Categoria: Sociedade

A melhor maneira de economizar na Black Friday (ou fora dela)

turista3*Eu, no Rio (segundo o Davison, “vestida de cigana”), em  2004.

Economizei MUITO na Black Friday este ano: trabalhei o dia inteiro, à noite tive curso e não comprei nada.  100% de economia! 😀

Meu e-mail ficou abarrotado de SPAMs de todas as lojas do universo. Todas oferecendo grandes promoções para que eu economizasse nesse momento especial. Segui a ideia à risca, e economizei, mesmo…rs. Mas fiquei pensando, depois, sobre a forma que eu encarava esse tipo de coisa no passado. Eu era viciada em promoções. Não podia ver uma, e já precisava aproveitar. Na verdade, eu era viciada em preços baixos. Comprava minhas roupas pelo preço (e, por isso, me vestia com coisas esdrúxulas, como esse look do post que abre o blog), fazia compras na internet como se não houvesse amanhã e, muitas vezes, acabava gastando duplamente, por ter de comprar peças de reposição quando a porcaria que eu havia comprado estragava (o que acontecia com bastante frequência).

Na época em que morei no Rio, fazer compras nas Lojas Americanas era quase uma terapia. Uma terapia altamente inútil, mas a sensação momentânea era boa. Eu entrava lá e comprava um monte de quinquilharias baratinhas: cadernos, meias, chocolates, canetas e mais qualquer coisa que parecesse um bom negócio. Comprei muita coisa inútil, acumulei muita tralha e gastei muito dinheiro. Não comprei nada duradouro ou bom naquele tempo e ainda deixava meu marido mais doente aumentando nossas dívidas no cartão de crédito. Ele, que sempre foi tão controladinho com essas coisas. E eu, que nunca tive nem ideia do que era a tal educação financeira. Cresci em uma família sem recursos, minha mãe nos criou sozinha e era um parto conseguir qualquer dinheiro com o meu pai. Um terror, mesmo, ele reclamava de tudo, até de pagar escola. E sempre atrasava o pagamento. Atrasar pagamentos, pagar juros, cartão de crédito no rotativo e empréstimos bancários eram coisas comuns de ver (como são, aliás, até hoje. É só dar uma voltinha por aí e você vê muita gente encalacrada com essas coisas).

Antigamente, eu parcelava TUDO em, no mínimo, 3 vezes. Se fosse sem juros, eu poderia parcelar qualquer valor em 10 ou 12 vezes fácil, fácil. Resultado: ficava quase um ano pagando coisas que, muitas vezes, nem existiam mais quando eu parava de pagar. E, ao parcelar tudo o que comprava, perdia facilmente a conta e o controle e começava a acumular as parcelas mensais que, somadas, davam valores absurdos. Acho que isso era um legítimo espírito devorador. Ou eu nem precisava de devorador, já que me comportava como um. Hoje, é muito raro eu comprar alguma coisa em parcelas. Se não tenho dinheiro, não compro. Simples assim. Então, não adianta as lojinhas da Black Friday me oferecerem a possibilidade de pagar as comprinhas em até 12 vezes sem juros. Eu não vou comprar, nem se dividirem por mil. Quando sua forma de enxergar muda, tudo muda.

Considero o fato de ter me tornado uma pessoa super consciente do que gasta e do que deixa de gastar quase como uma mudança de personalidade. Meu marido me diz que sou outra pessoa e hoje confia totalmente em mim. Fiquei três anos sem cartão de crédito por vontade própria. Só esse ano aceitei que ele fizesse um cartão adicional.

Eu consegui entender o que me levava a comprar quinquilharias que eu não precisava e entulhar minha casa (literalmente) com poucos anos de casada. Tento me policiar diariamente para que isso não aconteça novamente em nenhum grau, embora considere que, para os meus novos padrões, o que eu gasto em livros e cursos seja um valor elevado. Mas, parando para pensar, é uma evolução. Antes, eu gastava com quinquilharias, doces, balas, refrigerantes, maquiagens que eu não ia usar e porcariazinhas mil. Hoje, gasto com livros que, de fato, leio, e com cursos que me ajudam muito no meu trabalho. As minhas decisões de compras se tornaram mais racionais e menos emocionais. Isso, com certeza, é algo que me deixa muito mais feliz do que qualquer coisa que eu pudesse comprar em uma super liquidação.

Sobre tráfico de órgãos. (E agora querem a presidência da república…)

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A história do Paulo Pavesi já é bem conhecida. Seu filho Paulinho, de 10 anos, teve seus órgãos retirados ainda com vida em Minas Gerais, para tráfico de órgãos. O pai do garoto, apesar do sofrimento que passou, continua até hoje na luta para denunciar as atrocidades que acontecem sem que a população saiba. O mais assustador é que isso não foi feito em um porão por um açougueiro. Foi feito por médico, em um hospital, com conivência do governo de Minas, do PSDB. O que esse pai passou eu não desejo para ninguém. Hoje, ele vive sob proteção internacional. Essa história absurda infelizmente é verdadeira. Paulo mantém a página https://www.facebook.com/traficodeorgaosnobrasil e  o blog http://ppavesi.blogspot.com.br/.

Na página do Facebook, ele tem feito diversas denúncias contra Aécio e seus “homens de confiança”, envolvidos em atos abomináveis. Essas denúncias não são eleitoreiras, não são denúncias sem provas como os áudios da Globo ou as reportagens da Veja. Não foram feitas por bandidos. Aécio teria que ter muita cara-de-pau para chamar de “leviano” quem as levantasse, pois existem provas. Outras, precisam de investigação, mas por que não foram investigadas ainda? E por que a mídia é tímida para divulgar esse tipo de coisa, de interesse da população? Vale se informar a respeito do que esse pessoal fez em Minas Gerais, para meditar a sobre o caráter do grupo que a velha mídia apresenta como alternativa de “mudança” para o país nessas eleições.

Há indícios de que Carlos Mosconi, político mineiro de confiança de Aécio, esteja cotado para a vaga de Ministro da Saúde em um hipotético governo tucano. Aécio o manteve no governo de Minas Gerais, em cargos de confiança, mesmo depois de estourado o escândalo. Aliás, quer saber exatamente do que se trata? Leia esse artigo até o final: http://www.viomundo.com.br/denuncias/leandro-fortes-tucano-carlos-mosconi-um-feliciano-piorado-na-assembleia-mineira.html Eu me pergunto por que isso não se transformou em um escândalo de proporções estratosféricas na mídia. Por que será? Não é grave o suficiente?

 

 

PS: Leia também esse outro artigo de Leandro Fortes sobre o assunto:

http://www.cartacapital.com.br/politica/a-dor-de-paulo-pavesi

PS2: Leia também o post de ontem PSDB teria quebrado o Brasil na crise, para entender a diferença entre os dois modelos de governo que essa eleição nos propõe.