasse. Então, ela sabe, mas não considera. Está, para usar as mesmas palavras dela no livro, “cega pelas emoções”.

A coisa mais útil que podemos fazer com essa situação é redobrar a vigilância e ser menos condescendentes com nós mesmos. Sei que sempre fui muito exigente comigo e já falei várias vezes neste blog sobre termos de ser nossos melhores amigos e nos olhar como olhamos para uma pessoa de quem gostamos e que queremos ajudar. Porém, isso não pode ser desculpa para sermos autoindulgentes, fazendo vistas grossas para algo errado ou para algo em nós que não esteja de acordo com a Palavra de Deus. Se olhe com amor, como olharia para outra alma, mas também aprenda a reconhecer até mesmo os pequenos erros e se repreender com amor, como faria com outra pessoa que você visse errando e que quisesse salvar.  

 

 

 Clique aqui para ler todos os onze posts desta série

 

 PS. Mas alguma coisa me diz que talvez a Andressa só tenha mencionado esse problema psiquiátrico pelo motivo que vou falar no próximo post desta série.

PS2. Estou preparando um texto com a minha opinião sobre transtornos psiquiátricos, o uso de psicofármacos, a fé e o mundo, baseado na minha experiência e no que estudei a respeito. Já adianto que — pra variar — não é uma opinião muito convencional e talvez algumas pessoas fiquem bravas. Mas é a vantagem de ter um blog pessoal: posso expor minha opinião. E quem sabe encontre pessoas que pensam como eu ou que nunca tinham pensado nisso e sejam beneficiadas com o que eu disser. Por elas, vale a pena.

PS3. Já escrevi sobre essa questão de ser prudente como a serpente e inofensivo como a pomba, neste post aqui: Renovando a mente — Parte 5 

PS4. O próximo post desta série é o último da análise deste post da Andressa (depois dele tem um texto de encerramento, com as conclusões a que cheguei e com o que eu acho que vai acontecer). É também o mais aguardado (por mim, pelo menos) porque acho que todo mundo vai conseguir entender melhor essa coisa toda. (Risquei, porque me chegaram fatos novos sobre os quais as pessoas me pediram para escrever. Ainda preciso conferir e avaliar se valem posts dentro desta série ou se eu encerro esta e começo uma nova, sobre evitar o afastamento)

PS5. Por favor, não falem mal das pombas. Não é verdade que sejam “ratos de asas”. Até já escrevi sobre isso aqui no blog 11 anos atrás (link)

PS6. Me perguntaram se ela nunca foi liberta. Sim, ela foi liberta, tanto que a mudança era nítida e ela parou de ter as alterações bruscas de humor e as perturbações que tinha. Mas se a pessoa deixa de obedecer a Deus, cada demônio que saiu volta com mais sete e o último estado da pessoa se torna pior do que o primeiro. É o que está escrito e falamos sobre isso na parte 8 desta série (clique aqui para ler)

 

 

10 Comments on Andressa Urach me fez mudar de ideia — Parte 9: O segredo para se manter firme

  1. Só Agradecer , por citar coisas tão preciosas, em meio a tantas turbulencias de comportamentos; quê se não vigiarmos ! Infelizmente….

    Obrigadoooo !

  2. Gosto de ler e escrever. Incrível como escreveu algumas coisas que percebi.
    Parabéns pelas postagens.
    Como dizem: o sábio aprende com o erro dos outros.
    Não precisamos fazer o mesmo pra aprender isso.

  3. Quando um pastor, bispo ou qualquer outra pessoa deixa a igreja, independente do motivo deixo de seguir na hora. Acredito que Deus usa uma pessoa enquanto ela está obedecendo, a partir do momento que ela não obedece mais, quem vai me garantir que o que saí daquela boca vem de Deus??
    Samuel disse para Saul que Deus o havia rejeitado, ele não se importou pela sua falta de temor. Saul continuou reinando sem Deus e Samuel nunca mais teve convivência com ele.

  4. Pura verdade Vanessa, cada palavra que vc escreveu, infelizmente a Andressa a cada dia se afunda mais, que ela volte o mais rápido possível e se liberte desses muitos espíritos, a última que li nas notícias foi sobre um desejo de suicídio….
    Misericórdia Jesus!

  5. Oi Vanessa..
    Eu não sei escrever bem como vc, infelizmente..
    Mas uma coisa eu tenho certeza, embora eu veja a ação do diabo na vida dessa criatura, pelo comportamento q ela vêm apresentando, pelas coisas q ela diz, até tenho pena dela, senti uma mistura de indignação e dó..
    Mas sinceramente?
    Caráter.
    Falta caráter nela.
    Jamais uma pessoa de caráter faria o q ela tá fazendo.
    Toda semana ela “fala uma coisinha que sofreu esses 6 anos”
    Acho q ela pensa q Deus é piada e q as pessoas são ludibriadas facilmente(a maioria é mesmo). Ela quer mídia e está buscando da pior forma, diria até q pior q o tempo da prostituição.

  6. Mt bom!

    Sabe, acredito sim que ela havia sido liberta no passado. Ela mostraba frutos. Havia amor e temor em suas palavras.

    Acredito que este papo de transtorno bordeline não passa de uma estratégia de algum advogado, justamente como forma de justificar o fato de agora requerer aquilo que doou naquele período. Assim como usou o bordão da “lavagem cerebral”.

    • Você está dando spoiler do próximo post rs. Também vejo orientação de advogado aí, mas não duvido que os sintomas tenham voltado. Ela realmente foi liberta, mas se a pessoa começa a seguir o mal, ele volta.

      • Hahaha

        Quem vê coms os olhos espirituais nota como ela perdeu totalmente o temor, visto que está bem preocupada em agradar e se justificar às pessoas que não são sa fé (vive dando entrevistas se “defendendo” – não a sigo mais mas, vira e mexe surge uma manchete no meu caminho rs) e pouco se importa com o quão grande escândalo está fazendo com a fé das pessoas.

        Entristeço-me em ver que mts.. Muuuuitos que se dizem cristãos veem como se ela tivesse sido “liberta” da universal, e que agora é que ela está bem. Ora, acaso estas pessoas não notam os frutos que ela tem dado?

        • Samara, reparei isso também. Muitos falam que pode apresentar a Andressa “uma igreja séria e pautada na palavra de Deus”.
          Oras, e por um acaso a Universal não é? Mas isso só mostra a diferença… a Andressa tinha até um rosto diferente quando obedecia a Deus.

        • Eu tb pensei assim inicialmente…
          Mas depois a gente vai ver o tipo de gente e aí dá até um alívio, um “graças a Deus” pelas afrontas,pelas humilhações…

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *